Powered By Blogger

sexta-feira, 9 de novembro de 2012






Ribeira da Tabua volta a alarmar a população local


 
 

Apesar do nosso alerta e da população da Ribeira da Tabua que arrumar pedra ao longo das margens da ribeira era apenas um “desenrasque” perigoso, bastou apenas uma chuva mais forte para desmoronar essa proteção. A questão que podemos colocar para reflexão é a seguinte: e se o período de chuvas fosse mais longo? O que teria acontecido?
É obvio que a ribeira causaria problemas graves à população que reside no Sítio da Praia, Tabua e os agricultores voltariam a perder os seu campos agrícolas.
Perante este facto a população, com toda a legitimidade, sente-se insegura. O 20 de fevereiro é uma lembrança ainda recente na memória de todos nós. Será que ainda não aprendemos a lição? Os cursos de água precisam de estar orientados de forma a não causar danos. Para isso é preciso seguir as orientações válidas de quem, por várias vezes, já alertou com conhecimento de causa para a insegurança que representa este tipo de proteção.
Cabe agora aos responsáveis pela segurança publica agir de forma a que, por incúria, não se repita a tragédia que foi o 20 de fevereiro na Ribeira da Tabua.
Contudo, o caso da Ribeira da Tabua não é um caso isolado no concelho da Ribeira Brava. A mesma preocupação causada pela despreocupação e desatenção dos nossos governantes, estende-se também à ribeira da Serra de Água que nesta “pequena intempérie”, também causou insegurança aos seus residentes. Com estas chuvas ficou provado que a insegurança deste tipo de proteção, usado nas ribeiras do concelho da Ribeira Brava, representa um perigo iminente. É preciso agir.
 
A segurança e a saúde das pessoas valem menos do que a britadeira da Meia Légua.
 
Todos os comentários e críticas à existência da britadeira, ao longo dos dez anos da denominada instalação provisória, na Meia Légua, no Sítio da Rocha Alta, na fronteira entre as freguesias da Ribeira Brava e Serra de Água, têm em comum a preocupação com a segurança e a saúde das populações que residem na Meia Légua e na Vila da Ribeira Brava. Instalada provisoriamente no local para facilitar o apoio à construção de obras que entretanto se iam concluindo, esta nunca foi fechada após a conclusão dessas obras. A britadeira foi ficando sempre, com a desculpa de que havia mais obras e, por mais apelos da população e abaixo assinados que fossem feitos, de nada serviram e esta permaneceu sempre, indiferente a tudo e a todos. Nem se ouviu uma palavra dos órgãos locais do poder: Juntas de Freguesia e Câmara Municipal, no sentido de pedir o encerramento da britadeira nem o Governo Regional ponderou a possibilidade de a encerrar e sempre justificou, a permanência da britadeira na Meia Légua, com novas obras e, nem mesmo quando estas se concluíam, a mandou encerrar. A empresa ganhou, sucessivamente, novos concursos para outras obras e, a manutenção de britadeira, segundo o Governo, justifica-se. 
 
Mas como justificar o último acidente que ocorreu esta semana na britadeira da Meia Légua?
Foi a muito custo que se conseguiu suster a força da água mas uma parte do material britado foi ribeira abaixo estendendo-se até à foz da ribeira.
 
E se o acidente ocorresse durante a madrugada ou não houvesse possibilidade de deter a água?
Perante os milhares de metros cúbicos de material britado estamos sempre na iminência uma catástrofe de maiores dimensões, para a Vila da Ribeira Brava, que a ocorrida no 20 de fevereiro.
É urgente retirar todo o material britado e encerrar a britadeira sem demoras e, definitivamente, antes que aconteça alguma desgraça.
 
Rafael Sousa 



 

3 comentários:

Anónimo disse...

O DN já noticiou que o estaleiro da Meia Légua vai sair.
O JM anunciou hoje que as obras na Tabua começam para a semana.

jorge figueira disse...

Problema resolvido, segundo parece, na opinião do Sr. Anónimo. É com base em coisas destas que na saúde se falava de "romance" a propósito de um dos muitos problemas que lá andam. A questão é simples: não se falando do problema em jornal "inimigo" ele não existe.

Anónimo disse...

Não foi esta semana que foi noticiado que o ar no estaleiro da Meia Légua ia ser analisado!!!!?

amsf