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terça-feira, 26 de abril de 2016

Maomé e a montanha


Diligência diplomática estranha mas de boa fé

Há dias, aventámos aqui no Blogue que, depois de tantas bordoadas, agora é que o chefe do Blue Establishment não apareceria mais a tomar café logo de manhã com a gente, povo da baixa, na Rua dos Murças. Remédio santo: recebemos convite para um cafèzinho nas Angústias. 
Se a montanha não vinha a Maomé...
Mas foi uma visita completamente distinta das mais de mil que fizemos ao Palácio cor-de-rosa no tempo do antigo Chefe (e não dezenas, como já ouvi asneirar alguns más-línguas). Em 30 anos foram mais de mil. O resultado das subidas às Angústias nesse tempo ficou sempre registado nas edições seguintes do DN. Com mais ou menos discussão, saía-se de lá sempre com uma notícia que interessava aos Leitores. Se bem que, para muitos, houvesse ali um tenebroso móbil: branquear o regime da Madeira Nova.
Agora, com esta visita à nova situação, não aconteceu nada. Notícias, zero. Foi uma visita de cortesia, ou mais do que isso, de amigo a amigo, pessoal e não de trabalho. 
Se por acaso acharem a diligência um pouco estranha, ou seja, que a romagem de amizade só serviu para delapidar ainda mais o pobre do erário, mando logo 50 cêntimos às Angústias, para abater na conta do cafèzinho.

Nova trapalhada? (ACTUALIZADO)


Disseram para cá o seguinte disparate: que na Secretaria da Agricultura saiu uma directiva que coloca os chefes de divisão a reportar directamente ao chefe de Gabinete do secretário... passando por cima dos directores regionais do pelouro.
Não acreditamos. É impossível que tenham metido essa medida anti-diplomática no Joram sem que os directores regionais batessem com a porta mandando os responsáveis dar uma curva. 
...Mas afinal é bem possível. Quem tiver tempo e gosto que consulte o Joram II Série de 18 deste mês, despacho 156/200.

Serão 'papéis' do Panamá?


Lido inaugurado a 22 de Março de 2016




O Lido inaugurado no Ano da Graça de 2106, pelo Mayor Fofo-cutchy-cutchy, amanheceu assim.
O K-Solário registou com uma máquina chinesa de 15 US$, daí a fraca qualidade. Talvez tão fraca como os materiais rebeldes que se soltaram no 25 de Abril.

Acho que isto dá para mais uma inauguração em 2017 e uma lápide inscrita, desta vez, talvez com o novo Secretário-Geral das Nações Unidas.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

25 de Abril


Bloco exige esclarecimentos do presidente da assembleia 

no caso dos papéis do Panamá 






Na Sessão Comemorativa do 25 de Abril, na Assembleia Legislativa da Madeira, o BE dirigindo-se ao Presidente do Parlamento exigiu explicações acerca do seu, noticiado envolvimento no escândalo dos "Panama papers". "A Revolução de Abril não se fez para vermos os nossos mais altos representantes políticos serem suspeitos de ter ligações a empresas registadas em paraísos fiscais e terem os seus nomes envolvidos em escândalos relacionados com a fuga aos impostos". Roberto Almada deixou claro que "sobre as primeiras figuras da Região não podem pairar quaisquer suspeitas a esse nível" pelo que "os esclarecimentos públicos, exaustivamente documentados, que se impõem, não poderão deixar qualquer margem para desconfiança ou dúvida sob pena de terem que ser assumidas todas as responsabilidades políticas".
Intervenção de Roberto Almada:

Eis-nos chegados ao 42.º aniversário da Revolução Libertadora de Abril, a tal que abriu as portas da Liberdade e que, Ela e só Ela, possibilitou a existência da Autonomia da Madeira. Foi, efetivamente, naquela madrugada resplandecente de 25 de Abril de 1974, aquando a Libertação de Portugal das garras da ditadura fascista, que se escancararam as portas da Autonomia por que os Povos destas Ilhas tanto ansiavam. Fartos de serem maltratados e explorados pelos fascistas salazarentos e pelos Senhorios da Madeira Velha, com a Revolução dos Cravos, milhares de conterrâneos nossos acalentaram o sonho de uma Autonomia que fosse um importante instrumento ao serviço da Democracia e do Desenvolvimento, que diminuísse assimetrias sociais e que retirasse milhares de pessoas da mais absoluta Pobreza.

Saga do Santo



Regresso ao Quebra-Costas


Antigo chefe andou à procura da bagagem



O antigo (Meio) Chefe da Tabanca aterrou há minutos em Santa Catarina, proveniente do aeroporto londrino de Gatwick. Em Inglaterra, foi homenageado pela comunidade madeirense, conforme anunciado. E até aí tudo muito bem. O problema foi aqui à chegada: parece que a bagagem andou perdida e deu um pouco de maçada ao passageiro.
Mas está tudo resolvido e em condições para a caminhada amanhã na Rua Nova Pedro José de Ornelas e para os escritos memoriais no Quebra-Costas.
Este foi pelo menos o despacho que nos chegou assinado pelo K-Olho-de-Falcão. Se exagera, é mais um para a lista de despedidos. Temos no terreno um programa para inovação do Fénix e quem não se adaptar está feito num 8.

REACÇÃO AINDA SOFRE COM O 25 DE ABRIL



DISCURSO DO PPD NA ASSEMBLEIA
FEZ CAIR A MÁSCARA RENOVADORA

Não esperavam ouvir uma intervenção tão
reaccionária num parlamento 42 anos depois
de Abril? Pois, não conhecem a terra...


Fernanda Cardoso há muito tempo que, em representação da fossilizada ala saudosista do tempo pré-democrático, morria por soltar o asco incontrolável que lhe provocam os ventos já distantes da Revolução de Abril de 1974. Só pode. Pois foi hoje. Os sargentos da Madeira Nova ganharam alento com o discurso da deputada na sessão parlamentar abrileira. Eles ainda andam aí para a curvas. 


