CAMPANHA ELEITORAL

PND FOI ÀS ZONAS ALTAS FAZER LEMBRAR

"TEMPLO DO DESPESISMO JARDINISTA"

A obra megalómana e inacabada da cota 500, resultante da fase mais alienada do governo regional, jaz logo abaixo do conhecido manicómio '300', ao sítio do Trapiche  

A candidatura do PND às regionais do dia 29 subiu hoje à 'cota 500' para evidenciar a "espécie de templo do despesismo jardinista" que, naquelas alturas, toma a forma de viaduto inacabado. Como apontou Gil Canha, n.º 1 da lista da Nova Democracia, "uma obra megalómana do dr. Jardim que, em muros de pedra aparelhada, chegaria para resolver todos os problemas das zonas altas em termos de acessibilidades, a começar pelo caminho do Jamboto, que parece um beco". 

As estradas das zonas altas estão esburacadas, consoante exemplos apresentados por Canha, que resumiu: "O governo fez uma obra aqui (cota 500) para toda a gente ver, uma obra que afinal está parada, e, ainda pior, parece que o governo não quer concluir."

Mais um indício de que as zonas altas continuarão marginalizadas na política do governo, acusou esta manhã Gil Canha. Já na sequência do 20 de Fevereiro, "o dr. Alberto João teve vergonha das zonas altas, nunca trouxe nenhum convidado cá acima, preferindo levar os convidadozinhos ao vale da Ribeira Brava, porque precisava de dinheiro para dar ao 'monstro' da construção civil". 

...Precisava desse dinheiro e devia 63 milhões que gastara para "estragar um dos vales mais bonitos da Madeira", na óptica do candidato a deputado.

Não contente com o destroço que fez - é ainda Gil Canha a falar de Jardim -, ele vai ao Estreito de Câmara de Lobos e dá prioridade à via rápida Estreito-Jardim da Serra, prevista para "zonas de terreno fértil que dava bom vinho".

Gil Canha entende que se o governo começou a fazer o monstro da cota 500, à ilharga do sítio do Trapiche, ao menos devia acabá-la. Mas não. O governo prefere deixar aquilo a meio e avançar para o Jardim da Serra.

"Esta é uma prova de que o regime jardinista do PSD sempre marginalizou as zonas altas do Funchal", acusa o dirigente da Nova Democracia. "Preferiram apostar no futebol, no Jornal da Madeira, nas obras megalómanas, no vale da Ribeira Brava... e as pessoas que sofreram com o 20 de Fevereiro continuam à parte deste processo."

"O dr. Jardim chama a isto Madeira Nova, mas parece ter vergonha do que fez aqui nas zonas altas. Afinal, ele nunca vem aqui acima..."

[Da nossa parte, aventamos a partir do 'Fénix' que os receios do sr. Jardim não se situarão bem à cota 500, mas mais acima, no casarão do Trapiche que em tempos tinha o telefone n.º 300. É que agora os irmãozinhos não se importariam nada de aplicar a velha terapia de choque a quem enlouqueceu a ponto de fazer um viaduto como aquele que, com toda a propriedade, o candidato do PND chamou hoje de "templo do despesismo jardinista".]

Retirada de cartazes em Santa Cruz dá queixa à CNE

A acção de hoje nas alturas do Funchal começou com Gil Canha a lamentar o que acontecera durante a noite em Santa Cruz, à semelhança do sucedido na Camacha: "Houve destruição total da nossa campanha eleitoral, com a retirada de todos os cartazes do PND em Santa Cruz."

O cabeça-de-lista do PND chamou as atenções para o "grau de democracia" que existe no concelho santacruzense, a fazer lembrar "os tempos negros do dr. Alberto João Jardim, quando foi destruída a nossa campanha eleitoral aqui no Funchal".
O PND dará conta à CNE do sucedido em Santa Cruz.