EDITORIAL

Luís Calisto                                                                                

Barreirinha, ontem à tarde.

1.º de Dezembro sob intempérie 

DIA DA RESTAURAÇÃO DO FÉNIX

Neve nas serras e ondas alterosas a fustigar as costas das Ilhas como que vieram saudar o regresso do nosso Fénix do Atlântico, popular diabrete que andou afastado das lides durante mais de meio ano. Como manda-chuva do Blogue, asseguro que não estive de férias na Cancela nem andei a caçar na Grande Savana Africana. 

Foi uma ausência forçada, como alguns Leitores testemunharão.

Confesso que pensei aproveitar as circunstâncias para me livrar definitivamente das aparições em público por via de artigos que por vezes me custam muitas dores de cabeça. 

A ideia fazia sentido - reforma é reforma -, porém sucumbi à maleita da minha vida, essa cruel graforreia que tomou conta de mim desde que me lembro. Cada louco sua mania. 

Ai é? Então, toca a desenferrujar o teclado e o rato, vamos embora estrada fora no meio de autores de qualidade que também acharam interessante acabar com a peluda de certos figurões que já se julgavam a salvo do voo da Fénix.

Como já se disse, os artigos levarão assinatura, todos eles. Não há anonimato puro nem pseudónimos - a não ser em casos especialíssimos e com identificação segura junto da administração do Blogue.

Quanto aos comentários, há liberdade de participação, mas só os direccionados ao tema tratado no post e com respeitinho qb pelos autores.

Então, sr. Presidente do Governo, este ano íamos ficar sem festa? Olhe que não, olhe que não. Pode proibir as ceias em família até à 5.ª geração; as 'pielas' no dia 23 de Dezembro na 'Novidade' e na 'Mercadora'; os carrinhos eléctricos e a matraquilhada num parque de diversões a valer a bebida. Mas não vai proibir os escritos cá da casa. Temos festa e de arromba, escreva o que lhe digo.

Lá mais para o fim do ano, estrepitará (raio de verbo) uma girândola de caracteres nos céus da blogosfera que há-de abafar o fogo de artifício que Vossa Excelência reservou oficialmente para a noite de S. Silvestre.

Da minha parte, ainda não atinei com a forma de 'entrar' com o governo. É desconcertante a pessoa deparar-se com um Presidente que só fala de máscaras, de lavar bem as mãos e de distanciamento social. Nada percebo do assunto, a não ser que o teste do covid 19 é muito chato - aquelas cotonetes a penetrar nas narinas e na boca até à garganta! 

Quando antigamente se criticava o Miguel por apresentar um Orçamento Regional 'empolado', agora dizemos que ele não sabe colocar a máscara e que é um nabo a delimitar confinamentos. Muito pouco.

A safa é aproveitar a Grande Barraca no hemiciclo de S. Bento que há dias desnudou, salvo seja, os deputados do PSD-M. Podemos pegar pela desorganização que vai no Laranjal. Aprova, desaprova, apoia, chumba, depois nem uma coisa nem outra, antes pelo contrário... 

O próprio Cafofo, tal como Iglésias, não deixou passar em branco a grande "trapalhada" de Sara Madruga e Albuquerque, à vista dos cubanos de Lisboa e dos continentais em geral. 

Um telefonema Angústias-S. Bento para figurar em lugar de relevo nos arquivos históricos do parlamentarismo português. 

Ora, para equilibrar as coisas, chamei dois Kapas (ainda em lay-off) e mandei-os pesquisar nos arquivos as trapalhadas do actual chefe do PS-M. Cada K já gastou uma resma em prints. É sarna para me coçar. Lá iremos.

E agora é ler os explosivos artigos que marcarão este 1.º de Dezembro, Dia da Restauração do Fénix. Um agradecimento antecipado aos Autores.