A sessão do 25 de Abril na ALM teve um aspecto muito importante para todos que é preciso relevar. A facção radical do PPD saudosista do faustoso desenvolvimentismo e até do ante-25 de Abril pôde finalmente soltar o grito do Ipiranga, manifestando-se contra os 'comunas' de 1974, esta manhã no parlamento, e diante de milhares que assistiam ao espectáculo pela televisão. 
Não pode haver outra leitura: com aquela posição política digna dos velhos flamistas, a bancada do PSD-M terminou com a rábula de dois anos de charme democrático jurado e prometido pela 'renovação'. Os saudosistas assumiram o seu ódio ao cravo vermelho, aliás já do conhecimento de todos, mas agora assumiram-se descaradamente. Por outro lado, adeus ilusões para os que acreditavam na dita renovação de ideias e procedimentos.
De facto, a ala radical da fossilizada Madeira Nova, que se acoitou na onda albuquerquista para resistir aos novos ventos e esperar que a crise passasse, estrondeou hoje, pela voz de Fernanda Cardoso. Um discurso dos mais reaccionários, de conteúdo retrógrado e tom revanchista bastante harmoniosos entre si, mesmo contando com os tempos do antigo chefe. Já não se ouvia disto desde a entrada em acção do Blue Establishment. A oradora fez questão de exibir intencionalidade ao deixar cair a máscara atrás da qual Albuquerque tentou manter camuflada e quieta aquela facção que muitos julgavam cadáver político. 
Fernanda Cardoso, que deve a carreira política ao 25 de Abril, apresentou-se na sessão de Abril para recuperar o 25 de Novembro! Porque a direita e o centro - no dizer da deputada - é que fizeram a democracia, só lhe faltou considerar que seria possível um 25 de Novembro ou um 11 de Março ou um 28 de Setembro sem o 25 de Abril! Fernanda Cardoso carregou sobre Abril e descarregou fel sobre as conquistas revolucionárias do PREC e sobre tantas mudanças ainda atravessadas na garganta do PPD ala fascista. 
Não era só o Jardim a correr com o 25 de Abril da Assembleia. Nada que a gente não soubesse. Mas agora fica claro que será mais descaradamente que eles farão tudo pelo regresso ao tempo deles.
Isto não foi só um balão de ensaio.

"25 de Abril ainda não chegou à Madeira"





A MÁFIA QUASE MANDA
NO AR QUE RESPIRAMOS

O discurso de Gil Canha na sessão parlamentar do 25 de Abril esta manhã não fala da máfia de cá, fala na máfia de Nova Iorque. No entanto, aqueles mafiosos italo-americanos parecem-nos tão familiares!




"Hoje estamos nesta casa a comemorar o 25 de Abril, o dia que trouxe a liberdade ao território Continental e aos Açores, porque, Infelizmente, o 25 de Abril ainda não chegou à Madeira.
Ainda há pouco tempo saímos de uma longa ditadura laranja que durou quarenta anos, e agora estamos a experimentar uma espécie de Primavera Marcelista e sua alegada renovação, que no fundo é uma EVOLUÇÃO NA CONTINUIDADE do anterior regime autocrático do dr. Jardim.
Então?!.. Enquanto não chega o 25 de Abril à nossa região, aproveito esta oportunidade para falar da MÁFIA - essa tenebrosa organização que controla governos, corrompe instituições, alcança altos lucros em parcerias público/privadas, refugia-se em off shores, e quase manda no ar que respiramos. Mas, por respeito a este dia - Senhores deputados e membros do Governo -  podem estar descansados, pois  não vou falar das nossas máfias regionais, nem das máfias do nosso país, vou falar simplesmente da Máfia da cidade de Nova Iorque.

Em inícios dos anos oitenta do século passado, os Padrinhos das cinco famílias mais poderosas desta cidade decidiram que a organização teria que se RENOVAR, porque as guerras nas ruas, os conflitos entre famílias e a violência estavam a estragar os seus negócios e a chamar a atenção das autoridades. Ninguém queria os métodos cruéis dos tempos de Luky Luciano nem ninguém tinha saudades da violência de Alberto Anastasia, o famoso capo da família Gambino, que espalhara o terror contra os seus adversários; incendiando património e perseguindo cidadãos com os seus “soldati” cadastrados.
Em 1983, na célebre reunião de Long Island, Vittorio Amuso, capo da família Lucchese, citou o Príncipe Tomasi da Sicília: “É preciso que algo mude para que tudo fique na mesma”.
Para dominarem os casinos, o transporte rodoviário, os contratos públicos, a construção civil, as redes de gás e o controlo sobre os sindicatos dos portos, as famílias mafiosas teriam que ter paz, e assim continuarem a ter NA MÃO, os juízes, os políticos, os autarcas e os procuradores de justiça.
Assim, em 1985, fizeram eleger como Capo de
 Tutti Capi (o Chefe de todos os Chefes) o conhecido John Gotti. Gotti era uma pessoa de porte aristocrático, elegante, muito amável e era adorado pela comunicação social e pelo público em geral. John Gotti escondia as suas actividades criminosas por detrás da fachada de um  Clube de Caça e Pesca e em empresas de venda de canos e sifões, em Queens. Também foi um dos principais intervenientes no famoso assalto ao avião cargueiro da Luftansa, o maior roubo da história dos Estados Unidos. Como escapava sempre aos processos que lhe faziam, era apelidado por Don Teflon. O senhor escorregadio.
Quando John Gotti abria os noticiários dos canais televisivos, alguns membros das famílias começaram a ficar incomodados com a excessiva exposição pública da COSA NOSTRA, mas os maiores ódios e críticas da denominada RENOVAÇÃO da Máfia, vieram da família Bonanno, uma das mais poderosos famílias de Nova Iorque. Anos atrás, o seu Padrinho, Joe Banana, tentara tornar-se o Capo di Tutti Capi, e iniciou uma violenta guerra entre famílias, chamada a “Guerra das Bananas” (Banana Split), mas foi vencido!
As maiores críticas de Joe Banana, era que John Gotti só queria boa vida e negociatas, e que estava a dar cabo da organização. “Já não há homens de Honra e Coragem, como Alberto Anastasia, quebrou-se o código do silêncio” afirmou no seu livro autobiográfico.
Estes factos foram obtidos na biblioteca da polícia federal, FBI, em Washington DC."


