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quinta-feira, 30 de maio de 2013

POLÍTICA DAS ANGÚSTIAS



LISBOA RESISTIU BEM
À FRÁGIL INVESTIDA INSULAR


Este quadro, embora pareça do século XIX, mostra os crânios a quem está entregue o País e a Região, hoje. Mas falta gente ali, desde Passos Coelho ao representante da República e ao bispo das 4 Fontes. 



A deslocação de Ventura Garcês a Lisboa provocou embaraços nos serviços logísticos do 'Fénix do Atlântico', e quer-nos parecer que devido a manobra intencional do gabinete do secretário das Finanças





Estes toalhetes a propagandear a banana da Madeira não resultam de promoção regional, mas da cafetaria de 'El Corte Inglés'

Assim que soubemos da viagem de Ventura Garcês, despachámos um agente a todo o vapor (embora de avião) com rumo à capital. É que o nosso correspondente nas Angústias não conseguia descobrir se Ventura estaria presente nas reuniões que sua excelência o rei da tabanca teria em Lisboa esta semana com o regedor do Boliqueime e com o nosso primeiro Passos Coelho. 

Seria que o homem que faz de ministro das Finanças da Madeira, sem ordem para mexer em dinheiro, estaria nos encontros de alto nível? Ou trataria apenas de se movimentar nas instalações de Vítor Gaspar? Haveria algum capital daqueles mil e cem milhões ou dos 300 milhões, tudo empréstimos, claro, pronto a vir para a Madeira? 

Não que tenhamos algum a receber, mas gostaríamos de passar a novidade ao Avelino e demais empreiteiros que a esta hora rezam à Senhora de Fátima para, ao menos, verem uns cêntimos dos balúrdios que o desgoverno lhes deve.


Carro oficial e carro particular de Garcês confundem os agentes

O nosso enviado-especial andou na capital à nora, sem encontrar Ventura. Ao entrar no 'Corte Ingles', pensou que afinal seria Manuel António a deambular por Lisboa, já que viu uma promoção da banana insular num estabelecimento daquele centro comercial. Mas, ao pedir informações, espantou-se ao constatar que aquela promoção não partiu da Agricultura de Manel, nem sequer de Conceição da Conchita. Era iniciativa, sim, da própria loja que tinha expostos aqueles toalhetes (como se vê na imagem captada no local pelo nosso agente).
Aflito por não encontrar Garcês, pediu-nos confirmação: o homem embarcou mesmo para Lisboa?

O 'Peugeot' de Garcês bem parado nos estacionamentos do governo, Av. Zarco, despistou boa gente. 


Maçada para nós. Toca a investigar. Soubemos então que Garcês foi visto no aeroporto, terça-feira. Nesse caso, estava tudo explicado? Não senhor! É que à hora em que o secretário presumivelmente embarcava, o seu carro particular, aquele Peugeot 306 azul, estava calmamente estacionados nos lugares reservados ao governo em plena Avenida Zarco. Pouco depois, que é que fomos encontrar? Nada menos do que o carro oficial do secretário das Finanças no Modelo dos Viveiros, aliás o Continente. A menos que o BMW 58-46-LS já não esteja distribuído a Ventura - mas está.
Estaríamos perante alguma promoção de pargo espanhol ou de vinho duriense no Modelo?
Qual nada! Os serviços das Finanças andaram claramente a tentar despistar os agentes do 'Fénix', com viaturas para cá, viaturas para lá, ao preço que o combustível está.

Passos e Jardim nada pescam do PAEF

Descoberta a tramóia, K7 tratou de rendibilizar o investimento da deslocação à capital e conseguiu mesmo descobrir Garcês. No Terreiro do Paço, que é onde trabalham os contínuos de Gaspar. Então, soubemos do rosto fechado que o secretário denunciou no entra-e-sai nas instalações ministeriais. Até que se percebeu que ele estaria na reunião de Jardim com Passos Coelho e dois ministros. 
Passos e Jardim exigiam ser assessorados no encontro porque nem um nem outro percebe patavina do que diz o PAEF. Jardim, zero em economia, não presta uma declaração pública sem ir rever o 'Manual de Aprendizagem Instantânea do keynesianismo'. O primeiro-ministro perde a noite a fazer revisões junto de Ângelo Correia antes dos encontros com Angela Merkel, ou então quando há reuniões gagas como estas de que falamos.
O nosso agente, pela expressão facial dos envolvidos na cimeira, percebeu que se tinha avançado no relacionamento financeiro Funchal-Lisboa, em termos de tudo continuar cada vez mais na mesma: dinheiro para cá, só a bordo do 'Armas'.

