PND PROMETE TODOS OS ESFORÇOS
POR UMA LIGAÇÃO DA MADEIRA AO EXTERIOR
Gil Canha critica os que falam no Armas só agora na campanha eleitoral, depois de se terem escondido na hora de contestar a polémica saída do ferry, que considera obra do Grupo Sousa e do governo de Jardim
No final do mês de Janeiro de 2012 - relembrou Gil Canha numa acção política sobre o molhe da Pontinha -, com o anúncio da saída do Armas, "correu nas redes sociais o pedido para que os madeirenses viessem aqui manifestar-se contra a saída do navio". No seguimento dessa solicitação, "o PND fez uma iniciativa a pedir a todos os cidadãos e a todas as forças políticas para estarem presentes e se manifestarem contra a expulsão do Armas promovida pelo grupo Sousa e pelo governo do dr. Jardim, o governo do PSD".
"Nessa altura", aponta o cabeça-de-lista do PND às regionais de domingo, "apareceram aqui menos de 100 pessoas. Estavam os motards, o Bloco de Esquerda também participou, o PTP e também apareceu a bandeira do PAN."
Pergunta Gil Canha na sua onda crítica: "Agora onde é que estava o dr. Miguel Albuquerque, que se diz grande opositor ao regime e diz que era contra as políticas do dr. Alberto João Jardim e agora vem dizer que quer liberalizar a linha e trazer o Armas para a Madeira? Onde é que estava o dr. Miguel Albuquerque? Onde estava o sr. Victor Freitas? Onde é que estava o Partido Socialista do sr. Victor Freitas quando o Armas foi embora? Onde é que estava o CDS do sr. José Manuel Rodrigues que agora, hipocritamente, vai para Canárias negociar o regresso do Armas à Madeira?"
Gil Canha não deixa passar: "No dia em que era para estar aqui na manifestação, o CDS não compareceu, estaria certamente a fazer com o PSD aquelas negociatas que faz com os grupos económicos, o grupo Sousa e a oligarquia que suporta o regime."
"Também pergunto - continua o dirigente do PND - onde estavam aqueles cidadãos que agora fazem parte dos novos partidos e que também dizem que o Armas tem de voltar e que é uma vergonha o que se passa com o Armas. Onde é que eles estavam?"
O candidato da Nova Democracia explica que o seu partido deve denunciar e "matracar na cabeça dessas pessoas" que a defesa dos assuntos do povo "não se faz de forma demagógica na televisão e na euforia do período eleitoral, essa defesa faz-se o tempo todo."
Ora, o que acontece é que agora, insiste Gil Canha, "toda a gente sai, todos se dizem heróis", a reivindicar o regresso do Armas. E o que é certo é que não apareceram na altura em que era preciso defender o povo madeirense da "opressão económica que nos faz o Grupo Sousa". Opressão que "faz pesar o bolso dos madeirenses todos os dias no supermercado".
Canha dá o exemplo da maçã, que chegava à Madeira a menos de 1 € e agora a encontramos a 1,30 e a 1,40€ "por conta de Luís Miguel de Sousa e do governo regional".
"Expulsaram o Armas da Madeira e isso revolta-nos. As pessoas devem manifestar-se e mostrar que defendem os interesses do povo, em vez de se esconderem."
Declarações de Gil Canha, que deixa uma promessa a propósito: "O PND fará todos os esforços para garantir a existência de uma linha que ligue a Madeira ao exterior e até defendemos que o ferry deve passar pelo Porto Santo, até para acabar com o monopólio do Grupo Sousa nas ligações entre as duas ilhas. Toda a gente sabe que esse monopólio está a estrangular a economia do Porto Santo."
Desde que o Armas saiu de vez, os madeirenses que não andam de avião vivem sequestrados na sua própria terra. |
1 comentário:
a ideia do Armas fazer uma paragem no Porto Santo fara com que ele transporte menos carga e pessoas nas suas viagens ao continente
e fará que a viagem seja mais demorada do que é cansando mais os viajantes
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