PTP objectivo: Hospital dos Marmeleiros é uma desgraça

                              

42 ANOS DE ABRIL


APESAR DE TUDO, REVOLUÇÃO SEMPRE!



O 25 de Abril faz hoje 42 anos. Foi a festa da passagem dos três 'eFes' para os três 'Dês'.
E quê? - pergunta-se.
Olhemos para a Madeira. De um governador 'pau mandado' de Lisboa, de uma Junta Geral com um presidente mais uns vogais amadores que geriam as ilhas na tranquilidade e com presidentes de câmara em part-time e voluntários, criou-se uma classe política bem alargada e profissional para nos defender a democracia, o desenvolvimento, o bem-estar e a felicidade.
Depois destes 42 anos, temos essa classe política com o seu emprego bem pago - para a maior parte um emprego de vida, porque nunca fizeram nem farão outra coisa. E o povo? Além de ter ganho uma classe política a quem alimentar, pode ir ao subsídio de desemprego, pode contar cêntimos para sobreviver o mês, pode dizer adeus à sua terra e arriscar o desconhecido no estrangeiro. 
Resta-nos a liberdade nascida em 1974, embora já mutilada e exangue. Ainda podemos dizer o que queremos dos novos-ricos gerados pela Madeira Nova e de uma classe política recheada de oportunistas mestres do compadrio, amiguismo e corrupção - com as escassas excepções para confirmar a regra.
Por tudo isto, e apesar disto, 25 de Abril SEMPRE!

domingo, 24 de abril de 2016

Reviravolta no Porto Santo


FILIPE MENEZES JÁ É MILITANTE PS




Depois de avanços e recuos com as fichas de militantes do PS para 12 candidatos do Porto Santo, o quiproquó teve fim: Filipe Menezes, actual presidente da Câmara daquele concelho, já é filiado no partido, assim como os outros 11.
A informação foi-nos comunicada por uma fonte infalível dos socialistas. 
O desenlace do atribulado processo fica com uma nuance para memória futura: a inscrição tanto de Menezes como de Pedro Melim, seu adjunto no município, passou por cima da vontade da concelhia socialista local. A presidente Luísa Mendonça recusou-se a subscrever as propostas. A menos que tenha mudado de opinião nas últimas horas, aos novos militantes faltará sempre o 'amen' da presente estrutura local.
Calculamos que Carlos Pereira, presidente do PS-Madeira e mentor das novas filiações, vá tentar mudar a concelhia porto-santense nas eleições internas de Junho.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Fogo cruzado na Ribeira Brava


REUNIÃO DE ONTEM FOI ATÉ ÀS TANTAS











Ainda ontem, a reunião da Assembleia Municipal começou pelas duas e meia da tarde e às 11 da noite ainda se discutia lá dentro inflamadamente.
Diz quem viu e ouviu que aquilo vai uma lástima. Há várias correntes no interior do PSD, para não falar de uma linha importantíssima na oposição, encabeçada por Luís Drumond, dissidente laranja.
A história da nova escola, que já esteve para ser no velho campo de futebol municipal, depois deixou de ser, para ser outra vez e deixar de ser novamente - a história repete-se no pior sentido. 
Segundo a oposição - Drumond incluindo - parece que alguém quer meter a escola noutro sítio a fim de, com uma golpada no PDM, permitir-se construção em cima do terreno do campo, a favor de algum dos barões da Tabanca.
Luís Drumond, que se demitiu de presidente da AM em Agosto do ano passado, em conflito com o seu partido e com o presidente da Câmara, o social-democrata Ricardo Nascimento, passando a deputado municipal independente, pôs ontem o seu nome num pedido de Assembleia Municipal extraordinária para tirar a limpo o caso da escola-campo.
O executivo municipal pôs-se a engonhar, agarrando-se a questões burocráticas para adiar esse encontro extra, que promete ainda mais barulho, mas terá de se despachar.
As coisas complicam-se mais naqueles paços do concelho se repararmos nas forças ocultas atrás das partes beligerantes, influenciadas por antigos delfins do PSD - Cunha e Silva e o próprio Albuquerque.
As autárquicas de 2017 serão um inferno na Ribeira Brava. Para já, não se prevê que Luís Drumond vá encabeçar alguma candidatura desalinhada, mas nunca se sabe. Ele é a grande dor de cabeça para os antigos correligionários do PSD. Ainda agora, Drumond perguntou por escrito o que é que quer dizer mesmo isso do Brava Valley! A questão pode parecer estranha, mas para nós não. Temos vergonha de confessar, mas também ainda não percebemos direito que negócios são aqueles com impactantes vendas de seriços para todo o mundo!
O primeiro-ministro António Costa ainda ontem falou um bom bocado sobre a Ribeira Brava e o seu Valley, para convencer os continentais a aderir ao modernismo. Mas continuamos na mesma.
Atenção, Miguel Albuquerque. Não sabemos se uma candidatura à câmara de Nivalda Gonçalves conseguirá amainar a exaltação que se alastra ao concelho. Mas é melhor ir pensando nisso. Nisso e nos outros concelhos, porque vem aí um ano que faz favor.

Mais Kultura


Caros Leitores, Fénix tem a honra de veicular mais uma deliciosa e ultra-culta prosa do nosso K-Kultura. O autor das linhas abaixo nota que são aos montes as recauchutagens diárias no sector e deixa no ar a grande questão: quem recauchuta - ou chuta de vez - o 'grandecíssimo' recauchutador? Divirtam-se aprendendo, Leitores.


