Madeira no contexto
atlântico
Bernardo Pires de Lima considera que há matérias que não estão a ser abordadas na questão em torno do Atlântico.
O investigador em Assuntos Internacionais, do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI) foi o orador convidado de uma conferência organizada pelo Gabinete de Estudos e Relações Externas do PSD/Madeira, com o tema 'Madeira: Portugal e o Oceano Atlântico', tendo sublinhando que assuntos relacionados como as dinâmicas comerciais e energéticas não são trazidos ao debate.
"Nós temos permanentemente um olhar sobre o negativismo à volta dos assuntos europeus, dos assuntos americanos, até mais recentemente com a nova eleição, mas há coisas interessantes a acontecer e é preciso olhar também para a geografia para percebermos o potencial da Madeira, o potencial de Portugal, enquanto região e país atlântico", disse.
Para Bernardo Pires de Lima é importante aproveitar o que está a acontecer na geografia de proximidade. "Muitas vezes olhamos para o Pacífico, para o Índico, para regiões longíquas onde não temos tanta presença e valorizamos ou hipervalorizamos e desprezamos coisas que estão a acontecer mais próximas."
Segundo o investigador, há uma tendência para que as questões políticas abafem as económicas e vice-versa.Cabe, por isso, aos estrategas ver as coisas "para lá dessa espuma", tentando prever cenários em termos de oportunidade e desafios. "O Atlântico não tem só oportunidades, também tem problemáticas e é preciso enfrentá-las para depois não cairmos num certo espanto coletivo quado um determinado líder chega ao poder nos Estados Unidos ou acontece um terramoto político no centro da Europa ou o Reino Unido referenda negativamente contra todas as expetativas e ninguém tem planos B, ninguém prevê", afirmou, acrescentando que "esse estudo prévio é importante para o decisor político, para o decisor económico e para o investimento estrangeiro que é preciso captar para a Madeira e para Portugal.
Quanto ao papel da Madeira nesta dimensão atlântica, Bernardo Pires de Lima considera que terá de passar pela coordenação com Lisboa. "Há interesses comuns e há interesses que é preciso potenciar para lá das agendas partidárias ou dos círculos eleitorais que possam não privilegiar as boas relações até entre lideranças". Em suma, salientou, "há desafios estratégicos que é preciso perceber para os agarrar", o que se torna muito importante "num mundo muito competitivo e onde, por exemplo, a Madeira tem aspetos competitivos em relação a outras regiões dos países europeus e mesmo em termos de região atlântica muitíssimo interessantes".
Texto e foto: PSD
4 comentários:
O Miguel, o PSD e um partido basista que se preocupa com as questões que interessam ao povao :saúde, educação,desemprego, etc. Deixem de tretas inteletuais e falem destes temas, afinal eram estes que se falavam nas tertúlias e que foi PROMETIDO serem estudadas com quem sabe dos assuntos e vive aqui. O resto e treta.
Um partido classista, sem interesse para o povo...
Qual o aproveitamento da palestra para a RAM e a sua população?
ZERO
O gabinete de estudos deveria fazer o que lhe compete: estudos de cariz técnico-científico que permitam o partido definir a sua política em termos de crescimento/desenvolvimento sócio-económico. Para palestras temos a Universidade da Madeira.
Mais uma vez isto é tudo para o Sérgio Marques mostrar trabalho...
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