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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

ENTREVISTA À RTP


JARDIM PROMOVE ALBUQUERQUE
COM MUITA SABEDORIA POLÍTICA




* O chefe mais uma vez garantiu que sai e não se mete na corrida à liderança do PSD...

* ...Mas deixou claro que continuará o trabalho de impedir os poderes ocultos de 'rebentar o partido'

* Os candidatos laranja devem ter-se arreliado com as novidades nas entrelinhas da conversa


O jornalista da RTP Vítor Gonçalves arriscou estrondosa queda de audiência na RTP-Informação, esta quarta-feira à noite. Mas quem teve paciência e ficou para o final ganhou matéria para reflexão.
O jornalista começou a entrevista buscando opiniões de Jardim que não interessam nada a ninguém, sobre assuntos também eles demasiado batidos.
Hoje por hoje, convenhamos, e a respeito do chefe insular, só duas perguntas são pertinentes: quando é que se vai embora e quem é que ganhará a corrida para o substituir no PSD-M. É a lei da vida. Friamente falando, nem a Madeira nem o continente, já que a 'Grande Entrevista' foi transmitida para cá e para lá, querem saber de mais nada que o envolva.

Vítor Gonçalves
Quem é que suporta ouvir Jardim falar mais dessa obsessão sua que é o diabolismo do regime político português? Quem é que aguenta mais conversas sobre a revisão constitucional que ele ameaça levar, a cair de podre, para São Bento - sabendo que ninguém abrirá sequer o dossier que Guilherme distribuir pelas bancadas?
Mas foi por aí que o jornalista começou. 
Ora, estar sentado à frente de um televisor a ouvir Jardim explicar que tem solução para salvar o Estado português, quando não tem para o orçamento da Quinta das Angústias, está-se a ver que entusiasmo não causou nos telespectadores que se tenham aguentado.
A culpa não foi do chefe, reconheça-se. O jornalista é que faz o alinhamento da entrevista. Se foi para segurar até ao fim a plateia interessada na mexeriquice doméstica, foi um risco muito grande, porque a essa hora, se calhar, estava no ar aquele 'big brother' da Teresa Guilherme, ou coisa que o valha.

Lá sofremos o andar dos minutos, com o entrevistado a não deixar o entrevistador acabar as perguntas e o entrevistador a não deixar o entrevistado acabar as ideias.
Três soluções para salvar o mundo, mostrava Jardim, arrancando bocejos aos lares nacionais. E ai dos partidos do regime se boicotarem a panaceia insular idealizada para o País! 
E lá vêm mais palpites sobre a reforma do Estado. Jardim, o 'esquerdista' do Estado social e anti-grevista! E ainda os 5 séculos de exploração continental a levar dois terços das receitas madeirenses. Mais a promessa de mostrar os estudos feitos a esse propósito, a cargo dos historiadores contratados - onde já ouvimos isso?
A ladainha em marcha com os 130% regionais sobre o PIB nacional. A dívida da Região que 'per capita' é inferior à dívida nacional. A dívida que foi feita para recuperar a Madeira do atraso indecente e para conseguir trazer os dinheiros da Europa. 
Depois, o 'não' ao segundo resgate, mais a arengada para justificar o voto 'sim' do PSD-M ao Orçamento do Estado feito pela incompetência da coligação.

Enfim, um arzinho

A entrevista começou a dar um arzinho quando o jornalista quis ouvir a explicação para o terramoto laranja nas autárquicas. A resposta do costume: culpas do governo PSD nacional. O povo tem razões para se rebelar, votando contra a setinha do boletim de voto, e o próprio Jardim também anda revoltado. Também já se ouviu tal anedota vezes demais. Se para safar-se de culpas o chefe tiver de dizer que o mar é vermelho e preto às riscas, pois o mar é...
O que não esperávamos, francamente, era que, de repente, o entrevistado reconhecesse que o povo se cansou dele. Sempre são 35 anos. Reconheceu. Não por acaso o PSD já tomou a decisão de mudar - disse chefe, com inusitada humildade.
Sol de pouca dura. Num instante, já estávamos outra vez a ouvir o 'disco riscado' das campanhas anti-Madeira, que, desbobinava a vedeta da noite, se devem ao combate do PSD-M contra o regime político e às vinganças dos poderes ocultos.