RECAUCHUTAGEM


E prontos:  lá vieram os “cadernos” impressos com o balancete do novo GR, Ano I.
Quem olha para aqueles “sumários" oriundos dos gabinetes de “comunicação” governamental, pode ser levado a pensar que a História da Madeira é uma coisa que, a bem dizer, começa agora. Tal como na História Universal, também nesta pérola atlântica - por sinal bastante embaciada pelo trabalho mercenário de sabujos e arrivistas de última extração - o novo "tempo da Sissi" vai contar-se de uma forma diferente: Ano I, Ano II, e assim sucessivamente... até acabar e desaparecer de vez (por força do labor inexorável da Grande Ceifeira) a holding do verdadeiro poder (o único, o do vil metal) que governa e governará a ilha por mais duas décadas, pelo menos… e que tem o seu “escritório operacional” na Fernão de Ornelas: dois “cadernos" de 24 páginas, viram? e os outros, “ temáticos”, por Secretaria? e as páginas diárias de “ lava+branco”? Essa rua ficará conhecida, lá muito adiante no futuro, rasurado que estará o século XX, como a Rua da CIA (Central da Intoxicação Azul).

Mas voltando ao caderninho das 24 páginas: muitos buscaram com avidez o sumário da cultura, uma das renovadíssimas bandeiras. E o que viram? Como diria o Jô Soares, um espanto! Cultura, muita cooltura: a renovação, a inovação, o arrojo de pensar em grande, a energia criativa, a qualidade tridimensional servida de bandeja a indígenas e visitantes, afinal traduzia-se em quê? Muito simples: pura operação de recauchutagem!
“Pneus” gastos e usados, o que fazer? Recauchutagem! Há zonas em que, com tanto dar a ver fotos e sítios mirrados pelo uso, já do tempo da velha senhora, mais os archotes acesos para se enxergarcapelas ao luar, mais baús de arte arrastados - qual “grande marcha” maoísta - em descentralização revolucionária até à Calheta… enfim, com tanta cultura empacotada que escapou à traça e de repente entrou em rally paper no frenesim azul, ficou no ar um cheiro a borracha queimada que até faz agonia. Só pode ser da recauchutagem! Eventos e inventos, mais que muitos. E no meio da turba atónita (a mesma dúzia de sempre, mas agora devota do novo poder reciclado) que rodopiava em vaidade e salamaleques pelas muitas inaugurações cool (sem espetada nem vinho seco) dos novos “eventos", só uma pergunta aflorava às melhores cabecinhas pensadoras: mas quem recauchuta - ou chuta de vez - o grande, grandecíssimo recauchutador? É que não há património que resista a tanta recauchutagem: semanal, mensal, quase diária na “lavagem de cérebro”, insistente, arrogante, verborreica - é borracha e gordura queimada a mais, porra!

Mas, o que foi mesmo empolgante de se ler, naquele sumário de um ano de cultura e que não tresandava a borracha queimada, foi aquela do “acolhimento" à Delegação dos Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga: que evento sensacional e inovador. Como é que jamais, outrora, em tempo algum, ninguém se lembrou de encher relatórios com “eventos” destes?
Calma, ainda têm mais 3 anos para dar a ver muita coisa. Usem o património do senhorio, mas com menos intoxicação e, se possível, menos recauchutagem. É que agora é tudo "podre de chique", como convém a viscondes e barões, mas o olfacto da vilhoada já não aguenta...

O estranho caso do CINM


'PERNALONGA DO CANIÇAL' 
BOTA PALAVRA CONTUNDENTE


Confrade Pernalonga repreende o 'Fénix': deixe-se dos colchões abandonados na via pública e dos estacionamentos de gente rica; investigue mas é os mistérios da SDM e da Zona Franca da Madeira. Muito bem observado, Pernalonga. Se estiver ao nosso alcance...



Sr. Calisto veja 4 yuppies na RTP regional a falar da Zona Franca da Madeira - qual CINM qual carapuça - tudo a defender tachos. O das Finanças que devia ter uma distancia face aos privados confunde-se com eles. E o pior sr. Calisto é que mentem sobre os postos de trabalho criados no actual quadro da Zona Franca da Madeira. Sem as patifarias de empresas que estavam antes no Funchal e que se instalaram na Zona Franca para fugirem aos impostos, directamente criados pelas empresas que ali se instalaram não há mais de 1000 postos de trabalho e mesmo assim duvido. Um rapazola qualquer ligado à SDM quando lhe pediram o número correcto de postos de trabalho directos já...não tinha os dados consigo!!! Desafie a SDM sr. Calisto a divulgar a relação de todas as empresas existentes na Zona Franca da Madeira - qual CINM qual carapuça - com a indicação dos postos de trabalho correspondentes a cada uma, dos impostos anuais pagos até 2012 e dos impostos pagos desde 2012 até hoje. E inclua uma colina com os benefícios fiscais atribuídos a cada empresa.

Sabia sr. Calisto que a concessão da Zona Franca da Madeira dá lucros anuais de 7 milhões e euros, uma verdadeira mama para os privados que dominam a concessão até 2017? E eles nem precisam de investir. Que investimentos a concessão realiza? É encher os bolsos e mais nada!
Lamentável o director das finanças. De facto o presidente da SDM nem precisa de estar presente. O governo tem esta figura algo sinistra que se encarrega de defender a dama do sr. Costa da SDM e do seu parceiros sr. Dionisio Pestana e sr. Miguel Sousa.
Sabia sr. Calisto que naquelas rodas de imprensa da SDM um dos presentes na mesa é um tal notário do Governo Regional? Disseram-me que sim. Como é possível esta promiscuidade? Senhor Calisto, faça-nos o favor a este povo desgraçado: deixe da mão os colchões na rua ou estacionamentos de gente rica a brigar com autarcas e desvende os mistérios da SDM e da Zona Franca da Madeira. A comunicação social local está coberta de um manto de silêncio comprado publicitariamente e com prestações de serviços à mistura.
Pernalonga do Caniçal

