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sábado, 16 de janeiro de 2021

 

AMBIENTE


Raimundo Quintal                                                             



CEDROS DA MADEIRA


         Juniperus cedrus subsp. maderensis


O Campo de Educação Ambiental do Santo da Serra – Eva e Américo Durão possui uma colecção extraordinária de Cedros da Madeira. Adultos são cerca de cinco centenas. Os juvenis são outros tantos.

Esta subespécie endémica da Madeira (Juniperus cedrus subsp. maderensis) é dioica, o que significa que existem árvores masculinas e árvores femininas. Só estas produzem frutos (gálbulos) e sementes.

A polinização é feita com a ajuda do vento e é uma alegria observar as pequeninas plantas a brotarem do solo perto da mãe.

Quando atingem uns 30 cm de altura, retiramos com muito cuidado e plantamos rapidamente nas clareiras donde foram eliminadas as plantas invasoras.

Em 1958, o Eng. Rui Vieira encontrou na área das Queimadas um Cedro da Madeira com uma morfologia diferente.

Na forma habitual os ramos são pendentes, sendo frequente dizer-se que o Cedro da Madeira é chorão.

A forma rara, que o Eng. Rui Vieira descreveu em 1997,  depois de ter estudado outros espécimes, num artigo publicado no Boletim do Museu de História Natural do Funchal, apresenta os ramos erectos, lembrando os ciprestes.

No Campo de Educação Ambiental do Santo da Serra identificámos quatro exemplares de Juniperus cedrus subsp. maderensis f. fastigiata, o que ainda torna mais rica a colecção da espécie, que forneceu, há cinco séculos, a madeira para o tecto da Sé do Funchal.


Juniperus cedrus subsp. maderensis f. fastigiata


Frutos (gálbulos) do Cedro da Madeira



15.01.2021

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