Quem ia pagando o resultado daquele insosso encontro era o próprio K7, que à porta de São Bento quase apanhava com valente 'mocada' do Peugeot azul metalizado em que se faz transportar sua excelência na capital. O homem das Angústias, de agastado com a seca levada com Passos, nem reparou no quase acidente.
Refira-se, a propósito, que não é o erário nacional a dar carro na capital aos governantes insulares. Aquele Peugeot é mesmo património da Região (mais um selo, mais um seguro, mais uma inspecção e mais consertos que Ventura tem de pagar, Deus sabe com que atrasos).



Jardim confessa insucesso: "As reuniões correram muito bem"

Segundo o despacho do enviado-especial do 'Fénix', tanto a Lei de Finanças como a desejável aceleração de empréstimos e o alargamento de prazos de pagamento, tudo isso levou a 'sopa' esperada. Ou não estivéssemos a falar de Cavaco e do assessor de Vítor Gaspar. 
O próprio 'Meio Chefe' reconheceu, à chegada ao Funchal: "As reuniões correram muitíssimo bem".
Está tudo dito.
Mas sintetizemos: nas reuniões, houve palmadas nas costas, anedotas, palpites sobre o tempo, nada faltou, à parte o pormenor do dinheiro.

À margem das diligências, o nosso agente disse ter percebido alguma estranheza nos jornalistas lisboetas perante o facto de o rei da tabanca não ter proferido, antes das reuniões, as tradicionais c....lhadas para atemorizar e tornar aqueles com quem se vai reunir mais dóceis nas negociações.
Esse tempo já lá vai.
Espantou igualmente a chamada de Miguel Mendonça a estas andanças, ele que anda tão assoberbado a estudar maneira de suster as traquinices de Coelho e de retardar o mais possível a explosão inevitável do conflito Jaime Ramos-Miguel de Sousa.
Mendonça foi lá para conferir mais peso institucional às diligência do rei. Uma espécie de guarda-costas para Jardim, em vez das atoardas 'a priori' do costume.

Uma vez que os mandantes nacionais disseram a Jardim que tivesse paciência, mas que já deram muito para o peditório, Ventura Garcês decidiu meter-se no avião e voltar à tabanca, o mesmo fazendo 'Meio Chefe'.
Quanto a Miguel Mendonça, aproveitou para ficar naquelas paragens até ao fim-de-semana.

O nosso homem da 'Fénix' tirou partido da conjuntura e pediu à Redacção para continuar por lá também até domingo. Respondemos que não podia ser, porque o 'Fénix' precisa dos seus quadros para funcionar normalmente, já chega o susto de Miguel Cunha e Martim Santos que prevêem o fecho de emissão da RTP-M porque há 7 profissionais em vias de sair.
O agente, porém, argumentou: "Então se o presidente da Assembleia fica aqui em Lisboa, por que é que eu não...?
Lá o deixámos ficar até domingo, que remédio. Somos todos de carne e osso.

Esta tarde, com início às 15, rei das Angústias e secretários reúnem-se em plenário. Um dos pontos em agenda será pedir aceleração da obra, ou bico-de-obra, que é identificar o desestabilizador K7. Estiveram a centímetros dele em Lisboa sem o detectar e querem descobri-lo agora!
Com menos importância, e dada a falta de dinheiro na Madeira que Lisboa acaba de agravar, outros assuntos deverão ser alinhavados no conselho de desgoverno, como a institucionalização de mais festas pelas ilhas, tipo tabaibo, pitanga e nêspera, para garantir visitas e inaugurações dos desgovernantes. Inaugurações com seco bom e espetada, quando será?!

Nota de rodapé: temos saudades de ver 'Meio Chefe' a viajar por aí fora, conduzido por Jaime Ramos, cheio de moral e arrogância, para, em tempo de pré-campanha eleitoral como a corrente, brilhar em jantares bem comidos e bem bebidos organizados pelos empreiteiros da Madeira Nova! Belos tempos!




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