Powered By Blogger

sexta-feira, 6 de março de 2015

Pré-Campanha


AS ELEIÇÕES DO DESCONTENTAMENTO




Rodrigues, Albuquerque e Victor: segurar o eleitorado tradicional está mais complicado do que nunca

                                                  


Nunca se viveu situação assim na política madeirense: em redor de várias candidaturas, cresce o número de descontentes dispostos à abstenção ou a votar numa candidatura rival. As formações que encomendaram sondagens sabem de que estamos a falar. Pois se nem as divulgam! 


Basta andar na rua e falar com gente ao acaso. No Funchal e não apenas. Nesta fase, erguem-se ondas contestatárias em cada uma das 3 principais forças concorrentes às regionais do dia 29. Várias são as razões de queixa que os militantes apresentam para justificar as ameaças de votar em cores adversárias. Resta tentar adivinhar quem é que será beneficiado com essa profusa deslocalização eleitoral.

No PSD-M avistam-se movimentações em mais frentes. 
Quanto maior é a nau... 
Enfim, dissipou-se mais cedo do que o previsto a euforia que animou a Madeira durante as eleições internas e o congresso regional dos social-democratas. Por culpa de uma estratégia 'low profile' demasiado confiante. A ponto de militantes influentes nas respectivas zonas territoriais se queixarem de que as acções de pré-campanha lhes passam ao lado, por força de um secretismo contraditório com a fase que se vive, supostamente dedicada à propaganda eleitoral.
No mesmo PPD, persistem as críticas à marginalização de quase meio partido quando da elaboração das listas. Praticamente não se vê nas candidaturas ao parlamento uma figura das sensibilidades de Manuel António Correia ou de João Cunha e Silva. Que, somadas, mostraram valer 45% dos militantes laranja.
Miguel Albuquerque, certamente ciente das nuvens acasteladas, trata de evitar borrasca. Distribui diplomas aos filiados que mostraram serviço estes anos. Almoça, como fez ontem, com os membros do grupo parlamentar ainda vigente, o qual também sofreu valente razia na elaboração das listas - como aliás seria de esperar da promessa de inovação.
Albuquerque também parece ter deixado cair o nome de Adolfo Brazão como candidato à presidência da ALM, em face das ondas contrárias que essa possibilidade gerou internamente.
...Assim como parece menos apostado, em caso de vitória eleitoral, na promoção de Sérgio Marques a vice-presidente do governo. Os vastos poderes do antigo eurodeputado no seio do novo PSD-M não mereceram a concordância da esmagadora maioria de apoiantes de Albuquerque. Havendo figuras como Pedro Calado e Rubina Leal que, ao que nos garantem fontes social-democratas, jamais aceitariam integrar um executivo em lugar abaixo de Sérgio.
Na área laranja, há quem tenha elementos de auscultação junto de eleitores que confirmam o impasse e até retrocesso do 'furacão' Albuquerque. Há descontentes - e não apenas em Machico - dispostos a mudar o sentido de voto desta vez, mesmo que, procedendo assim, ajudem a dotar a Região de uma governação de cor diferente, pela primeira vez. 
Em quem votarão esses insatisfeitos? Não será obviamente no PP-M. Os populares batem-se com galhardia para evitar a maioria absoluta dos social-democratas a fim de concretizarem o seu projecto de chegar ao poder, precisamente ao lado deles, social-democratas. Ou seja, os trânsfugas do PPD que optassem pelo PP estariam na prática a votar... no PPD.
Os populares, com uma campanha bem planeada e sem descanso, estão por seu lado a pagar o preço da secundarização que atribuíram a si próprios, ao anunciarem a intenção de se coligar com o PSD (e inicialmente com o PS). Essa relativização assumida pelo PP parece ter posto em causa a reedição do grande resultado anterior - 9 deputados. Inclusivamente, o PP sente muito perto a perseguição dos estreantes JPP, que no Funchal estão com dificuldades de penetração, mas que nos restantes concelhos gozam de empatia popular - com realce obviamente para Santa Cruz.