De regresso à Tabanca


MAYOR DO FUNCHAL MANDA
'DIRECTA' AOS CALUNIADORES





Alguém andou p'raí a rosnar calúnias do género que o Mayor do Funchal andava de férias, de digital a tiracolo, pelo Hemisfério Sul. Os eternos linguarudos, viperinos, invejosos e ressabiados.
Caro Mayor, não ligue à plebe. Venha daí com as suas fotos de viagem para mais tarde recordar, sem esquecer as dos banhos de multidão no arraial de S. Brás e no mercado, traga os souvenirs e as estatuetas para oferecer aos colegas de câmara e ligue à terra.
Até porque isso de se diveretir um bocado... Enquanto o Mayor esteve a ouvir as pessoas lá em baixo, nós aqui também nos divertimos na medida do possível, com as originalidades da cidade a que você preside, rindo a bandeiras despregadas com colchões a meio da via pública, safaris para chegar à Praia Formosa, relatos de brigas na reunião da sua câmara, enfim.
Compreendo o desabafo que mandou pôr na sua imprensa, mas venha lá descansado, que os munícipes já têm saudades da lambreta. E prepare nas calmas o próximo Tour. Dizem que a Grécia é que está a dar. Tem muita gente para ouvir e investimentos a rodos para trazer ao Funchal.
E atenção, entretanto pode continuar as habituais férias cá dentro.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Originalidades



GOVERNO QUER INOVAR NA BANANA
QUE JÁ É A MELHOR DO MUNDO


Tendo este vosso amigo nascido na paisagem bucólica de Gaula, com as casinhas da Achada de Baixo alternando com poios de couves, batatas e semilhas, bardos de cana vieira, ameixieiras, pereiros e castanheiros, muitos vimes ao fundo do ribeiro e amoras das melhores do mundo no tempo delas, cenários e cores de que tantas saudades tenho, ouço as conclusões do conselho do governo de hoje e dou comigo a dizer para mim próprio: porra, era para perceberes um bocado mais de agricultura!
De facto...
Acabo de ouvir o meu Amigo secretário regional Humberto a dissertar sobre bananeiras, com um tratado de ideias à volta de mais um plano estratégico, desta vez para a banana, e fico na mesma. Não percebo para que raio precisa a banana de mais estudos, investigação, de mais acções para promover a produção da dita.
O Humberto disse que o projecto é preciso porque a banana é importante como fonte de rendimento para os agricultores. Até aí consigo chegar, mas com dúvidas. Não entra nesta cabeça dura as argumentações dele para justificar a necessidade de um plano estratégico, e parece que uma espécie de laboratório, para estudar um fruto tropical que os agricultores da Madeira cultivam há séculos com os melhores - pensava eu - resultados possíveis.
Mas o que é que o Humberto pretende fazer? Produzir banana mais grossa? Mais chata? Mais comprida? Mais curta? Rectilínea? Circular? Aos 'esses'? Feita num oito? Banana de ouro? De diamante? Ficar só com a de prata? Banana mais doce? Mais salgada? Apimentada? Uma vertente sensaborona para os diabéticos? 
Julgava eu que os agricultores das zonas próprias, sobretudo na Madalena do Mar, produziam banana de olhos fechados, do princípio ao fim do processo.
Um plano estratégico para alargar a produção a mais terrenos? Homem, qualquer produtor estende as plantações até onde os crânios do governo quiserem.
Um bunker para estudar a banana, que tem sido apresentada sempre como um produto de grande sucesso, tanto no consumo regional como na exportação?! Melhorar o quê, caramba?
Pois se o próprio comunicado do governo diz que a cultura da banana já vem registando uma tendência crescente onde 85% da produção é comercializada em Portugal, ficando os outros 15% para consumo regional! Se aumentarem a produção, ainda morremos aí afogados em bananas!
Com estes recordes de sucesso da banana... e o Humberto ainda vem com planos estratégicos para dotar o sector, diz ele, de infra-estruturas técnicas funcionais e modernas e implementar uma estratégia de comunicação centrada no consumidor (a sério que ele disse isto).
Senhores, não digo que a banana seja como os tabaibos ou as amoras de silvado que nascem e crescem no matagal, sem tratamento nenhum. Mas um plano estratégico para uma produção que já é a melhor do mundo e arredores não me entra na cabeça. Isso é a mesma coisa que preparar um curso de formação para o sapiente secretário da agricultura.

JARDIM HOMENAGEADO EM LONDRES



O Centro Comunitário Português de Apoio à Comunidade Lusófona e o Movimento Cívico Português do Reino Unido promovem um jantar em Londres, neste fim-de-semana, com a finalidade de homenagear Alberto João Jardim, ex-presidente do governo regional da Madeira.
O evento servirá também para arrecadar fundos destinados a solidariedade social.
Jardim participará ainda num jantar com empresários portugueses e assistirá a uma missa na Missão Católica Portuguesa.

Parque de estacionamento bloqueado


PRAIA FORMOSA AZEDOU 
REUNIÃO DA CÂMARA


O assunto esteve no plenário municipal de hoje e por pouco não houve bronca séria entre Zé Manel Rodrigues (PP) e Domingos Rodrigues (Mudança). Como João Rodrigues (PSD) também entrou na discussão, foi o dia dos Rodrigues.

José Manuel Rodrigues (PP) e João Rodrigues (PSD) levantaram na reunião de hoje da câmara funchalense a questão do encerramento do parque de estacionamento da Praia Formosa - materializado pelos proprietários dos terrenos, conforme temos relatado.
Segundo nos garantem, os ânimos entre o representante do Partido Popular e o vereador da coligação maioritária exaltaram-se e por pouco não se chegou a vias de facto.
José Manuel Rodrigues lembrou ao plenário que há mais de um ano interpelou o presidente Cafôfo sobre a situação em que ficaria a zona balnear da Praia Formosa, seus acessos e parque, depois da decisão do tribunal conhecida por essa altura - devolvendo os terrenos à família Welsh.
Na circunstância, Paulo Cafôfo informou que o município estava em negociações com os proprietários, acrescentando a convicção de que as partes chegariam a um acordo.
Hoje, porém, e perante as notícias sobre o fecho do parque de estacionamento, o vereador eleito pelos populares perguntou se houvera ruptura das negociações e quais as propostas tanto da Câmara como dos proprietários.
Ou ninguém sabia ou não quiseram responder.
Então, como solução provisória, Rodrigues sugeriu na reunião municipal o arrendamento do parque da polémica, até haver um novo PDM.
Lá ficou a proposta em cima da mesa. De momento, como interesse imediato, parece ser esta de facto a saída para defender os utentes da praia e da promenade.

Linha Eco: a 'abelhinha' gripou?












