A OPACIDADE DA CMF
No ano passado, houve
um célebre concurso de uma obra lançada pela Câmara Municipal do Funchal. A
obra designava-se CIGMA – Centro Integrado de Gestão Municipal Autónoma.
O concurso era de
prévia qualificação, logo as empresas de construção tinham que ter as
habilitações necessárias para concorrer.
Numa ação pouco transparente, a CMF adjudicou e contratou a obra a uma empresa que não possuía as habilitações necessárias à execução do contrato.
Como a CMF não cumpriu
com a lei nos termos da contratação pública, o Tribunal de Contas veio chumbar
esse contrato de empreitada (https://funchalnoticias.net/2020/12/24/tribunal-de-contas-nega-visto-ao-contrato-da-cmf-com-a-rim-para-construir-o-centro-integrado-de-gestao-municipal)
O concurso caiu e a
CMF lançou um novo. Este último, foi ganho por uma outra empresa. Mas, como a
encomenda já estava feita, era a anterior empresa que o Presidente da Câmara
queria que ganhasse. Desta forma, o Presidente da Câmara, Eng. Miguel Silva
Gouveia, impôs que a empresa vencedora do segundo concurso cedesse a sua
posição no contrato para a empresa que venceu o primeiro concurso, que foi
chumbado pelo Tribunal de Contas.
Como se não bastasse,
para a mesma obra, o preço da adjudicação do último concurso foi superior ao
inicial em cerca de 110 mil euros (Anterior concurso: 1.167.000,00€; Atual
concurso: 1.275.999,99€).
Ficam as questões:
- Será esta Câmara
Municipal do Funchal, na pessoa do seu presidente, transparente?
- Não haverá gato escondido com o rabo de fora?
G.X.
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