O PRIMEIRO

Como diz a sabedoria popular, vamos lá à vaca fria! Existem e sempre existirão os vários Primeiros, o Primeiro a chegar à Lua, o Primeiro a chegar, o Primeiro filho, o Primeiro trabalho, entre tantas outras situações em que fica registado ser o Primeiro.

Ser o Primeiro nem sempre é bom, porque esse Primeiro tem ego maior do que o seu tamanho e a ânsia de ser o Primeiro a ser o protagonista.

Mas vamos lá ao tal suposto Primeiro Primeiro.

Não esquecer que esse suposto Primeiro, que afinal sempre foi o Segundo, mas que andou sempre em bicos de pés ou sapatos altos, é apenas o substituto do real Primeiro, que tem de cumprir sempre com aquilo que fez em campanha.

Não esquecer que esse suposto Primeiro a casar, e o suposto primeiro divórcio, que gosta de ser o primeiro a contrariar o que o Povo pede, esse tal que mais ordena e que tantas vezes causa embaraço no seu gigantesco ego.

Não esquecer que esse suposto Primeiro representa uma população e uma vontade, que são de todos aqueles que optaram por não assinar de cruz a uns Verdinhos, que usam a demagogia e a troca de palavras para manter as suas relações.

Não esquecer que esse suposto Primeiro tem a responsabilidade primeira de assegurar ser o primeiro a contrariar os devaneios e demagogias loucas gaulesas.

Não esquecer que esse suposto Primeiro tem que cumprir com aquilo para que foi eleito, ser responsável e coerente nas decisões que o povo lhe ordenou.

Não esquecer que esse suposto Primeiro ficou e ficará com a fama do Primeiro vendido ou comprado por apenas umas trocas de favores dividido com um vereador.

Não esquecer que esse suposto Primeiro não precisa e nunca precisou do tal protagonismo vendido para dar nas vistas e se abanar pelas ruas da cidade.

Não esquecer que esse Primeiro é cúmplice e leva por arrasto as tais decisões contrárias ao que foi eleito.

Parece que o suposto Primeiro rapidamente passou a segundo, terceiro e por aí abaixo quando o tal ego passou a ser o Primeiro, sem que para tal tenho sido eleito.

Agora o Primeiro é esse que sempre deverá ser, que é a População, essa sim, a tal que primeiro indica o rumo certo a tomar, a tal que está atenta e contra as decisões tomadas, que em nada servem para o necessário evoluir e futuro do concelho.

O Primeiro será sempre a real necessidade básica e nunca a supérflua joguete e baronesa que tanto diz e tanto faz, no seu jogo de palavras verdes já aprendidas.

Concluindo que para ser o Primeiro é preciso merecer e ser merecido e sendo indicado por outros e não o próprio!

André Oliveira