MICTÓRIOS MAIS PROCURADOS
NA NOITE FUNCHALENSE
Quase sem utilidade após a extinção das fronteiras europeias, a outrora importantíssima Alfândega do Funchal dedica hoje a imponente fachada ao serviço público, qual seja o de mictório para os noctívagos que se esquecem dos precisos antes de abandonarem os pubs da zona velha e voltam pela Avenida do Mar aflitos da bexiga.
Aquilo de manhã exala um pivete particularmente intenso, às vezes da mistura insuportável de urina com creolina.
Os passageiros em bicha nas paragens e os turistas perdem o apetite para o almoço.
Mas não se pode ter tudo.
Há falta de lavabos na baixa e a vagabundagem da noite, sem-abrigo ou engravatada, não quer lá saber das consequências quando precisa de se aliviar. Muito menos de procurar saber se o 'metropolitano' da Restauração e os WC perto do teleférico estão abertos.
Observam-nos: com a Alfândega moribunda e praticamente desactivada, por que não meteram ali a PJ em lugar de a levarem para a Tenente Coronel Sarmento, para um edifício feito de raiz para uma rádio?
Considerando a dignidade que o edifício da Alfândega merecia e ocupando-o a 100%, acabar-se-iam os abusos das incontinências próprias das bebedeiras.
Especulações. Mas o que tem muito de certo é o cheiro nauseabundo que os transeuntes apanham nas narinas pela manhã fora.
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