Powered By Blogger

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

OPINIÃO



Comunicação social





Há nulidades que vivem da propaganda. Umas vezes de iniciativa dos “interesses” que servem, outras vezes paga pelos próprios, quando dispondo de meios.
O capitalismo selvagem, as “sociedades secretas”, etc., foram-se apoderando dos regimes democráticos. Hoje, estes não passam de sistemas plutocráticos e partidocráticos. A propriedade dos meios de comunicação social decide cada vez mais o futuro dos povos, manuseando a sofisticação científica que a acção psicológica e a publicidade ganharam.
Ainda que as novas tecnologias tenham permitido espaços novos de Informação que, por enquanto, o grande Capital não controla totalmente.
No entanto, reconheça-se que os vultos públicos cuja capacidade assenta apenas na propaganda que os aguenta, também aproveitam as redes das novas tecnologias. Vemos uns arregimentadas a quotidianamente lhes celebrar qualidades que não possuem.
Ou melhor, sempre há os que, para além da fotografia diária, distribuirem subsídios aqui e acolá, num assistencialismo que é a negação do Investimento, do Emprego e do Desenvolvimento Integral.
E fazem-no, a contar ainda com eventuais memórias curtas, com a distorção da História e com um “porreirismo” que esqueça deslealdades e faltas de carácter no passado.
A propósito de comunicação “social”, toda a gente sabe o porquê do entrosamento de actividades oficiais com algumas actividades no Grupo Blandy. É uma questão importante no actual momento madeirense, porque de sérias repercussões futuras.
O “Jornal da Madeira” desapareceu para lugar ao “J.M.”, propriedade da Região e sob tutela do Governo Regional, desaparecimento mais uma vez e como noutros casos conhecidos, a pedido de identificada “opinião publicada”.
Os Governos Regionais anteriores não impediram o pluralismo na comunicação social. Até se comprometeram publicamente em garantir a sobrevivência de todos, desde que a lei fosse respeitada através da observância do respectivo Estatuto Editorial.
Porém, como o “Jornal da Madeira”, deficitário, era maioritariamente propriedade da Região, não só se fazia a boa gestão de em nenhuma parte se gastar dinheiro a publicar o desnecessário, como não se praticava a má gestão de enviar para publicação noutro, o que bastava ser publicado no diário já encargo da Região Autónoma.
Mas os Governos Regionais anteriores pagavam a impressão do “Jornal da Madeira” em oficinas do Grupo Blandy, viabilizando assim, a este, também a publicação do seu diário.
Porém, no tempo dos meus Governos, havia debate politico e prática do contraditório, a sério. E de que maneira!
Hoje, ou é a censura selectiva ou é a indigência de um mal disfarçado “pensamento único”.
Orgulho-me de assumir que o “Jornal da Madeira”, cumprindo legalmente com o seu Estatuto Editorial, exercia a necessária legítima defesa de Valores com clara opção maioritária - e não apenas partidária - do Povo Madeirense, fazendo-o contra os adversários da nossa Autonomia Política, contra quaisquer ameaças totalitárias e contra os poderes que pretendem o regresso ao passado, escudados na ilegalidade do não cumprimento do estatuto editorial.
Fazendo-o em termos que sucessivas eleições não puseram em causa. Foi para tal que existiu e muito bem cumpriu a sua missão, legalmente estabelecida no seu Estatuto Editorial.
Legalidade confirmada pela Comissão Europeia, pelos Parlamentos nacional e regional, e pela Justiça.
É inadmissível que quem na sua carreira, quer política, quer no mundo dos negócios, DEVENDO algo ao “Jornal da Madeira”, agora o pretenda diminuir. Os tempos em que estamos!…
Pior. Quem depois de subscrever as então posições autonomistas e sociais-democratas do PSD contra a “entidade para a comunicação social” - um dos restos estalinistas na ainda vigente Constituição de 1976 - agora, qual “travesti”, venha invocar semelhante “entidade”, como fosse de se lhe reconhecer qualquer autoridade.
Mais. Como ex-jornalista, de que me orgulho e tenho saudade dado o período em que o fui, considero desleal não dar Informação ao diário de que se é tutela, para manteigar outro.
Hoje, na Madeira, um grande problema face ao futuro não é aquilo que anedoticamente ainda é enfiado como sendo “direita” ou “esquerda”.
Estas encontram-se controladas e até estruturadas pela ameaça principal que é nosso Dever contrariar, de forma a evitarmos que a Autonomia Política e o Desenvolvimento Integral retrocedam

Funchal, 17 de Outubro de 2016

Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim

7 comentários:

Anónimo disse...

Francisco Gomes, um dos últimos produtos do jardinismo, é o presidente da associação de antigos alunos da APEL ! Será que ele tem as habilitações necessárias para este cargo ?

Anónimo disse...

Por muito que custe reconhcer este Desgoverno regional esta a milhas de dustancia, para menos, do anterior do AAJ e todas as areas. No outro podia discutir.se opções ou ate a qualidade das ditas mas nao era esta inercia, iniquidade e labebotismo que se assiste por todo o lado travestido de sobranceria, arrogancia e muito desconhecimento. Enfim as urnas responderão. LOL

Anónimo disse...

Volta Alberto estás perdoado!!!!

Jorge Figueira disse...

O texto merece-me este comentário:
É verdade que as Centrais de propaganda ainda existem. Tu falas de uma, entretanto extinta, a sociedade por quotas que produzia o ex-JM. Olha, como hoje andas numa de ouvir o contraditório, neste caso, seria bom sabermos aquilo que pensa o outro sócio sobre o assunto. Digo-te o porquê da minha dúvida, acho que a Diocese ficou muito mal na fotografia. Há, eu sei, umas quantas centrais de informação por esse Mundão de Deus.
Alberto, tu nem calculas a Liberdade que dão as novas tecnologias, preocupamo-nos apenas com questões circunscritas à Ética e ao não insulto – sempre tive cuidado pois não aguento custas em tribunal – e expomos a nossa verdade. Eu, como sabes, fui vítima de insultos na tal central de propaganda. Hoje escrevo, livre que nem passarinho, sem que os Torquemadas se atrevam a defender as arrevesadas teses de outrora.

Anónimo disse...

No Jornal da Madeira havia contraditório?

Anónimo disse...

O Alberto continua a acusar as Sociedades Secretas mas esquece dizer que em tempos foi iniciado na Maçonaria, tal como o Albuquerque e muitos outros ddestacados políticos do psd madeira.

Anónimo disse...

O Albuquerque prometeu acabar com dinheiros públicos para o jornal da madeira, mais de um milhão de euros, mas em vez disso continua a subsidiar este pasquim e alargou o subsídio ao diário. ''Está Tudo CONTROLADO'' como diria o próprio Albuquerque.