JARDIM CHAMOU 'MARICAS' AOS TROPAS
35 ANOS ANTES DO QUE DEVIA
Não se ria, Leitor, mas o CEMGFA, general Luís Araújo, condecorou o rei da tabanca pelo seu 'patriotismo' e por ser 'homem de uma só palavra'. A velha Lusitânia ensandeceu de vez. |
Os tropeiros modernos, que se fossem à junta nalgum tempo certamente acabariam devolvidos ao pai, por falta de coluna, condecoraram esta segunda-feira o rei da tabanca madeirense com uma tal medalha militar da Cruz de São Jorge, e de 1.ª classe.
No panegírico perdigotado pelo próprio chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, fica-se a saber que, no ver dos fardetas, o das Angústias é pessoa de 'carisma', 'patriotismo', 'prestígio' e 'pragmatismo'. Mais: "É um verdadeiro líder, homem de honra e de uma só palavra."
Depois de umas boas gargalhadas que nos deixaram esmorecido, comentámos: esta deve ser para a secção humorística do jornal de caserna daqueles brincalhões.
Ora!
Carisma - ele é tão carismático que o povo não consegue beber uma cerveja sem lhe oferecer parte dela, mandando-lhe metade à papada.
Patriotismo - Bom! Solidarizar-se com os 'cubanos' do continente é com ele. O tipo gosta tanto da bandeira nacional que só tem hasteada a da Região na Quinta das Angústias e na cabeça da Pontinha, para não gastar a verde-encarnada. E promete relações privilegiadas com Portugal, quando a Madeira "seguir o seu caminho".
Prestígio - Aqui, calamos a boca. O homem é bem visto lá fora. Em Espanha, nomearam-no "rei do insulto".
Pragmatismo - Outra em que os fardetas têm razão: ele fez obra, enriqueceu os traficantes de betão e deixa à Madeira do futuro uma pragmática dívida que nem daqui a 50 anos estará paga.
Tomemos como piada de cantina os elogios da tropa ao antigo oficial de acção psicológica (destinada a nativos africanos do interior e que nem por lá funcionou).
Diz-se ali que o das Angústias sempre cooperou com os três ramos das FA. Só pode ser ironia. Tanto que maltratou brigadeiros e generais só porque haviam sido nomeados ministros da República!
Andou sempre à cabeçada com a tropa de Carlos Azeredo.
Zaragateou com marujos várias vezes, e no Porto Santo ameaçou mandar um deles à água - mas o melhor é perguntarem a Figueiredo Robles pelo espírito de 'cooperação' da criatura.
Verdadeiro líder? Actualmente, já nem de meio PPD!
...Mas a piada mais conseguida no louvor ao régulo das Angústias, que chamava 'lateiros' a tropas que conhecemos, é considerarem-no 'homem de honra e de uma só palavra'. Por acaso, achamos que ele serve de protótipo dos mentirosos compulsivos, não de uma nem duas, mas de muitas palavras.
Podemos dar um exemplo de quão mentiroso é o cavalheiro, como político carreirista que é - um exemplo relacionado com as NT, para perceberem melhor.
Em 1978, ele disse numa daquelas festas que o PPD criou para as bebedeiras de Verão: "Vejo que as Forças Armadas deste País se efeminizaram, as Forças Armadas perderam a masculinidade e Portugal não tem exército, tem é indivíduos com medo."
Mentira pegada. Nessa altura, a tropa não era efeminada. Tanto assim que foi um militar, o coronel Carlos Lacerda, a entrar-lhe gabinete dentro e a esbofeteá-lo, para mostrar que não estava efeminado. E foi outro militar, Ramalho Eanes, que por aquelas declarações alcoolizadas meteu sua excelência em tribunal.
Essa é a primeira mentira do exemplo que queremos deixar.
A segunda é sobre os elogios que ele faz aos tropas, actualmente. Que as tropas são valentes e cumprem o seu papel. Mentira dele. Agora que ele diz o contrário é que as tropas estão efeminadas. Pelo menos alguns 'lateiros' cheios de galões têm-se posto de cócoras à frente do rei da tabanca.
4 comentários:
A medalha que o "meio-rei" recebeu das tropas "efeminadas" vai direitinha para o novo Museu do "Rei Sol"!
"Tomemos como piada de cantina os elogios da tropa ao antigo oficial de acção psicológica (destinada a nativos africanos do interior e que nem por lá funcionou)."
Mas parece ter funcionado por cá durante quase 40 anos, atentas as inúmeras vitórias do "soba"...
Meu Caro Calisto lembro o divisionismo que s. exa. introduziu nas FAs com a criação do monumento ao combatente madeirense na mata da Nazaré. O contorcionismo dos textos produzidos na altura, para dividir não dividindo, não convenceu muita gente a comparecer ao "número" inaugurativo-propagandistico do regime. Houve quem se apercebesse da manipulação e a denunciasse. O pasquim do regime, inquinando a informação, publicava textos onde se asseverava que os elementos do "povo superior" - inventado por s. exa. - auferiam remunerações inferiores aos restantes militares. Era o astro em todo o esplendor. Os arquivos da tropa andam certamente desactualizados ao esquecerem tudo isto. Tenho pena que estivessem actualizados quando me incorporaram...
Ao sr. Comentador que diz ter funcionado aqui durante 40 anos a acção psicológica do soba:
Voilà!
Sobre o último sr. Comentador:
Vamos, a seu pedido, corrigir o lapso de o comentário ter chegado 'anónimo': quem o escreveu foi o nosso Amigo Dr. Jorge Figueira, que desde o início esteve ligado ao caso do Monumento ao Combatente.
Em segundo lugar, subscrevemos a sua posição.
Terceiro, desejamos ao caro Doutor o melhor ano possível.
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