Os descontentes com a posição subalterna de José Manuel Rodrigues em nome de lugares no governo derivarão para o próprio JPP, mas também para a esquerda - calcule-se.
É que a coligação 'Mudança' não está condenada a só perder votos, também lhe chegarão muitos dos descontentes de outras plateias político-partidárias. Há igualmente potenciais trânsfugas na área dos coligados. Muitos socialistas, incluindo históricos, apregoam que nunca votariam numa coligação envolvendo o seu partido com o PTP. Não se percebe muito os pruridos. José Manuel Coelho nunca escondeu o seu estilo e foi sufragado várias vezes pelo eleitorado, sem esquecer o brilharete pessoal nas presidenciais. Mas o facto é que vemos esse prurido em muitos socialistas. E em quem votarão os descontentes do PS? Não acreditamos que se virem para a direita. PSD? PP? Não. Ou teremos abstenção ou haverá reforço dos chamados pequenos partidos, que bem precisam de votos para manter a necessária pluralidade no parlamento. Pulverização a mais? Alguém lhe deu origem. Nem sequer nos admiraríamos por aí além de ver um representante do partido das 'meias' entrar no parlamento entre os dignos deputados do PSD, PP, coligação, CDU, PND, Bloco e por aí fora.
Só que na hora de votar há sempre várias opções. No caso, haverá socialistas a escolher um partido minoritário para depositar o seu voto de protesto. Mas também haverá simpatizantes habituais dos pequenos partidos a pôr a cruz na coligação 'Mudança', na esperança de ajudar a impedir mais um governo PPD - ou PPD-PP. 
Sem dúvida que os votos dos descontentes no próximo dia 29 serão mais decisivos do que nunca. Victor Freitas, cabeça-de-lista da coligação, tem referido publicamente a importância de receber votos dos autonomistas da área PSD que se consideram fora do 'meio partido' que actualmente manda na Rua dos Netos. Se o projecto deve ser a mudança na Madeira - insiste Victor -, então é na coligação que os social-democratas devem votar. 
Com mais um argumento: em 29 de Setembro de 2013, os madeirenses afirmaram-se oficialmente favoráveis à mudança. Nada menos de 7 câmaras saíram do Laranjal. Então, se a população aposta na mudança, não será voltando atrás, não será dando força ao PPD 'pintado de fresco' mas cheio de ferrugem, folgas e areias nas profundezas da engrenagem - não será voltando a pensar no PPD que votará para mudar a Madeira. Mudar é com a Mudança.
Resta saber até que ponto as pessoas alinharão por essa teoria de Victor Freitas, cabeça-de-lista da coligação. As tendências dos estudos eleitorais que algumas candidaturas têm em seu poder não afastam hipótese nenhuma, nesta fase. As diferenças esbatem-se. E falta o período de campanha propriamente dita, em que alguma formação poderá saltar da mornaça destes dias e ganhar a vanguarda destacada da corrida. Dentro em pouco, quando aparecerem sondagens com todos os números, se saberá mais concretamente quais as intenções do eleitorado nesta caminhada.

Trata-se de uma anormalidade: o voto contra, dado a uma candidatura rival para derrotar a formação da simpatia do votante, será mais importante do que nunca, talvez decisiva.
Se os 3 maiores concorrentes conseguirem contrariar a tendência e segurar os seus eleitores tradicionais, já será 'ouro sobre azul' para eles. Se acaso canalizarem o protesto para os partidos mais pequenos, a democracia também não ficará mal servida.

21 comentários:

Anónimo disse...

quem pensa ser a rubina e o calado para exigir quem querem para vice?
a rubina vai por santa cruz e o pessoal nem a pode ver.

Anónimo disse...

vitor ja fostes, se o PS tivesse hipotese tu n eras candidato

Anónimo disse...

texto encomendado para destabilizar o PSD e CDS

Anónimo disse...