Também mereceu discussão a extinção da badalada Linha Eco, a tal dos dois pequenos carros eléctricos para ligar os vários pontos do centro e baixa do Funchal. Na sua altura, esse projecto foi apresentado como a grande revolução na mobilidade dos funchalenses.
A explicação pela vereação mudança foi que o problema partiu da Horários do Funchal. Esta empresa optou por comprar uns carros com baterias de pouca autonomia, que acabam de chegar ao fim da vida!
Assim vai a cidade.

A Oposição não põe os presuntos na Praia Formosa?


As eleições vêm longe...

Voltamos ao caso da Praia Formosa. É que há pouco acusámos quem está no poder, governamental e municipal, de fugir a comentar sequer o bicudo problema que afecta milhares de populares.
Mas e a Oposição? Onde estão aquelas acções de terreno para protestar contra a indiferença dos dignitários nesta hora de perda de privilégios por parte do  povo?
Já me fizeram notar que, se fosse Verão e os eleitores embravecessem caso lhes atrapalhassem os dias de praia, lá estariam todos os extremos direitos e comunas de esquerda com panfletos, fotografias dos inimigos do povo e comunicação social atrelada.
Pensando melhor, talvez se retraíssem mesmo assiml. Não interessa expor demasiado as partes em conflito. Isto com vacas sagradas por todos os lados...

Agricultura


A INOVAÇÃO NA RENOVAÇÃO




Volto ao tema da agricultura. Não resisto quando tudo muda para tudo ficar na mesma.
Então, não é que no final do ano passado um dos apoiantes do atual Presidente do Governo funda algo de inovador… Uma nova Casa do Povo! A Casa do Povo de Santa Maria Maior…
Considerando as mais de quarenta Casas do Povo que estão espalhadas por quase todas as freguesias da Região, muitas delas moribunda e todas elas subsídio-dependentes.  Estes iluminados da Agricultura, não inventam mais nada do que criar mais uma organização carente de dinheiro e pessoas. Inovação ao seu melhor!
Restava-nos a dúvida: Para quê? Aguardámos todos estes meses na espectativa de ver quais seriam as áreas de intervenção. Na área social, apoio aos idosos, aos carenciados… Qualquer coisa boa seria por certo!
Eis que hoje descubro no facebook a justificação para mais uma Casa do Povo. Realmente algo de inovador e nunca antes efetuado, algo que só poderia ter origem nas inteligências da agricultura. Assim, a Casa do Povo de Santa Maria Maior vai organizar a … Expo Tropical: a 1ª Mostra de Frutos e Sabores Subtropicais!!!!!!!!!!!!!!!
Então já a CP da Ilha não promove a Festa do Limão; a CP da Ponta do Pargo, a festa do Pero; a CP da Ponta do Sol, a da Banana; a CP do Faial, a da Anona e … mais e mais…. Então não é inovador criar mais uma Festa. O que o Povo quer é festanças.
Mas mais inovador de todo é o local, a Praça do Povo!!! Desde quando o centro do Funchal pertence à freguesia de Santa Maria Maior??? No meu tempo de escola, não era Sé??? (bem para ser verdadeiro, aquilo era mar, mas….)
Para terminar pergunto que frutos tropicais, há agora em produção na Madeira? Bem que eu saiba, a anona já acabou (e nem foi necessário cargueiro) o abacate também, o maracujá ainda não começou, as mangas e papaias da Fajã dos Padres só para agosto. Logo,… esta Expo só com Fruta do Pingo Doce.
Talvez esteja aí a inovação, a primeira Festa de frutos Importados!!!!!!!!!!!!!!!!!
A. Marques

Socialistas em guerra civil no P. Santo



Vão chegar estilhaços ao Ilhéu da Cal!
- Como dizia o outro, organizem-se

Crónica do Agente K-PXO

ADEUS CAMARADAS
MENEZES e PEDRO LEVAM CHUMBO DO PS NACIONAL..!!
Nem com a ajuda do Carlos Pereira e fotografias à beira da piscina do Lido, mais não sei quantas viagens a Lisboa à conta da Câmara para tentar desbloquear o assunto (que pelos vistos não tem grande peso em Lisboa), Filipe Menezes conseguiu que a sua inscrição fosse aceite, dando razão ao PS Porto Santo.
As inscrições destes dois falsos socialistas, foram chumbadas e bem !

(Recordando)
A INTENÇÃO DE MENEZES É CLARA, TOMAR DE ASSALTO A CONCELHIA DO PS NO PORTO SANTO, POIS PRETENDE RECANDIDATAR-SE NAS AUTÁRQUICAS DE 2017 PELO PS, UMA VEZ QUE LHE FORAM FECHADAS TODAS AS OUTRAS PORTAS, INCLUSIVE O REGRESSO AO PSD QUE MENEZES JULGAVA POSSÍVEL, COM A CHEGADA DE MIGUEL ALBUQUERQUE AO GOVERNO...
(Inscrições devolvidas)
Depois da tentativa frustrada de ultrapassar a concelhia do Porto Santo, recordo que Menezes enviou a ficha da sua inscrição para Lisboa juntamente com a de Pedro Sacristão seu adjunto na Câmara, utilizando fotocópias dos impressos e mais outras habilidades e expedientes, tendo a sede do PS em Lisboa recusado este procedimento, e as fichas sido devolvidas à concelhia do PS Porto Santo, para se pronunciar sobre o assunto.
Aqui começa o problema, em exposição ao presidente do partido António Costa, a concelhia do Porto Santo do PS argumenta que Filipe Menezes de socialista tem pouco, e apenas pretende em desespero, a bandeira do partido como ultimo recurso para concorrer ás autárquicas.
Recorda ainda a presidente da concelhia do PS, que Filipe Menezes atentou directamente contra a presidente da comissão politica do PS Porto Santo, tendo chegado num acto vergonhoso e inédito em Portugal, interposto uma acção em Tribunal conta a Assembleia Municipal, da qual a actual presidente da concelhia do PS Porto Santo é também presidente.
A presidente da concelhia do PS Porto Santo, recorda ainda que, as atitudes irresponsáveis de Filipe Menezes à frente da autarquia, levaram à demissão da Vice Presidente da Autarquia Mariza Maia, militante do PS eleita nas listas do partido.
Os argumentos são fortes por parte da concelhia do PS Porto Santo, não se percebe como se pode admitir um militante que tem passado os últimos três anos a lutar contra os órgãos locais do Partido Socialista e promoveu pelo menos duas acções em Tribunal contra militantes e órgãos do partido.
Curiosa é a atitude de avestruz de Carlos Pereira presidente do PS Madeira, que numa primeira fase apadrinhou Filipe Menezes, tendo a agora passado para fase de não atender o telefone!?

