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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Política



 
SEQUESTRO NO LARANJAL
 
 
 
Apresentamos este documento fotográfico, registado pela retaguarda dos dirigentes PPD, para tentar convencer 'Meio Chefe' de que a sua geração está em falta no Lazareto. (Foto Gregório Cunha)
 

 
A 'blindagem' anunciada pelo 'Meio Chefe' da facção reumática é eufemismo de 'sequestro'

 
 
O rei da tabanca não sairá pelo seu pé. Se os filiados a isso o quiserem obrigar, sua excelência faz como aqueles malucos que de vez em quando são notícia por se barricarem nas instalações de um banco ou de uma televisão qualquer.
A perseguição aos votantes em Miguel Albuquerque já começou. Aconteceu mesmo a muitos filiados com direito a lugar na bancada do congresso serem sumariamente substituídos por gente de confiança. Alguns continuam pasmados: como descobriram o sentido do meu voto?
Ora!
Sabe-se que 'Meio Chefe' resolveu centralizar ainda mais as máquinas do governo e do seu partido a fim de as conjugar uma com a outra de forma que ele possa proporcionar a tal 'blindagem' ao PPD-M, ou, mais precisamente, mandar e desmandar com poderes de sequestrador.
Um dos caminhos aponta para a refiliação, processo usado em tempos para 'limpar' o PPD-Machico dos desestabilizadores, ou seja, dos que pretendiam modernizar o partido mandando para a reforma o ditador e seus jagunços.
Com a provável refiliação, 'Meio Chefe' escolherá a dedo quem entra. Cheiro a município do Funchal é motivo para exclusão automática do freguês.
Depois, com a máquina administrativa regional nas mãos (ele é que trata da mobilização na Segurança e tudo), quem não se for inscrever à Rua dos Netos com promessas de voto no rei da tabanca sentirá efeitos dolorosos na carreira profissional.
 
Enfim, o homem não dorme para ter o partido sob sequestro quando se aproximarem as eleições internas de Dezembro de 2014.
E acha o Leitor Amigo que alguém se daria a estas maçadas para garantir a eleição de outro político, chame-se ele Manuel António, Cunha e Silva ou Miguel de Sousa?
O único objectivo daquele indivíduo é mandar. A Madeira pode afundar que ele não se impressiona, desde que mande até ao derradeiro glu-glu da populaça que se afoga.
Ele convenceu alguns filiados a votarem nele agora com a promessa de que era a última vez. Tal como fez em 1984, 1988, 1996, e por aí fora, até 2008. Trata-se de ganhar tempo, deixar mudar a conjuntura e depois declarar, a caminho das internas de 2014:
 
Hipótese A - Com a crise ainda pior do que estava em 2012, vejam o monárquico Miguel Albuquerque a tentar dividir o partido para facilitar a vida à oposição! Mas eu não volto a cara às novas dificuldades, não vou abandonar a política justo na altura em que a Madeira mais precisa de combatentes.
 
Hipótese B - Logo agora que a crise acabou e há dinheiro português e comunitário para investimento, logo agora que há estabilidade para se trabalhar, vem o Albuquerque tentar desestabilizar, para evitar que a Madeira recupere o desenvolvimento.
 
O sequestro do PPD não terá fim. 'Meio Chefe' tudo fará para continuar no tacho se chover e tudo fará para lá ficar se não chover.
 
O problema dele é que não lhe compete controlar o recenseamento da população em geral. De modo que se ele não apanhar uma vergonhosa derrota pelas mãos dos militantes laranja, em Dezembro de 2014, será corrido pela vitória da oposição em Outubro de 2015.
 
Os primeiros sinais, e bem palpáveis, estão reservados já para as eleições autárquicas do ano que vem.
 
 
 

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