Albuquerque, a tábua de salvação de Jardim

Depois, finalmente, o que interessava: quando parte Jardim de vez e quem o poderá substituir?
Vejamos então a subtileza do entrevistado. 
"Vão ficar livres de mim", disse para comover o pessoal lá em casa. Se em 2011 avançou, foi para não o acusarem de fugir em tempo de 'vacas magras'. Sempre houve uma desculpa: 2004, 2000, 1996... 
Quem nos diz então que, mais para fins de 2014, e ao contrário do que Jardim palpitou nesta entrevista, em vez de desafogar um pouco, a Madeira mergulha ainda mais na crise? Então, sr. Jardim, vai fugir? 
Ora, o homem é capaz de querer evitar uma crítica dessas, resolvendo ir a combate.
Mas há outra via para tentar ficar. 

Sim, vai de vez. Se está dito, está dito. Mas saibam que terá trabalho a fazer: defender o seu partido da investida da maçonaria. E a sucessão é um perigo nesse capítulo. 
O seu trabalho será, portanto, salvar o PSD das garras das forças ocultas. Para já, está encerrada a questão de antecipar ou não o congresso. É nas datas marcadas e pronto. Jardim assumiu mesmo, perante o auditório nacional, que o partido deve livrar-se dos cavalheiros que apareçam a tentar impedir que o partido volte a ser robusto. Pois se já houve cavalheiros que, detendo o PSD maioria parlamentar, queriam dissolver a Assembleia Legislativa! Referência a Miguel Albuquerque, claro - aquele que, no dizer do chefe, representa os inimigos do PSD obcecados pelo regresso da Madeira antiga.
Salvar o PSD, pois. O jornalista, e bem, perguntou: então, se perceber que Miguel Albuquerque chega a Dezembro de 2014 muito perto de ganhar o partido, vai entrar na corrida para o evitar?
Jardim quase implorou a Vítor Gonçalves para não brincar com "coisas sérias", para não falar num senhor que é "um caso arrumado".
Mas não falou sobre o que fará num caso desses.
Sem parcialidade, ficámos com a ideia de que Jardim quis protagonizar, num bocado de televisão, uma importante acção promocional favorável ao ex-presidente da Câmara.
Apostamos até como os outros candidatos à liderança do PSD maldizem o curso desta 'Grande Entrevista'. Não apenas pela promoção a Miguel Albuquerque, mas porque Jardim pode 'descobrir', para o ano, que precisa de fazer mais um 'sacrifício' e candidatar-se como factor de união à frente do partido em peso, para impedir que o satanás Albuquerque faça de 'cavalo de tróia' aos maçónicos ingleses da Madeira Velha.
A nosso ver, Jardim vê em Miguel Albuquerque a derradeira tábua de salvação para se manter em cena mais uns tempinhos.
Claro que perderá diante de Albuquerque e de quantos forem a jogo. Mas o sonho ainda é livre.
[Ainda bem que poucos Leitores aguentaram até este final delirante. Por alguma razão, imitámos o alinhamento errado da 'Grande Entrevista']

14 comentários:

Fernando S. Carneiro disse...