Assumo: eu votava PS se não fosse junto com o Coelho e sempre votei PSD e CDS.
Nas próximas, até ver, vou votar JPP.

Anónimo disse...

Como eu já disse e comentei por aqui algumas vezes: O PS e o CDS, cegos pela sede de poder, perderam aqui uma oportunidade de ouro para ganharem as eleições. O eterno JMR joga para o empate, na tal esperança de se coligar. O VF numa ansiedade amadora de quem é pouco inteligente, em vez de ir buscar um candidato forte, coligou-se com o Partido dos Tontos e Palhaços. Há mais descontentes no PSD do que aparentemente se pode pensar. Eles estão "unidos", mas dia 29 de Março vai haver muita facadinha nas costas do Albuquerque (uma espécie de castigo/vingança pelo que ele fez ao seu próprio partido nas eleições de 29 de Setembro)... Não vejo a hora de ir votar e por uma cruzinha em todos!

Anónimo disse...

o erro do Dr. Albuquerque foi não ter escolhido o Dr. Manuel António para as suas listas, ele nas internas teve quase 40% do eleitorado psd e seria uma boa escolha para vice-presidente.

Anónimo disse...

Jaime Ramos, Miguel de Sousa, entre outros, são muito mais palhaços do que o Coelho, com uma grande diferença, dominam os esquemas que têm servido para encher os seus grandes bolsos.
Para os que dizem que não votam na coligação porque está lá o PTP, pergunto porque é que votaram nas autárquicas, que além do PTP tinha os loucos do PND?

Anónimo disse...

Depois de dizer mal do Miguel no debate na RTP acham que ele ia chamar o MAC para o governo, então era isso...quem não se sente não é filho de boa gente. Gostava de ver se fosse ao contrário como ia ser? Nada como estar do outro lado para pode opinar, apesar de
o MAC ter 36%. Depois daquela facada como poderá ser perdoada...unam-se todos a bem do PSD senão vai dar barracada...PSD sempre independente das brigas internas. Mas VCS é que sabem. Como dizia o AJJ rebenta por dentro, mas o primeiro a rebentar com o partido foi ele.

Anónimo disse...

Desta vez votarei Miguel AlbuquerqueSocialista Descontente.

Anónimo disse...

O Dr. Miguel Albuquerque a Rubina o Pedro Calado vão ganhar as eleições com maioria Absoluta e o Sérgio Marques mais os encostados que ele tem vão, ficar em 2º plano.
Viva a Renovação dia 29 temos a vitoria

Anónimo disse...

Mas já viram um governo da Mudança ? O Coelho ia exigir ser Vice Presidente. Lindo.

Anónimo disse...

O voto útil será em Miguel Albuquerque. Mais nenhum líder partidário tem capacidade para ser presidente do governo. Os madeirenses não são os burros que ajj dizia e por isso o afastaram quando deixou de governar. De folclore ficou o povo farto e desperto com as autárquicas. Já não se deixa levar segunda vez depois da asneirada que fez com o voto de protesto. Por isso acho que, mesmo fechando os olhos como Cunhal, vai votar no melhor possível. E o melhor, sem concorrência, é Miguel Albuquerque. Maioria farta. Mas até é bom que os comentadores digam o contrário e que apareça uma sondagem sem maioria absoluta para evitar que as pessoas caiam na tentação de ficar em casa no dia 29 e deixarem de votar em consciência e num futuro melhor.

Anónimo disse...

PP descontente - voto no Miguel Albuquerque

Anónimo disse...

Somos de Santa Cruz e sempre foi do CDS mas agora vote em Miguel Albuquerque é o único credível para governar a madeira.

Anónimo disse...

é preciso estar louco para desejar o José Manuel Coelho na Vice Presidencia

Anónimo disse...

