O que vai na Praça / Sexta-feira

'MEIO CHEFE' MORRE DE INVEJA 

DAQUELES QUE O QUEREM SUBSTITUIR

Manuel António e Sérgio Marques foram farpeados na comissão política... o que só os lisonjeia








O sujeito lá de cima, roído de rancor, já tinha mandado os companheiros que se candidatam à liderança do chanfrado partido discutir política lá para o "café da esquina". As sedes existem, quer o sujeito lá de cima dizer, para ele visitar com Jaime Ramos, a pedinchar mais um mandato aos filiados do Laranjal. 
Numa palavra: aqueles que se atrevem a concorrer a um lugar tão difícil, tão inacessível que só ele, 'Meio Chefe', é capaz de ocupar (não se riam), esses só estão a fazer "cenas", indignas de um dos santuários jardineiristas espalhados pela parvónia, com rendas em atraso, por sinal.
Pois agora na reunião da comissão política de quarta-feira, o homem decidiu dar largas ao azedume que lhe causa a simples ideia de alguém julgar que pode chegar à tal posição 'inacessível'. Ele teima em não aceitar que terá fatalmente de sair um dia e regressar aqui abaixo ao seio dos 'patas rapadas', onde é aguardado com expectativa, com incontrolável expectativa.
Manuel António, por dizer que só para a semana tem uma determinada resposta de âmbito executivo para dar ao 'Meio Chefe', levou logo com um "é sempre para a semana". Diante de todos os comissários.
Noutra fase da catarse nos Netos, quando o tal patrão das araras entalava Jaime Ramos por causa das contas do partido, com Armando Abreu a gaguejar porque não há papéis para mostrar o equilíbrio ou o desequilíbrio financeiro 'daquilo', o tal patrão aproveitou para dizer que há uns 'gajos' para aí que julgam poder o partido viver sem dinheiro. Uma farpa apontada a Sérgio Marques, que há pouco defendeu a morte do jackpot. E o sujeito atacou quem se assumiu candidato recentemente, apesar de o atacado estar ausente da comissão - oficialmente por se encontrar em Lisboa, mas não nos admiraríamos se por não ter pachorra de aturar senilidades.
Um só pormenor: das gaguejadelas da máquina do partido sobre o lastimoso estado contabilístico do Laranjal, o sua excelência de lá de cima concluiu e transmitiu à comunicação social que "a situação financeira do partido é sólida". 

O DIA COMERCIAL MAIS CHOCHO DOS ÚLTIMOS TEMPOS

Empregados e patrões queixavam-se esta manhã: ontem, quinta-feira, foi o dia mais fraco do ano. Cafés e restaurantes das zonas mais concorridas do Funchal não fizeram caixa que desse para a luz, quanto mais para pagar empregados. As coisas pioram gradualmente, com receitas de assustar nos dias de fraco movimento no porto.
É que lá se foi tempo de os madeirenses tomarem pequeno almoço na cidade. 5 € por dia quanto dá no fim do mês, mais passe ou gasolina?
Esta manhã de sexta, a esperança estava nos turistas do 'Riviera', se a sorte os atraísse para as esplanadas. Mesmo assim, um empregado de uma importante esplanada queixava-se, perto das 10 horas: "Desde as 8, servi 4 cafés, mais nada!" 

MAIS UM 'APOIO' AOS AGRICULTORES...

Um homem do campo desabafou esta manhã: "Vim ao Funchal pagar a água de rega... Aumentou um euro e tal por hora... Obra do IGA."
Tudo aumenta, picámos.
"Pois é", fez o homem. "Ainda bem que tivemos mais este apoio do homem que se farta de prometer milhões à agricultura!"
Íamos a dizer, mas não dissemos, que o agricultor experimentasse aproximar-se da casa do povo lá da terra. Como andam a angariar filiados para a facção jardinista/homem dos milhões, talvez por essa via ele...

HORÁRIOS DE LUXO NAS ESCOLAS

Aqui há profes 'especiais'...

Andavam lá por baixo a zurzir os ouvidos do regime a respeito de professores com cargos públicos em câmaras e no governo mas que continuam a prestar serviço nas respectivas escolas. Serviços, como quem diz. Vão lá um par de horas, sem turmas à sua responsabilidade. Quando muito, avançam em substituição de algum profe que dê feriado à pequenada.
Bom, se as Direcções Regionais estão a receber como assessores os novos desempregados políticos, as escolas podem deitar uma mãozinha. Mesmo que os professores a sério não arranjem colocação.

PINGARELHO NO HOSPITAL (2)

Já contámos aqui o que se diz na praça sobre o correctivo aplicado no Hospital, às escuras, a uma enfermeira-chefe sob pretexto de, porque com as costas quentes (salvo seja), exercer as funções com tiques ditatoriais. Já estava a pedi-las, ouvimos murmurar.
Dissemos também que alguns rumores davam o próprio director do Sesaram como vítima de 'lição' semelhante. Pois esta quinta-feira asseguraram-nos que é verdade. Que o nosso Amigo Miguel Ferreira também 'levou'. Ora, lamentamos que ao nosso antigo colega de 7.º ano do Liceu, pessoa sempre bem disposta e cortês, também "chegassem a roupa ao pelo", com um aperto no gasganete.
Não terá sido por acaso. Bom, Amigo Miguel, como dizíamos naqueles tempos, 'a coisa não fica assim: incha e depois desincha".

O "SUCESSO" DO GOVERNO ARARA

Demos um salto de júbilo ao começar a ler o JM de hoje: "Madeira superou expectativas", diz a manchete. Uma execução orçamental que serve de exemplo, acrescenta o papelucho do fulano, citando o relatório da Comissão Europeia. 
Depois, a explicação: o "sucesso" do desgoverno deve-se às "receitas fiscais" e a um "rigoroso controlo das despesas".
Ora, assim, também nós. Todos sabem de onde vêm as 'receitas fiscais'. E o que significa o que o Garcês considera um 'rigoroso controlo das despesas'.
Por uns momentos, alimentámos a ilusão de que aquelas cabeças tinham feito mexer a economia regional, dinamizado empresas, criado emprego, gerado receitas, travado a emigração, reduzido a pobreza extrema e encurtado a fila da sopa do Cardoso. Afinal, paga o povo, é despedido o povo.
Ide à fava! Ide gozar o c...