JARDIM DO TOJAL
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Nas últimas duas semanas, para além das chuvas intensas que encharcaram o solo, o vento moderado a forte tem vergastado as plantas, arrancando folhas, partindo pequenos ramos, vergando vezes sem conta as árvores que teimam em manter-se de pé.
Os ciprestes, as faias das ilhas, os loureiros, o cedro da Madeira, o cedro de Oregon, o castanheiro da Austrália, os folhados, a árvore de prata, a scótia, a iúca gigante, os araçázeiros, as papaieiras, a macadâmia, os fetos arbóreos e o dragoeiro têm-nos dado lições de valentia.
As magnólias, que iniciaram a floração demasiado cedo no início de Dezembro, não têm deixado o vento arrancar a maioria das suas mimosas flores. Temos aprendido imenso com estes seres, aparentemente frágeis mas fortes perante as intempéries.
Há que esperar com paciência, que o vento acalme, que a chuva tenha uns dias de férias, que o sol volte a aparecer e que temperatura suba, para que possamos ajudar as árvores, os arbustos, as trepadeiras e as herbáceas a sarar as feridas do mau tempo.
Depois dum Inverno inclemente, virá uma Primavera bonançosa.
Acreditamos!
10.01.2021
Raimundo Quintal
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