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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

 

OPINIÃO


DIONÍSIO ANDRADE                                                                           








O MALUQUINHO DA QUINTA




Tenho de confessar aos meus estimados leitores, que tenho um fascínio por maluquinhos, malucos e loucos. Até porque, penso estar abalizado para falar dos três patamares, visto que passei pelos três, e atingi o grau supremo - o mestrado da loucura! Como é de conhecimento público, pertenci a um grupo em que as pessoas diziam: "Lá vêm os loucos do PND", porque só gente com um certo grau de loucura é que se metia com o João Jardim, sem  se borrarem de medo.

Esse grupo de rebeldes amalucados foi constituído para derrubar o regime corrupto do nosso ditadorzinho Bokassa, e sendo eu de esquerda estava misturado com gajos de direita, anarcas, ambientalistas, sindicalistas, comunistas, capitalistas, sociais-democratas… enfim uma autêntica arca de Noé política.

Depois de derrubarmos o regime do salazarista mor, nunca pensei que os que viessem a seguir seriam tão corruptos como os jardinistas do passado, e claro, para não se falar dos cafofianos, que ainda conseguem ser piores que a laranjada.

O problema é que há maluquinhos que decidem o nosso futuro e espatifam o nosso dinheiro com os amigos. Leia-se o dinheiro do orçamento, que está “aloucado” a meia dúzia de amigos do regime.

O maluquinho da Quinta do Arco até é um gajo porreiro. É bonacheirão, bebe uns copos, dá uma fumaças, manda umas larachas e toca umas "pianadas" e também dá umas "pinadas". Adoro estes maluquinhos, porque quem me conhece, sabe que eu gosto de umas boas farras e umas boas loucuras, de rir à desbragada, ou não fosse o rir, o melhor remédio para a saúde, porque ao rirmos, o nosso cérebro está a produzir endorfina, que alimenta o bem-estar das restantes células do nosso corpo e evita o cancro.

O maluquinho da Quinta das Angústias, é um maluquinho que adora chamar aos outros maluquinhos, e mesmo eu, fico preocupado e até sinto arrepios na espinha, quando vejo o maluquinho a decidir às três-pancadas o nosso destino coletivo.

Na semana passada, Miguel Albuquerque ficou irritadíssimo para meu prazer e deleite. O presidente do governo regional insurgiu-se contra uns maluquinhos que fazem queixas em Bruxelas contra este "antro de podridão" e "lavagem de dinheiro" em que operam algumas empresas no Centro Internacional de Negócios da Madeira. E tenho amigos que fizeram essas queixas em Bruxelas. E regozijo-me com isso, aliás, oxalá que houvesse mais maluquinhos para denunciar estas poucas-vergonhas. 

Quando era deputado independente na Assembleia Regional, defendi em diversas intervenções que o CINM deveria estar na esfera pública, assim como os transportes marítimos, a energia e a água. Estes bens essenciais não podem estar na mão de privados/donos disto tudo que só pensam no lucro, e não no bem-estar das populações. Bruxelas detetou que algumas empresas beneficiaram de isenções e reduções fiscais e que não cumpriram com o que estava estipulado nas contrapartidas.

Toda a gente sabe que o presidente do GR atribui sem concurso público o Centro de Negócios ao seu amigo Pestana. O que as pessoas não sabem é que quando Miguel Albuquerque ganhou o congresso do PSD, a Manuel António, no dia 29 de Dezembro de 2014, logo no dia seguinte, dia 30 de Dezembro, foi jantar com o seu amigo Dionísio Pestana num restaurante na estrada monumental, junto ao hotel Reid's. Claro que já estava tudo cozinhado para beneficiar o seu amigo que lhe deitou a "mão" quando os seus negócios no Arco de São Jorge não estavam a correr bem.

O maluquinho da Quinta das Angústias, que até é um tipo calmo e sabe desenvencilhar-se dos seus adversários políticos, perdeu as estribeiras, e acha que o problema é dos maluquinhos e das suas maluquices. O problema é que Bruxelas e Lisboa nunca se importaram com os desvarios dos dinheiros públicas ao longo destes 40 anos, e agora parecem que começaram a abrir a pestana. O governo que surgiu a seguir ao nosso ditadorzinho Bokassa, ainda consegue ser mais amigo dos seus amigos, do que o anterior. E eu que tenho o rabo mais calejado que os gorilas do Uganda e que os chimpanzés do Congo, não acredito que alguma coisa vá mudar enquanto o maluquinho continuar na Quinta das Angústias. 

Há 5 anos, quando era deputado maluco perguntei ao "maluquinho" na Assembleia Regional, quando é que iria acabar com os monopólios dos portos da Madeira e Porto Santo, que tanto roubam e exploram o povo madeirense e porto-santense. Surgiu a resposta, "doa a quem doer, vamos acabar com isso!" Até hoje nada mudou e até se agravou. Acho que a máfia no maldito sentido vai continuar a mandar no nosso maluquinho da Quinta das Angústias, em vez de ser o maluquinho a mandar na máfia.

2 comentários:

Anónimo disse...

O problema é que estamos perante vários macaquinhos a chupar na teta do orçamento regional e comunitário.

Anónimo disse...

O que esperas...o homem é especialista em música
Chama-os loucos e vê se estes arranjinhos não os tiraram da miséria de outrora
Jantar com um africano ou um calheteiro há que dá notas de música pá
Calcula que o homem até gosta de Nápoles
Lá aprendeu a fumar charuto cubano com o maradona e a fazer negócios á napolitana