A NATUREZA E OS ABUSADORES
Neste momento em que a Natureza voltou a agir com violência na Madeira é importante refletirmos sobre o que está acontecendo e o que tem acontecido nos últimos dois anos.
Durante mais de três décadas os detentores do poder político e económico violaram o frágil território de forma obsessiva. Não foram sensíveis aos gritos de dor da Ilha e ameaçaram com violência quem ousou denunciar os abusos.
Com o poder do dinheiro moldaram a mentalidade da população, que tratou os abusadores como benfeitores e ostracizou os cidadãos que alertaram para a impossibilidade da Ilha suportar tanta perfuração, tantos cursos de água tapados e estrangulados, tantas vertentes rasgadas, tantos aterros descontrolados.
Cansada de tanta violação e humilhada com tanto vinho seco, espetada e poncha, a Ilha ganhou coragem e começou a gritar.
Portugal, a Europa, o Mundo têm de compreender que as suas feridas foram expostas pela água da chuva, mas que os rasgões foram provocados por um bando de abusadores, que mais uma vez aparecem na comunicação social com um ar inocente.
Portugal e a Europa não podem voltar a entregar dinheiro aos abusadores como após o 20 de Fevereiro.
O Ministério Público duma vez por todas terá de apurar as responsabilidades da natureza e dos abusadores.
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
Nota da 'Fénix' - Pôr dinheiro nas mãos dos alucinados que ainda ostentam o título de desgovernantes regionais é ter menos juízo do que eles. A Troika pelo menos já mostrou o bom senso de ter 'criado' na Madeira o único governo do mundo que está proibido de mexer em dinheiro. O que eles fizeram da Autonomia!
5 comentários:
Em nova Iorque já pensam publicar este pensamento do Dr. Raimundo no New York Times para justificar as cheias e atingir Obama.
Para o Dr. Raimundo Quintal, parece que este é um fenómeno de agora. O Dr. Raimundo Quintal não se lembra de no passado, antes da Madeira Nova, morrer gentes nas estradas com derrocadas, linhas de água a transbordar e inundações?
Será que algumas das obras da Madeira Nova, como os túneis, não salvaram vidas nestas derrocadas?
Eu gostaria de ver como seria se só tivessemos a antiga estrada regional de ligação São Vicente/Porto Moniz.
Respeito o Dr. Raimundo Quintal, mas é demais este fundamentalismo.
Meu Caro Raimundo parafraseando S. Exa. AJJ, ao texto do glorioso e corajoso anónimo faltará: os cães ladram e a caravana passa. Estes seres abomináveis e ignorantes prontos para, após a capitulação, dizerem nos jornais que nunca pertenceram à PIDE,vão fazendo a sua defesa electrónica do regime. Como bons PIDEs não são capazes de mostrarem compaixão para com os seus semelhantes que sofreram mais esta contrariedade.Entregaram-se bulldozres a inimputáveis australopitecos que, fazendo justiça ao nosso anónimo e a S. Exa., serão uma "máfia no bom sentido" a lançar sofrimento pela ÁGUA e FOGO nesta terra de gente humilde a merecer bem melhor.
Claro que o governo regional usou e abusou da Natureza, mas nao se pode atribuir a culpa de todas as derrocadas e cheias, ao governo.
Colocar milhoes nas maos do desgoverno regional e um regalo, para a AFA, Tecnovia Madeira, Cimentos Madeira e mais algumas sempre Portas para "ajudar".
Ao 2º anónimo aconselho uma leitura mais atenta de tudo aquilo que Raimundo Quintal vem escrevendo há anos. A sua admiração pelo autor deveria lembrar-lhe que ele sempre falou do regime chuvas e das aluviões que de vez em quando nos batem ao ferrolho. A ocupação do território deveria ter isso em conta. Então a sua admiração que tinha a dizer quando ele escrevia sobre isso e o insultavam? Vergonha na cara precisa-se para se vir falar de alterações climáticas (fê-lo o Sr. Pres. do GR) quando as aluviões, esquecidas no momento da prevenção,cumprem com as expectativas de sécs., aparecendo no Outº. Olhe, sr. anónimo, 30 anos e muitos milhões depois as populações estão piores que nesse tempo que invoca. Estão isoladas na mesma, e mais pobres porque quase destruíram a natureza que lhes garantia alimentação. Tem boas razões para admirar Raimundo Quintal quanto a ser hipócrita é consigo.
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