Ribeira
da Tabua volta a alarmar a população local
Apesar do nosso alerta e da
população da Ribeira da Tabua que arrumar pedra ao longo das margens da ribeira
era apenas um “desenrasque” perigoso, bastou apenas uma chuva mais forte para
desmoronar essa proteção. A questão que podemos colocar para reflexão é a
seguinte: e se o período de chuvas fosse mais longo? O que teria acontecido?
É obvio que a ribeira causaria
problemas graves à população que reside no Sítio da Praia, Tabua e os
agricultores voltariam a perder os seu campos agrícolas.
Perante este facto a população,
com toda a legitimidade, sente-se insegura. O 20 de fevereiro é uma lembrança
ainda recente na memória de todos nós. Será que ainda não aprendemos a lição?
Os cursos de água precisam de estar orientados de forma a não causar danos.
Para isso é preciso seguir as orientações válidas de quem, por várias vezes, já
alertou com conhecimento de causa para a insegurança que representa este tipo
de proteção.
Cabe agora aos responsáveis pela
segurança publica agir de forma a que, por incúria, não se repita a tragédia
que foi o 20 de fevereiro na Ribeira da Tabua.
Contudo, o caso da Ribeira da Tabua
não é um caso isolado no concelho da Ribeira Brava. A mesma preocupação causada
pela despreocupação e desatenção dos nossos governantes, estende-se também à
ribeira da Serra de Água que nesta “pequena intempérie”, também causou
insegurança aos seus residentes. Com estas chuvas ficou provado que a
insegurança deste tipo de proteção, usado nas ribeiras do concelho da Ribeira
Brava, representa um perigo iminente. É preciso agir.
A
segurança e a saúde das pessoas valem menos do que a britadeira da Meia Légua.
Todos os comentários e críticas à
existência da britadeira, ao longo dos dez anos da denominada instalação
provisória, na Meia Légua, no Sítio da Rocha Alta, na fronteira entre as
freguesias da Ribeira Brava e Serra de Água, têm em comum a preocupação com a
segurança e a saúde das populações que residem na Meia Légua e na Vila da Ribeira
Brava. Instalada provisoriamente no local para facilitar o apoio à construção
de obras que entretanto se iam concluindo, esta nunca foi fechada após a
conclusão dessas obras. A britadeira foi ficando sempre, com a desculpa de que
havia mais obras e, por mais apelos da população e abaixo assinados que fossem
feitos, de nada serviram e esta permaneceu sempre, indiferente a tudo e a todos.
Nem se ouviu uma palavra dos órgãos locais do poder: Juntas de Freguesia e Câmara
Municipal, no sentido de pedir o encerramento da britadeira nem o Governo
Regional ponderou a possibilidade de a encerrar e sempre justificou, a
permanência da britadeira na Meia Légua, com novas obras e, nem mesmo quando
estas se concluíam, a mandou encerrar. A empresa ganhou, sucessivamente, novos concursos
para outras obras e, a manutenção de britadeira, segundo o Governo, justifica-se.
Mas
como justificar o último acidente que ocorreu esta semana na britadeira da Meia
Légua?
Foi a muito custo que se
conseguiu suster a força da água mas uma parte do material britado foi ribeira
abaixo estendendo-se até à foz da ribeira.
E
se o acidente ocorresse durante a madrugada ou não houvesse possibilidade de
deter a água?
Perante os milhares de metros
cúbicos de material britado estamos sempre na iminência uma catástrofe de
maiores dimensões, para a Vila da Ribeira Brava, que a ocorrida no 20 de
fevereiro.
É urgente retirar todo o material
britado e encerrar a britadeira sem demoras e, definitivamente, antes que aconteça
alguma desgraça.
Rafael Sousa
3 comentários:
O DN já noticiou que o estaleiro da Meia Légua vai sair.
O JM anunciou hoje que as obras na Tabua começam para a semana.
Problema resolvido, segundo parece, na opinião do Sr. Anónimo. É com base em coisas destas que na saúde se falava de "romance" a propósito de um dos muitos problemas que lá andam. A questão é simples: não se falando do problema em jornal "inimigo" ele não existe.
Não foi esta semana que foi noticiado que o ar no estaleiro da Meia Légua ia ser analisado!!!!?
amsf
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