CÂMARA DO FUNCHAL LEVA GOVERNO A TRIBUNAL
Jardim transferiu para o plano público a guerrilha partidária que alimenta para sobreviver no PPD. Ao novo ataque, Miguel Albuquerque responde com veemência, para evitar que façam do Funchal 'um grande estaleiro'.
Tribunal. É a reacção imediata da câmara presidida por Miguel Albuquerque ao truque do governo de Jardim para esvaziar a autarquia de competências e receitas.
O regime sápatra das Angústias começa o novo ano com um decreto, o número 1/2013, que põe à frente dos interesses públicos a guerra sectária que 'Meio Chefe' pelos vistos pretende intensificar para não perder a metade do PPD que teoricamente ainda domina.
Em resumo, a maioria parlamentar social-democrata, sem dar nas vistas, aprovou novas determinações que, pasme-se, retiram à Câmara do Funchal a tutela de certas áreas e ruas da cidade, passando-a para o governo. De uma assentada, a vereação perde competências e as verbas decorrentes da cedência de espaços, em prejuízo dos munícipes.
"Vamos levar o caso já para tribunal, mas sabe-se como estes processos demoram", diz-nos Miguel Albuquerque, indignado perante mais esta provocação de Jardim, que visa objectivos político-partidários.
O ainda líder de meio PPD, refastelado nas Angústias, prometeu guerra a quem lhe retirou a força partidária nas eleições internas de 2 de Novembro último. Pelo que manter em 2013 a oposição sistemática e intensa que dedicou a Miguel Albuquerque no ano findo é vingança que já se esperava.
O problema são as consequências nefastas para o Funchal das asas que o governo ganha, com o espantoso decreto, para poder aplicar tranquilamente ao Funchal a sua política destruidora do património e do ambiente.
Muito estranho do ponto de vista partidário é que seja o líder, em ano de grandes decisões eleitorais, com as eleições para as câmaras previstas mais para o fim do ano, e em contradição com o discurso de valorização das autarquias, a determinar tão impiedosa machadada no poder local através deste imaginoso decreto.
À espera da reacção de Bruno Pereira
A Câmara do Funchal dá conferência de imprensa hoje às 5 da tarde, para denunciar a situação e anunciar as medidas de reacção a tal ataque.
A guerra Governo-Câmara do Funchal reacende-se, pois, com promessas de nutrido fogo.
Urge conhecer portanto desde já qual a opinião de Bruno Pereira, candidato do PPD À CMF anunciado por 'Meio Chefe' sobre este escandaloso roubo governamental aos munícipes do Funchal.
Raimundo Quintal: "É uma pouca vergonha"
O Professor Raimundo Quintal também se confessa indignado com mais esta prepotência do governo de Jardim. "É a pouca vergonha máxima, um decreto que ultrapassa tudo o que se pudesse imaginar", insurge-se o prestigiado geógrafo.
Diz ainda: "Em vez de virem ocupar também a Rua do Oudinot, esses senhores deviam era estudar o que o Brigadeiro Oudinot escreveu há 200 anos sobre a cidade."
A finalizar, uma pergunta do conhecido ambientalista: "Será que o governo também vai assumir a dívida municipal à família Welsh pela expropriação do terreno onde fizeram a Praça da Autonomia?"
1 comentário:
Só faltava este senil a dar opinião.
LOL
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