'Megafin' e DN-Venezuelanos
no sprint final ao JM
A criação, em Outubro passado, da 'Megafin Madeira - Sociedade Editora, SA'
tem sido interpretada como um projecto da empresa-mãe, a 'Megafin, Sociedade
Editora, SA', para se instalar em força no mercado regional dos media.
Desde logo pelo interesse da 'Megafin' na aquisição do JM, matutino que o
governo regional precisa de vender dentro de dois meses.
A 'Megafin Madeira' está registada com vista à "edição de publicações
periódicas, não periódicas ou electrónicas". E o projecto já entrou em
acção. Está no ar, realmente, com link ao alto do site do 'Jornal Económico' -
propriedade da 'Megafin' -, o 'Económico Madeira', com artigos de Luís Filipe
Malheiro e Paulo Camacho.
Paulo Camacho, antigo jornalista do DN-Madeira, foi responsável nos
anos mais recentes pela secção de Economia do Jornal da Madeira. Quanto a
Filipe Malheiro, figura incontornável do jornalismo madeirense durante décadas,
veterano ainda muito activo nas lides jornalísticas (que interrompeu quando
assumiu funções diferentes), explica no 'on line' do 'Económico' o porquê do
seu regresso: a resposta ao desafio que lhe foi lançado para colaborar numa
estrutura [informativa] regional ligada ao 'Jornal Económico'.
Com a 'Megafin' acomodada em terreno insular, sediada em instalações
pertencentes ao empresário Sílvio Santos, na Rua António José de Almeida,
calcula-se que aquela empresa nacional não desdenharia consumar o seu interesse
em abraçar o futuro do JM. Seria o fecho preferencial de um negócio que incluiu
algumas reuniões sob a égide da Secretaria Regional dos Assuntos
Parlamentares e Europeus, de Sérgio Marques, que tutela a comunicação
social.
Contam muito para esse interesse os apoios oficiais constantes do Orçamento
da Região, que podem ascender a um máximo de 300 mil euros a cada órgão
contemplado.
É neste ponto do seu trajecto que a 'Megafin' encontrará turbulência. A
Empresa Diário de Notícias também está interessada em 'tomar conta' do JM. Os
subsídios chorudos são uma tentação. Além de já estar a receber os seus apoios
de lei (fora publicidades e acordos afins), A EDN conseguiu que o governo
legislasse à medida, garantindo subsídios retroactivos desde Janeiro de 2016 -
ao que nos informam. Estranha ginástica ao ritmo Media-RAM.
Contando ainda com os excelentes resultados editorial/comerciais alcançados
nas comentadas parcerias com as câmaras municipais, sobretudo a de Paulo
Cafôfo, os observadores mais abalizados calculam que, destarte, o DN tenha
arrecadado num ano números líquidos de cerca de meio milhão. Algo impensável há
bem pouco tempo, durante as célebres guerras com Jardim, quando o projecto DN
andou 'ligado à máquina'.
Não admira que cresça o apetite pelos apoios devidos a quem ficar com o
JM.
Perante a sonhada soma de dois apoios oficiais e a quase fusão das duas
publicações (DN e JM), num aproveitamento muito significativos de sinergias -
só é de manter separados o comercial e as redacções, se tanto -, a empresa do
lado sul da Fernão de Ornelas não perderá de vista por um segundo a evolução da
venda do antigo rival, agora JM.
Ainda por cima, o DN quer companhia no projecto. Conta para isso com os
seus eternos parceiros venezuelanos, entre os quais o empresário Anacleto e
Aleixo Vieira, figuras de proa na comunidade madeirense com direito a protecção
pessoal por autênticas brigadas de guarda-costas quando circulam nas perigosas
'calles' de Caracas.
Há mais de três meses que estão designados elementos do DN, jornalistas,
para assumir a direcção e a chefia do JM, caso o negócio da compra chegue a bom
termo.
A entrada em força da 'Megafin' cá na Região faz espevitar o outro
pretendente, centrado no DN. O tempo é de ouro.
O 'Jornal Económico' já se impõe nos céus informativos do Funchal. Por
intermédio das notícias e comentários no 'Económico Madeira'. Contemplando
vários tipos de colaboração. A mancha de 1.ª página do pretérito número do
semanário 'Jornal Económico' (em papel) consta da chamada ilustrada com
foto-poster para uma entrevista de duas páginas concedida pelo presidente do
governo regional, Miguel Albuquerque. O entrevistador foi Luís Filipe Malheiro,
rosto editorial do arranque destes projectos na Madeira.
'Megafin' e DN-Venezuelanos têm até 22 de Fevereiro para dizer se estão na
corrida ao JM ou não. No máximo, as candidaturas deverão ser entregues até 31
de Março.
Não deixa de ser curioso que, depois de décadas de 'pluralismo atípico' à
custa de um jornal privado e outro dominado completamente pelo governo, esse
'pluralismo atípico' tenha derivado para dois jornais feitos debaixo do mesmo
tecto e pertencentes ao mesmo dono - ideia aliás mais antiga, como foi público.
Isto se o bizarro consórcio DN-Venezuelanos levar a palma ao candidato
continental. Pluralismo do monopólio.
