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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Delícias da Madeira Nova



 



 
- Por EDUARDO ABREU

Convenhamos que utilizar aquela Avenida para montar umas quantas barracas (tipo acampamento árabe) e chamar àquilo um mercado de oportunidades é perder a oportunidade de fazer algo válido pelo comércio tradicional da nossa praça. Acreditem que ainda pensei que tinham feito um franchising com a feira do Santo da Serra, (e esta é só ao Domingo) mas enganei-me e ainda bem. Bem sei que no prolongamento desta Avenida podemos agora encontrar a nossa Chinatown, o que “contribui”, inequivocamente, para a tão ambicionada “internacionalização” da nossa economia.

Mas, expliquem-me lá, porque andámos a incentivar, com fundos comunitários, a modernização do nosso comércio, fizeram-se não sei quantos projectos, definiram-se zonas de intervenção, mobilizaram-se empresas, empresários, associações empresariais e entidades oficiais e, agora, conclui-se que bastavam umas quantas barracas dispostas na antiga "placa" para resolver o problema! Para quê as lojas, as montras, os equipamentos, a necessidade de tê-los adequadamente licenciados para exercer a actividade, o encerramento das ruas, a formação? E o respeito pela legislação em vigor no que respeita aos saldos e promoções e ao exercício da própria actividade? Nada disso é preciso, está visto! E, pasme-se, até há concorrência entre as Associações Empresariais! Parece que o que está a dar é a venda ambulante. Deve ter sido por isso que acabaram com a “concorrência desleal” na Zona do Almirante Reis.

Noutras paragens utilizam-se espaços desta natureza para alguns eventos, tais como filatelia, troca de livros, exposições de colecções das mais variadas e, normalmente, ao Domingo ou dias feriados (que bem sei são cada vez menos). Veja-se a Plaza Mayor de Madrid, a Grand Place em Bruxelas, etc...Ai se eles se lembram de seguir este nosso exemplo!!

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