Não percebo este texto. Pelo que vejo e ouço vai haver uma grande votação em Miguel Albuquerque muito por culpa da oposição que é fraca, a mais fraca dos últimos anos...coligações estupidas, movimentos que viram partidos...as pessoas não vão em cantigas. O tempo não é para experiências e as pessoas sabem em quem confiar. Dia 29 haverá um das maiores maiorias do PSD

Anónimo disse...

Vamos Miguel tu poderás colocar o Jaime Ramos como sempre a mandar na Madeira, não passas de um cavalo de troia!

Toupeira manhosa disse...

Meu caro Calisto: você nem imagina a intriga que está a destruir o PSD. Andam todos com medo porque a maioria absoluta passou de uma meta já realizada para um sonho distante. Todos criticam o modelo de campanha eleitoral. Há pessoas marginalizadas que deviam ter sido convocadas pelo próprio dr. Albuquerque mas que são postas de lado por alegadamente terem laços ao jardinismo. Mas o dr. Albuquerque não foi uma fabricação maçónica privilegiada do jardinismo? A "revolta" contra o jardinismo tem muito que se diga. Um dia será contada a verdade toda, incluindo os motivos financeiros e pessoais. O dr. Albuquerque está convencido que é uma vedeta e que arrasta as mulheres todas para as urnas por causa do seu estilo e figura. O caso do dr. Brasão tem razão, há muita gente que entende que o parlamento não pode ter um presidente com vencimentos penhorados. O caso Passos Coelho e as dívidas ajuda a enterrar de vez o dr. Brazão como Presidente da Assembleia e mesmo sendo deputado, corre o risco de se transformar num alvo constante do Coelho do PTP o que colocará problemas de imagem e credibilidade ao PSD. Grave é o que se passa com o maçónico escondido dr. Sérgio. Cresce a oposição interna ao poder e aos tachos que o dr. Albuquerque ingenuamente lhe deu. Um gabinete de estudos que vale o que vale serviu de mola para o senhor 355 votos - que não vale um tostão furado nem nos militantes nem junto do eleitorado. E quando o sr. Coelho começar a falar das suas ligações aos Sousas, ao monopólio dos portos? E quando o sr. Coelho do PTP começar a enumerar as empresas (falidas) das quais o dr. Sérgio é sócio? Sinceramente eu que estou bem dentro do PSD começo a temer que este senhor venha a ser o coveiro de tudo o que tem sido feito pela mudança e pela renovação que obviamente não têm nada a ver com a figura sinistra em causa. A sua inclusão na lista gerou uma revolta, felizmente surda, ao mesmo nível do que aconteceu com o Sousa e com o grupelho do filho do Jaime Ramos.

Toupeira Manhosa disse...

Vou dar-lhe uma notícia: o dr. Miguel Albuquerque não assumiu publicamente mas já revelou no círculo pequeno de colaboradores mais diretos que o rodeia, que já decidiu que o filho do Jaime Ramos não terá lugar de destaque no futuro grupo de deputados e que nenhum dos colaboracionistas dele terá uma chance. O dr. Albuquerque cedeu na inclusão dos nomes para tentar unir o partido, mas percebeu que este grupo levanta anticorpos e só tira votos. A senhora Nivalda na Ribeira Brava é uma intriguista que anda a dizer mal da dra. Clara, que esteve sempre com o dr. Albuquerque. A senhora Nivalda, intriguista-mor a Ribeira Brava, faz guerra diária ao Presidente da Câmara usando o orelhas do Campanário. Têm a mania que são os donos do PSD da Ribeira Brava. Usam instituições sociais para promoverem imagem pessoal mas não dão um voto que seja ao partido. Este foi um dos grandes erros do dr. Miguel que devia ter escolhido para deputada a dra. Clara e não as duas.

Anónimo disse...

Sra. Toupeira Manhosa, faça os seus comentários à vontade, mas não apelide outros de intriguistas de forma depreciativa, quando essa é a característica predominante em todos os seus textos neste neste blog.

Anónimo disse...

Sou um descontente do PSD e desta vez eu e toda a minha familia votaremos no JPP. Mais 8 votos na Calheta.