EXECUTIVOS À DERIVA



MIGUEL E CAFÔFO NÃO ABREM O BICO
SOBRE O CASO DA PRAIA FORMOSA





Fazer turismo lá fora e presidir a eventos na Tabanca para a fotografia, isso é com os governantes e os autarcas de topo. Aparece um problema sério, eles 'piram-se' da fogueira a sete pés, dizendo que o sarilho foi criado por D. Afonso Henriques e que precisam de ir ver se está chovendo. Mas para que serve um governo, para quê esta câmara do Funchal? Para gerirem o óbvio? Isso também a gente!



A situação vigente na Praia Formosa, agora com o parque de estacionamento bloqueado por obra dos legítimos proprietários dos terrenos, é exemplo loquaz da vida ligeirinha em que vegetam os políticos executivas que temos. Deu-se um acontecimento que não envolve toda a Madeira, mas que mexe com milhares e milhares de frequentadores mensais da área em questão, para não falar do enxame diário de banhistas na época estival, e as "autoridades" - com aspas, obviamente - nem parecem ter-se dado conta do assunto que monopoliza as conversas da capital, e não apenas.
Dir-se-ia que o presidente do governo regional, quando não anda nas suas caçadas pela planície alentejana e no capim africano, se fecha nas Angústias a preparar a caçada seguinte. Julgar-se-ia que o regedor do Funchal ou anda nas excursões do Diário pela diáspora, 'captando investimento' para a Região, ou se ocupa em reuniões com os parceiros do consórcio a preparar o itinerário para o destino seguinte.
Há proprietários de um terreno que o sector público açambarcou sem pagar um 'tusto' durante décadas. Há uma população que passou uma vida frequentando a Praia Formosa. Pois, como se previa para mais cedo ou mais tarde, a zona apareceu ontem cercada a diques de cimento, numa demonstração de que os proprietários decidiram resolver o caso, deixando os frequentadores 'desarmados'. E não é que não se ouve uma palavra do Miguel ou do secretário regional das obras ou do Cafôfo ou do vereador dos trolhas ou do raio que parta isto tudo?!
Dirão os dignitários executivos: esse é um problema que vem de trás, o sector público foi arrogante, nada temos a ver com o berbicacho que o tribunal já despachou, não nos metam mas é em sarilhos.
E o povo à espera que eles viessem a público dar uma satisfação. Anunciar que tentarão negociar com os proprietários, pagando (porque nunca foi pago nada) o aluguer dos espaços até aqui utilizados pela população até o caso ser resolvido definitivamente. E que, quando dessa resolução definitiva, tentariam trocar concessões com os Welsh de modo a salvaguardar como é devido os interesses deles, proprietários, mas sem descurar as vantagens de que o povo desfruta - e já são tão poucas no calhau desta ilha!
Curiosamente, é o comunicado redigido pela empresa dos Welsh, de que saíram extractos hoje no JM, a patentear abertura para que o diferendo seja ultrapassado sem prejuízos para as partes envolvidas, incluindo os interesses do público.
Da parte oficial, quem ainda veio dar a cara foi o responsável pela Frente Mar. Mas para explicar que não há dinheiro para comprar o espaço e que, depois de o tribunal ter declarado a propriedade como pertença dos Hinton, com mais ou menos domínio marítimo, não está nas suas mãos fazer o que quer que seja.

Quanto às cúpulas do GR e da CMF, zero. Ninguém abriu o bico. Ora, se estar nos órgãos públicos dirigentes é só para viajar ao estrangeiro, posar para as imagens cá na Tabanca e, quando aparece um problema sério, fechar-se em copas e ir ver se está chovendo, então a quem é que o povo se vai agarrar? Aos do Semeador?
Cavalheiros, se não querem governar, desamparem a loja!
Ao menos venham dar uma explicação a quem vos elegeu.
Maldito comboio!

PS - Lá o vereador Miguel Gouveia, apanhado pelos jornalistas depois da reunião da Câmara, sempre abordou o caso Praia Formosa. Não disse puto de novo. Só que o espaço bloqueado pode vir a ser utilizado como parque pago... se o proprietário pedir o licenciamento. Chover no molhado. Mas pronto, falou.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Porto Santo



