SÓ A 'CASA DA LUZ' TEM A RECEBER
2 MILHÕES DO GRUPO SÁ
2 MILHÕES DO GRUPO SÁ
Empresas públicas e bancos 'nacionalizados' alimentaram o monstro da dívida
A Empresa de Electricidade da Madeira regista no rol dos fiados o pavoroso calote de 2 milhões de euros por conta do Grupo Sá. Quando se sabe que o cidadão comum apanha o castigo de ficar sem luz caso se atrase no pagamento de umas dezenas de euros, pergunta-se ao presidente Rui Rebelo: a empresa da sua presidência não devia ter evitado tão nutrida dívida mediante a exigência dos devidos pagamentos no tempo certo?
Para mais, esse crédito 'malparado' é de natureza comum. A falta de uma garantia sobre o património do devedor dá que pensar. E as verbas pertencem ao erário.
Quem diz os nossos amigos da Electricidade diz os administradores dos bancos credores. Alguns já 'nacionalizados', outros em vias disso.
Mas quem verdadeiramente assume os calotes por esse país fora, como neste caso da Madeira? O contribuinte, claro, através do capital injectado pelo Estado nos negócios dos empresários felizardos.
O processo é simples: o bancos dá lucro, festejam os ricos administradores e accionistas; o banco entra no buraco, paga o povo.
Não?
Pois a Caixa Geral de Depósitos, estatal, estuda como recuperar cerca de 11 milhões de euros que o Grupo Sá lhe deve.
O Banif, a quem saiu a taluda estatal poucos dias atrás, tem a receber do mesmo grupo 19,4 milhões.
O BPN, a quem também resolvemos a gestão danosa, é credor para 1,5 milhão.
O BCP, que já se 'faz ao piso' para também se encostar a Gaspar, tem 'a berrar' 4,4 milhões do Sá.
Tudo verbas para pagarmos nós, 'cantando e rindo' - é o mais certo.
A rir não se ficam os outros bancos.
Vejamos as dívidas do grupo madeirense a esses credores:
Caixa Leasing e Factoring - 1,5 milhão
Caixa Montepio Geral - 2 milhões
Banco Bilbao Viscaya Argentaria (Portugal) - 2,5 milhões
BPI - 10 milhões
BES - 1,6 milhão
Santander Totta - 10,3 milhões
Barclays Bank - 3,9 milhões
Também as entidades públicas da Madeira perguntam pelo que lhes é devido. A maior parte delas sem garantia sobre o património do Grupo em questão.
A Segurança Social tem por receber 1,5 milhão. Os portos e a Direcção de Pescas estão na lista dos credores, mas com verbas muito menores. A Direcção Regional dos Assuntos Fiscais pede 400 mil euros.
E a lista destes credores com verbas confirmadas pelo devedor estende-se por 80 páginas.
Seria bom que as entidades públicas reflectissem sobre os seus critérios usados na tolerância. Até porque as 'mãos largas' só incentivam e até iludem os investidores.
Nota - Publicámos noutra peça um link de acesso à lista provisória de credores, não sabemos se os interessados estão a ser bem sucedidos na busca.
5 comentários:
Os hotéis terão todos as contas as contas da energia liquidadas? Era interessante saber-se.
Aos pobres cobra se juros de mora, aos ricos facildades de pagamento sem juros. E nao e So com a luz, como com a agua para as piscinas.
O Império Sá
Com todo o respeito ao Srº Comendador Jorge Sá e filhos parece que o império construido esta a ruir, quem diria tal embaraçosa situação, será que foi por causa da conjuntura do pais ou por má administração e gestão do grupo.O que se sabe é que tem a perna uma grandíssima divida perante os funcionários,fornecedores,estado,banca,etc. Este grupo tem outras empresas, qual será a situação das mesmas por que até agora não se sabe nada a esse respeito.
Será que o património do Sr. Comendador dará para pagar a divida?
Qual será o futuro do grupo?
Cá estamos para ver o desfecho desta triste situação
Loucura em cima de loucura.
Tenho contas também para pagar.
Assumi compromissos sabendo os meus rendimentos. Hoje verifico o meu ordenado a ser reduzido, o estado a querer mais e mais. Pergunto: QUEM IRÁ ASSUMIR OS MEUS COMPROMISSOS? Será que levarão em penhora o que pouco consegui numa vida inteira?!
Caro anonimo os seus compromissos sao da sua responsabilidade, o Estado so assume compromissos da Banca.
Nao tenha duvidas que se nao puder cumprir com os seus compromissos,sera penhorado de certeza absoluta.
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