OPINIÃO
DIONÍSIO ANDRADE
Tenho de confessar aos meus estimados leitores, que
tenho um fascínio por maluquinhos, malucos e loucos. Até porque, penso estar
abalizado para falar dos três patamares, visto que passei pelos três, e atingi
o grau supremo - o mestrado da loucura! Como é de conhecimento público, pertenci
a um grupo em que as pessoas diziam: "Lá vêm os loucos do PND",
porque só gente com um certo grau de loucura é que se metia com o João Jardim,
sem se borrarem de medo.
Esse grupo de rebeldes amalucados foi constituído para derrubar o regime corrupto do nosso ditadorzinho Bokassa, e sendo eu de esquerda estava misturado com gajos de direita, anarcas, ambientalistas, sindicalistas, comunistas, capitalistas, sociais-democratas… enfim uma autêntica arca de Noé política.
Depois de derrubarmos o regime do salazarista mor,
nunca pensei que os que viessem a seguir seriam tão corruptos como os
jardinistas do passado, e claro, para não se falar dos cafofianos, que ainda conseguem
ser piores que a laranjada.
O problema é que há maluquinhos que decidem o nosso
futuro e espatifam o nosso dinheiro com os amigos. Leia-se o dinheiro do
orçamento, que está “aloucado” a meia dúzia de amigos do regime.
O maluquinho da Quinta do Arco até é um gajo porreiro.
É bonacheirão, bebe uns copos, dá uma fumaças, manda umas larachas e toca umas
"pianadas" e também dá umas "pinadas". Adoro estes
maluquinhos, porque quem me conhece, sabe que eu gosto de umas boas farras e umas
boas loucuras, de rir à desbragada, ou não fosse o rir, o melhor remédio para a
saúde, porque ao rirmos, o nosso cérebro está a produzir endorfina, que
alimenta o bem-estar das restantes células do nosso corpo e evita o cancro.
O maluquinho da Quinta das Angústias, é um maluquinho
que adora chamar aos outros maluquinhos, e mesmo eu, fico preocupado e até
sinto arrepios na espinha, quando vejo o maluquinho a decidir às três-pancadas
o nosso destino coletivo.
Na semana passada, Miguel Albuquerque ficou
irritadíssimo para meu prazer e deleite. O presidente do governo regional
insurgiu-se contra uns maluquinhos que fazem queixas em Bruxelas contra este
"antro de podridão" e "lavagem de dinheiro" em que operam
algumas empresas no Centro Internacional de Negócios da Madeira. E tenho amigos
que fizeram essas queixas em Bruxelas. E regozijo-me com isso, aliás, oxalá que
houvesse mais maluquinhos para denunciar estas poucas-vergonhas.
Quando era deputado independente na Assembleia
Regional, defendi em diversas intervenções que o CINM deveria estar na esfera
pública, assim como os transportes marítimos, a energia e a água. Estes bens
essenciais não podem estar na mão de privados/donos disto tudo que só pensam no
lucro, e não no bem-estar das populações. Bruxelas detetou que algumas empresas
beneficiaram de isenções e reduções fiscais e que não cumpriram com o que
estava estipulado nas contrapartidas.
Toda a gente sabe que o presidente do GR atribui sem
concurso público o Centro de Negócios ao seu amigo Pestana. O que as pessoas
não sabem é que quando Miguel Albuquerque ganhou o congresso do PSD, a Manuel
António, no dia 29 de Dezembro de 2014, logo no dia seguinte, dia 30 de
Dezembro, foi jantar com o seu amigo Dionísio Pestana num restaurante na
estrada monumental, junto ao hotel Reid's. Claro que já estava tudo cozinhado
para beneficiar o seu amigo que lhe deitou a "mão" quando os seus
negócios no Arco de São Jorge não estavam a correr bem.
O maluquinho da Quinta das Angústias, que até é um
tipo calmo e sabe desenvencilhar-se dos seus adversários políticos, perdeu as
estribeiras, e acha que o problema é dos maluquinhos e das suas maluquices. O
problema é que Bruxelas e Lisboa nunca se importaram com os desvarios dos
dinheiros públicas ao longo destes 40 anos, e agora parecem que começaram a
abrir a pestana. O governo que surgiu a seguir ao nosso ditadorzinho Bokassa,
ainda consegue ser mais amigo dos seus amigos, do que o anterior. E eu que
tenho o rabo mais calejado que os gorilas do Uganda e que os chimpanzés do
Congo, não acredito que alguma coisa vá mudar enquanto o maluquinho continuar
na Quinta das Angústias.
Há 5 anos, quando era deputado maluco perguntei ao "maluquinho" na Assembleia Regional, quando é que iria acabar com os monopólios dos portos da Madeira e Porto Santo, que tanto roubam e exploram o povo madeirense e porto-santense. Surgiu a resposta, "doa a quem doer, vamos acabar com isso!" Até hoje nada mudou e até se agravou. Acho que a máfia no maldito sentido vai continuar a mandar no nosso maluquinho da Quinta das Angústias, em vez de ser o maluquinho a mandar na máfia.
2 comentários:
O problema é que estamos perante vários macaquinhos a chupar na teta do orçamento regional e comunitário.
O que esperas...o homem é especialista em música
Chama-os loucos e vê se estes arranjinhos não os tiraram da miséria de outrora
Jantar com um africano ou um calheteiro há que dá notas de música pá
Calcula que o homem até gosta de Nápoles
Lá aprendeu a fumar charuto cubano com o maradona e a fazer negócios á napolitana
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