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domingo, 29 de agosto de 2021

 


Alta Política


Apesar do calor de fritar lagartixas, a política montou no País um circo de fim-de-semana com vedetas de indesmentível vacuidade.

Temos os golpistas do PS no retiro de Portimão; temos o Rui Rio num fórum autárquico para ir contrapondo pusilanimidades às antiquíssimas promessas que Costa repete no Sul; eis a cansada bloquista com os ziguezagues fiéis ao estilo geringonça; o velho Jerónimo que continua a babar-se com o vago cheiro a poder; temos o benfiquista anti-cigano a ensinar como se monta uma coligação para derrotar a esquerda; e temos, sobretudo, aquele rapaz do CDS a disparatar ao ritmo de uma AK-47 sem estrias.

Ainda há pouco, vi na TV o moço Francisco Rodrigues dos Santos a repetir a sua teoria de há um ano, cerca disso. Dá ele a entender, aos berros, que foi graças à sua liderança que o CDS foi para o governo dos Açores; que Marcelo foi reeleito à 1.ª volta; que o CDS conseguiu a unidade interna.

Não há nas direitas alguém que chame o rapaz à parte e o leve a libertar-se do ridículo que alguém lhe meteu na cabeça?

No altura da invenção desse discurso, a gente deu uma gargalhada com a teoria do anticiclone Chico-centrista e outra gargalhada com a dívida do PR ao CDS do Chicão. Só que este persiste nas suas esdrúxulas conclusões. Ainda há bocado reivindicava os louros da luta bem sucedida em prol da unidade no CDS. 

Unidade no CDS?! 

Mas onde é que o rapaz vive?  


É verdade que detecto cada vez mais imbecis (no sentido patológico do termo) auto-convencidos dos seus "grandes méritos". Eles consideram-se autores de proezas e detentores de qualidades que mais ninguém vê. No caso de Chicão, a coisa torna-se perigosa porque ele, em certa medida, controla os destinos de um partido político. 

Aristóteles dizia repetidamente que o homem não é o que pensa que é ou o que diz que é, mas aquilo que fez e faz realmente. Alguém empresta um compêndio de filosofia ao alucinado rapaz, ou ele é já um caso perdido como outros Napoleões que conheço?

Pois se o rapaz já não consegue perceber o verdadeiro alcance do seu contraditório plano para fazer das autárquicas uma "prova de vida" do CDS...


PS - Então e a pré-campanha que se está a fazer na Madeira? - perguntará o Leitor. Ora, sejamos tolerantes, faz de conta que a peregrinação medieval não acontece. Tenho vários amigos envolvidos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa oportunidade para o básico promover os novos jaquizinhos madeirenses(lagartixas),porque o arroz de lapas está quase a acabar.