Caro Fênix,
Na minha opinião achei que o Alberto João Jardim esteve bem na entrevista. Muita informação repetida para quem acompanha com interesse a vida política na Região. Alguns tiques próprios da idade e a prepotência de que muitos o acusam.
Achei que o jornalista foi faccioso em atribuir o maior favoritismo ao Miguel Albuquerque na sucessão no PSD/M.
Pelo que tenho assistido, Albuquerque apareceu muito bem, em 2012, mas tem dado tiros nos pés, tem descido na simpatia das pessoas, em suma tem perdido muito fulgor. Para ajudar nesta descida de Albuquerque, tivemos a noticia de Sérgio Marques que foi buscar muitos defensores acérrimos (!!!) de Albuquerque. - o que só vem provar que eram os "ressabiados". Não tinham espaço com Jardim, Albuquerque não ganhou e fogem para alguém que lhes alimenta a alma neste momento...
Dos outros dois candidatos, um vive com a ilusão que tem as novas inscrições todas do PSD e o outro aparece na pele de candidato uma década atrasado, por razões que lhe são alheias e conhecidas de todos. Não havia vacatura do lugar.
Mas não me cheira que seja desta panela que saia o futuro do PSD. Espero que apareçam mais uns dois, três candidatos com peso no partido, experiência, com um programa de soluções para a Madeira e com uma postura de ruptura com o que tem sido o PSD/M até aqui.
Fora desta análise toda proponho um entendimento que coloque o Albuquerque como Presidente da Assembleia, Manuel António como Vice na Assembleia e Sergio Marques repescado para Secretário Regional. Desta forma (não os nomes obrigatoriamente), teríamos o Partido unido! Essa é a questão fundamental para o PSD ter maioria absoluta em 2015.

Luís Calisto disse...

A sua análise está longe de ser inverosímil. Concordamos com muitos pontos. Quanto a novos delfins, recorde-se que na própria geração dos actuais se defende com insistência o avanço para um outro, mais novo. Porque, dizem, estes assumidos anular-se-ão uns aos outros.

Anónimo disse...

Partido unido: Cunha e Silva Presidente da da assembleia; Miguel Sousa Presidente do Governo; e Miguel Albuquerque no Turismo e Cultura; Sergio Marques, Manuel António, Eduardo Jesus, Francisco Santos, João Machado em Secretarias... AJJ disse ontem que vai andar nas tropelias no País... quer ser deputado em lisboa.

Anónimo disse...

Ta tudo louco Miguel de Sousa rua, Cunha e Silva rua, Presidente do Governo ou Albuquerque ou Sérgio Marques, Presidente da bancada parlamentar o Jaime Filipe, Presidente da Assembleia o Prada.

Anónimo disse...

Pelo o que eu conheço de Sergio Marques e seu percurso politico se não ganhar manda esta gente dar uma volta e como Passos Coelho fez ganha no segundo congresso sem duvidas algumas!

Anónimo disse...

Meu caros com todo o apreço que tenho pela vossa opinião acho que a opção que passa por com candidato de uma geração abaixo está totalmente fora do baralho..
Não têm experiencia suficiente nem o carisma para reunir o consenso de importantes no partido.

Anónimo disse...

Sergio Marques é o único dos candidato que consegue ganhar as Eleições Regionais os outros o povo já percebeu que é mais do mesmo..

Anónimo disse...

Sérgio Marques é o único com alguma credibilidade ainda junto da população. Todos os outros vão ser corridos à pedrada pelo povo nas eleições. Simples. A começar pelo lambido venezuelano.

Anónimo disse...

Exatamente, Pedrada nos melhores e Vitor Freitas ganha.

Anónimo disse...

estou de acordo pedrada nessa gente toda é só rabos de palha! Jaime Ramos não gosta do imaculado (Sérgio) como disse no Conselho regional e diz isso por uma razão porque o vê como um candidato de peso e em segundo porque vai limpa-lo coisa que ano acontece se for o albuquerque. Sergio contamos contigo porque sabemos que tu ganharas as eleiçoes regionais és o unico que está de fora destes interesses instalados e essa é a razão para muita gente estar preocupada, estamos contigo ATE AO FIM MORREREMOS POR TI!

Anónimo disse...

Morrer nem por uma Sérgia...qto mais por um Sérgio!

Anónimo disse...

O Medeiros Gaspar vai apresentar candidatura à liderança do PSD. Está para breve.

Anónimo disse...

Sé o Medeiros apresentar candidatura até a laranjinha pode ser candidata!
E porque não o deputado de Alberto João Jardim, Pedro o Mijinhas!

Anónimo disse...

Se o Medeiros Gaspar apresentar candidatura acredito que o Jaime Freitas tb apresente! LOLL E o Pai Natal tb!