PSD vota contra o Orçamento Municipal
de Santa Cruz para 2017
Os deputados municipais do PSD votaram contra o
Orçamento Municipal de 2017, que consideram ser o retrato da má gestão por
parte do executivo do JPP nos últimos três anos.
Este orçamento não apresenta investimento, não
contempla verbas para apoio a instituições desportivas nem culturais, não tem
inscritas verbas para o Orçamento Participativo. Não contém o valor exato da
dívida total da autarquia, denotando-se disparidades entre as receitas e as
despesas da Câmara Municipal de Santa Cruz (CMSC). Este é um orçamento com o
qual não concordamos e destacamos os seguintes pontos:
1. O executivo camarário continua a
considerar que o endividamento global da autarquia diminuiu para cerca de 23
milhões de euros, não contemplando os
cerca de 6 milhões de euros de dívidas a fornecedores em contencioso.
Assim, em boa verdade, a dívida total da CMSC – a fornecedores e
à banca – ronda os 29 milhões de
euros.
2. Nesta perspetiva o orçamento aprovado
pelo executivo excede o limite de
endividamento total.
3. Se este orçamento é pouco prudente
do lado da despesa, uma vez que não assume o compromisso de pagar aos
fornecedores em contencioso, é
extremamente otimista do lado da receita, uma vez que assume que vai
receber em 2017 cerca de 1,1 milhões de euros que tem em contencioso judicial
relativamente às retenções de IRS de 2009 e 2010. A isto acresce o empolamento
de outras receitas.
4. Facilmente se percebe o objetivo do JPP: poder dizer que se cumpre o preceito legal, em que as receitas
correntes têm de ser iguais ou superiores às despesas correntes, mais a amortização
de empréstimos de médio e longo prazo.
5. Em conclusão o
orçamento não prevê o pagamento aos
fornecedores em contencioso, mas prevê
o recebimento do que temos em contencioso com terceiros e para além de receitas empoladas como, aliás,
reconhece a DGAL, consegue o atual executivo camarário cumprir uns rácios
contabilísticos e vir a público dizer que o município de Santa Cruz já não está
em situação deficitária.
6.
É de facto um ‘grande trabalho contabilístico’, mas é preciso também
dizer com todas as letras que o ‘Rei vai nu’ e que não é verdade que o JPP tenha conseguido resolver os problemas
financeiros da CMSC.
7. A câmara continua a não apoiar financeiramente as instituições clubes e associações
desportivas e recreativas que desenvolvem um papel fundamental na ocupação e integração social
dos menos jovens e na educação e ocupação de tempos livres dos mais jovens.
8. Nestes três anos de governação de Santa cruz o JPP não foi capaz de atacar
de frente e resolver o problema da distribuição
de água. Apesar de fazer recair sobre os munícipes um aumento significativo do preço da água e da recolha de
resíduos sólidos - alegando que a
ARM também tinha feito esse aumento à CMSC – não só não paga à ARM, como não
resolve os problemas das perdas de água que rondam os 76%, segundo o
‘Relatório de Atividades do Município’.
9.
Ou seja, não resolve os problemas
de fundo da câmara como sejam a degradação das estradas municipais, dos
jardins, da falta de equipamentos de recolha de resíduos sólidos e urbanos.
10. Assim não nos resta outra alternativa
que não seja um rotundo voto contra o
orçamento da CMSC.
Santa Cruz, 16 de dezembro de 2016
Os deputados municipais do PSD
Vânia
jesus
Pedro
Barreto
Carlos
Barbosa
Ricardo
Rodrigues
Anabela
Pita
3 comentários:
Este é o último Natal desta gente na CMSC.
Rua com esta cambada de incompetentes.
O Povo foi enganado uma vez, mas saberá dar a resposta nas próximas eleições Autárquicas.
Passamos em Santa Cruz e ao perguntarmos às pessoas o que acham desta vereação, a resposta é esta: venha quem vier é melhor que esta cambada.
Eu sinceramente, até tou contente com esta vereação, metade do que dizem aqui é mentira e convido todos os Madeirenses a visitar SCruz
Ao anónimo das 08:35
Seguindo a sua linha de raciocínio, se "metade do que dizem aqui é mentira", significa que metade é verdade, não é?
Então mesmo sendo metade, já é preocupante.
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