Do Cabo Girão à Eira do Serrado
O jornalista Barry Hatton da Associated Press esteve na Madeira na última semana de Outubro para confirmar no terreno como têm sido gastos os dinheiros europeus em obras megalómanas de utilidade reduzida ou nula.
Sendo a Associated Press (AP) a maior agência noticiosa mundial, a peça jornalística, em que a Madeira aparece destacada entre as regiões esbanjadoras, entrou ontem nas redações de mais de 5.000 órgãos de comunicação social em todo o mundo.
Por cá, parece que o artigo da AP só chegou ao Diário de Notícias. Na página 11 da edição de hoje os leitores ficam a saber que “Agência indica Madeira como mau exemplo de investimentos”.
Desrespeitando o embargo imposto pelo UI (único importante) do falido arquipélago do Atlântico oriental, “The Miami Herald” ousou reproduzir o artigo, que apresenta a Madeira como exemplo da má utilização dos fundos europeus pelas regiões desfavorecidas.
O artigo “Unwise spending exposes Europe's economic errors” (Gastos insensatos expõem erros económicos da Europa) surge ilustrado com seis fotografias: - as duas primeiras mostram o híper caro miradouro do Cabo Girão; a terceira exibe o inapto heliporto do Porto Moniz; a quarta refere-se à marina sem barcos do Lugar de Baixo; a quinta e sexta, são imagens dum egocêntrico inaugurador e gastador compulsivo.
Melhor, muito melhor mesmo é ler o artigo. Para além de testar o nível do seu inglês é um bom exercício para conferir a imagem da Madeira no Mundo: (http://www.miamiherald.com/ 2012/11/20/v-fullstory/ 3106225/unwise-spending- exposes-europes.html).
Após a leitura do artigo e da observação das imagens do miradouro do Cabo Girão, que, em tempo de fome e falta de medicamentos, custou 2,5 milhões de euros, peço-vos para compararem com o estado em que se encontra o miradouro da Eira do Serrado.
O miradouro sobranceiro ao Curral das Freiras continua tão degradado como quando lancei o último alerta a 04 de Agosto, o risco de desabamentos de rochas no talude sobranceiro ao caminho pedonal entre a estalagem e o miradouro é grande e com os ventos e as chuvas do outono aumentaram as quedas dos esqueletos dos pinheiros queimados.
Aos especialistas em turismo e ordenamento do território do governo regional, que não acreditam nas fotografias que captei no domingo passado, sugiro que, com cuidado e antes que seja tarde demais, vão no terreno inventariar as muitas e perigosas vulnerabilidades dum dos locais mais procurados pelos turistas.
Voltando ao conteúdo do artigo da AP, replicado pelo “The Miami Herald” e por muitos outros órgãos de comunicação irmanados numa terrível conspiração contra a “Madeira Nova”, o seu “Povo Superior” e muito especialmente contra o UI, gostaria de vos dizer que os 2,5 milhões de euros gastos de forma insensata no Cabo Girão, dariam, também, para minimizar bastante os riscos e melhorar a qualidade da vereda e do miradouro da Eira do Serrado.
Saudações ecológicas,
Raimundo Quintal
Eira do Serrado |
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4 comentários:
O miradouro do Cabo Girao está espectacular.
sempre a dizer mal, sempre a dizer mal. Se vos ver por lá dou uma ajudinha para se debruçarem melhor a contemplar a vista.
Qualquer dia até o aeroporto é posto em causa.
atenção porque existem uns artolas a fazer marcação ao Prof Raimundo.
é sinal que o dedo está a ser posto na ferida. parabens continue os artigos e lembre-se que os cães ladram mas a caravana passa.
Isso mesmo enquanto vocês ladram a caravana anda.
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