Se acontecer o contrário, é esperar para ver.
Para já, quem anda pela redacção com um aperto no estômago e lágrimas a
rebentar são os profissionais do JM, tementes de um futuro a decidir por
modernos gurus do empresariado infiltrados num mundo jornalístico de que nada
percebem. E onde não há quem lhes explique a lição, sem papas na língua. Mas,
valha a verdade, nos dias que correm não é preciso saber redigir um lead em
condições, basta perguntar ao freguês se a notícia é para compensar uma página
ou duas de publicidade.
11 comentários:
Esta política de apoio directo e indirecto aos jornais da terra é mais um tiro no pé deste Governo e no final...ganha o DN.
Neste momento com as redes sociais o JM ja é e o DN cada vez mais, lidos pelos velhotes que cada vez mqais deixam de votar. Mas mesmo estes ja tem olho aberto e perceben todasas trapalhadas governativas e promessas falhadas e mesmo aquilo aue lhes interessa como saúde e reembolsos simplesmente nao existem. Os novos oj nao votam ou tao noutra. Isto cheira a geringonça e as camaras vão dar o mote. Para ja o MA ajuda diariinente com estas trapalhadas de desgoverno.
Amigo Calisto, já leu o post do mijinhos no seu perfil de facebook?
José Pedro Pereira
2 h ·
Prometi, aqueles que me são mais próximos que só voltaria a falar de política em julho, quando acabasse a minha licenciatura.
Entendo que se deve dar tempo aos governos democraticamente eleitos pelo povo soberano, para implementar o programa de governo sufragado, mas chega de ver tanta incompetência, que tem levado o povo da Madeira a uma miséria cada vez mais acentuada.
Onde anda aqueles profetas da verdade, que sem ter provas, apenas fontes, fartavam-se de dar porrada naqueles que procuravam mudar o rumo dos acontecimentos?
Será que se calaram perante uma lei da comunicaçao social, feita a medida, que não respeita todos os órgãos de comunicação social da região? Ou será que estão comprados? Podem dar-me porrada que a partir de hoje jamais me calarei!
Onde anda a oposição, que gritava pela implementação de novas políticas e que passados quase dois anos tem um governo inoperante e incompetente?
Será que ficam apenas satisfeitos, com a sua eleiçao para deputados? Ou querem realmente mudar o estado a que chegou a nossa Região?
Onde anda o incompetente do Sr. Passos Coelho( melhor amigo do também incompetente Miguel Albuquerque), que dantes gostava de se meter nos assuntos da política regional, que roubou os portugueses,que levou milhares de jovens a ter que imigrar,que desvirtuou a social- Democracia( provalmente nem sabe o que é ser social-democrata) e que leva juntamente com o bando de medíocres que fez eleger para os órgãos do partido quer lá quer cá o PPD/PSD para o abismo?
Onde anda aqueles tipos, armados em espertos, que andavam pelas esplanadas do Funchal, vendendo que o pianista era o melhor e que só iria trazer riqueza e prosperidade?
E o que dizer daqueles filiados do PSD, que hoje são membros do governo e que em 2011 pediam aos madeirenses para votar no CDS e pior que isso no PTP?
Andam escondidos e são os primeiros a dizer mal do pobre diabo!
Onde anda o Líder parlamentar do PSD Madeira, filho do homem que mais roubou os madeirenses, esse supra sumo da política regional, que nem as eleições para o seu condominio é capaz de ganhar se tiver adversário?
Onde andas Jaime Filipe Ramos? A tentar apagar as trapalhadas nas empresas que nem gerir sabes?
Ou será que andas a arranjar tachos para os teus amigos incompetentes?
Nem vamos, falar do rol de promessas falhadas, pois essas são tão falhadas como a actual classe política!
Está na hora dos verdadeiros autonomistas, se unirem e juntos procuramos novas soluções para o futuro da Madeira!
Estou certo, que em breve voltaremos a ser Livres!
Viva a Madeira Livre!
Venezuelanos? O Avelino e o Luís Miguel Sousa são venezuelanos? Não sabia.
Deixem o Sérgio Marques fazer a sua negociatazinha porque o ordenado de secretário e a reforma do parlamento europeu não lhe chegam.
Ai Sérgio, Sérgio...quem te viu e quem te vê...
Dia 13 de Janeiro inauguração do Jornal Economico na Madeira, entradas so atraves de convites no Pestana CR7 o MA estara la a mostrar a sua fatiota.
Os convites ja comecaram a ser distribuidos por empresas, estive com um na mao hoje.
Sérgio Marques bem nos enganas com os teus concursos limitados. Porque não fazes concursos públicos abertos a todos. Se são limitados é porque não desejas concorrência de alguns? Quanto ganhas com isto?
Mais umas quantas folhas de propaganda hoje no DN e o nome Mijinhas voltou a aparecer...
Bem visto amigo Luís
.É claramente a "lei das compensações". Mais fácil do que isso não há...
Quando é que vão deixar de chular os madeirenses que pagam impostos, com essa treta de apoios à comunicação social, que não é mais que um imposto de guerra para proteger os senhores do dinheiro, os tubarões desta terreola africana?
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