TÍMIDO DESMENTIDO 
SOBRE OS CHUMBOS NO PS

A notícia sobre os chumbos aos candidatos do Porto Santo de quem foi proposta filiação no Partido Socialista nem chegou a aquecer e já recebíamos aqui uma tímida espécie de desmentido com a seguinte base: a informação é manifestamente exagerada porque ainda não houve decisões em Lisboa, logo não houve chumbos. 
Bem, a ser assim, a informação não seria exagerada, mas completamente falsa. 
E até nos foi dito - gente lá de dentro que sabe a quantas anda na matéria - que as grandes decisões estão para ser tomadas. O que significa, pois, que não houve os tais 10 aprovados. Nem os 2 chumbados, que seriam o presidente da Câmara Filipe Menezes e o seu adjunto Pedro Melim.
Mas então?! Como é que é? As primeiras informações chegaram-nos à mesa, encarregámos o nosso K-Kastelo de se mover no terreno para confirmar as coisas ou desconfirmá-las - e depois o assunto dá nisto? Um desmentido quase completo?
Não. Estou convicto de que a informação 'exagerada' não é muito exagerada. Para esta cabeça aqui, deve ter-se passado que quando Carlos Pereira e Jaime Leandro estiveram em Janeiro no Porto Santo - em Janeiro ou nos arredores - para tratar de montar a estrutura concelhia, a eleger em Junho, as coisas não correram muito bem. 
Há uma pulga aqui atrás da orelha a segredar que Luísa Mendonça não esteve mesmo pelos ajustes de subscrever candidaturas de filiação a quem, mandando no executivo municipal com as cores do PS, tanto andou em guerra com a Assembleia Municipal, que tem presidente também PS - Luísa Mendonça. É que Filipe Menezes chegou a levar os camaradas da Assembleia Municipal a tribunal e fez aprovar um voto da vereação também contra a AM, além de outros desaguisados. E então, depois dessa 'solidariedade', queriam uma assinatura por baixo, nas folhas de inscrição de Menezes e de Melim?!
Quer-nos cá parecer que não fugiu disto. Havia pressa de fazer a inscrição, por causa das eleições internas de Junho, então vai disto para Lisboa, para eles lá inscreverem os homens. E eles em Lisboa, que não vêem assinatura da presidente da concelhia - Luísa Mendonça - fizeram perguntas para o Porto Santo, como é normal. 
Então, perante as explicações documentadas de Luísa Mendonça sobre os problemas com os candidatos a filiados, decidiram lá que esses dois não entravam. O que se compreende, claro.
Aqui del rei! - gritaram da Madeira. Não pode ser! É preciso rever isso tudo! 
...O que também se compreende.

O assunto está num impasse. Os dois estão vetados, mas o Funchal pediu um recuo a Lisboa. Daí dizerem que nada foi decidido. Quando foi. 
Também nos passaram, na tímida espécie de desmentido, que o caso das assinaturas será resolvido na próxima semana. E que, com ou sem pareceres negativos da concelhia do Porto Santo, os candidatos serão todos aceites.
Bem, isso já não sabemos. Mas lá que aquilo está num saco de gatos e que a filiação de Filipe Menezes e Pedro Melim está a provocar rebuliço, perco a bicicleta mas neste prato as moscas não fazem 'malcriações'. 
E é assim que decididamente esclarecemos o desmentido timidamente transmitido para cá sobre a notícia manifestamente exagerada.

Porto Santo escandalizado


PS NACIONAL CHUMBA
FILIAÇÃO DE MENEZES



Se há notícias que um jornalista não sabe como começar, esta é uma delas, pelo menos para mim. Tentando ir imediatamente ao âmago da questão, o que aconteceu foi os órgãos competentes do Partido Socialista nacional rejeitarem a inscrição como militante de um presidente de câmara eleito pelo PS, Filipe Menezes, do Porto Santo.
O caso é embrulhado.
O PS-Madeira mandou uma dúzia inscrições do Porto Santo para militantes do partido. Lisboa admite 10. E chumba duas: a de Filipe Menezes e a do seu adjunto na Câmara Pedro Melim, que em tempos foi assanhado adversário do mesmo Menezes.
Porquê o chumbo?
O nosso K-Kastelo foi incumbido de deslindar o imbróglio. E deu-nos novas.
Como presidente da concelhia do Porto Santo, Luísa Mendonça tem de dar o aval aos novos filiados da ilha. É estatutário. Neste caso, subscreveu 10 nomes e deu parecer negativo aos dois em apreço. 
Mas por que diabo...?
A postura de Luísa Mendonça tem explicação. Enquanto presidente socialista da Assembleia Municipal porto-santense, nunca teve vida fácil e sempre se queixou de falta de solidariedade por parte da Câmara executiva, igualmente socialista.
A histórica dirigente do PS local não deve ter esquecido que a Câmara não hesitou em meter em tribunal a Assembleia Municipal, por causa de uma decisão de Luísa Mendonça por acaso mais tarde apoiada judicialmente. 
PS contra PS.
Outras atitudes de alegado desrespeito e falta de solidariedade azedaram mais as relações entre eleitos pelo mesmo partido. Luísa Mendonça deu a resposta nesta oportunidade, 'vetando' o presidente Menezes e o seu adjunto. Não devem ser aceites como militantes - disse para Lisboa.
Os porto-santenses que já estão a par do extraordinário acontecimento dos chumbos fratricidas dizem-se escandalizados. Ainda há minutos, contavam ao K-Kastelo que Menezes, que foi da área do PSD e acabou como candidato pelo PS, ganhando a Câmara, não vai para muito tempo insinuou-se interessado em voltar ao convívio dos social-democratas. Não teve troco. 
E agora é o próprio PS a dar-lhe 'tampa'! 
Que partidos restam? - é caso para perguntar.
E como é que pode haver ambiente produtivo numa câmara com este ambiente?! - alarmam-se personagens da política porto-santense ouvidas pelo nosso K-Kastelo.
Realmente, não queríamos estar na pele dos protagonistas do esdrúxulo enredo. Um presidente de Câmara socialista e seu adjunto chumbados como militantes do partido pelo qual foram eleitos! Esta agora!

'Cama' municipal do Funchal


O colchão esteve ali 4 ou 5 horas a posar para as digitais dos turistas!!!





Têm-nos perguntado que volta levou o colchão que passou a manhã a jazer na Rua do Aljube, sem que alguém se dignasse levantá-lo dali. Nem câmara nem outra alma penada.
Pois bem: uma brigada municipal chegou junto da Sé à uma e tal da tarde, a perguntar pelo colchão. Só que tinham acabado de levá-lo, não sabemos quem.
Um colchão durante 4 ou 5 horas em plena rua no coração da capital só mesmo nesta terra!

GLICÍNIA CENTENÁRIA



Nome científico: Wisteria sinensis

Nome vulgar: Glicínia; Lilases

Família: Papilionaceae (Fabaceae)

Origem: China

Porte: Trepadeira lenhosa

Morada: Quinta de Santa Luzia – Funchal




Observações: As glicínias ou lilases são indígenas da China e foram trazidas para a Europa no primeiro quartel do século XIX.
Entre as muitas glicínias que podemos apreciar na Madeira, merece especial referência esta que vive na Quinta de Santa Luzia. É centenária e os anos têm-lhe acrescentado beleza.

Texto e fotografias: Raimundo Quintal