GOVERNO REGIONAL DEVOLVE ACUSAÇÕES
SOBRE DESPEDIMENTOS NO DN
Publicamos o comunicado da Quinta das Angústias com a leitura peculiar que o governo faz da situação deficitária do Diário de Notícias, de que acaba de resultar o despedimento de 28 trabalhadores e a rescisão de outros 7
“1. A administração do
«diário de notícias» do Funchal noticiou o despedimento de quatro dezenas de
Trabalhadores, ao que se seguiram, articuladamente, «comentários» políticos do
denominado sindicato dos jornalistas – em contencioso há décadas com o Governo
social-democrata da Madeira – do PS e do CDS, todos subjacentemente visando o
«Jornal da Madeira» e o despedimento dos seus Trabalhadores.
2. A queda de publicidade e de vendas aconteceu a
partir do momento em que o «diário de notícias», com a posse da sua actual
administração e direcção bem remuneradas, violou o estatuto editorial de
«independente» e se transformou num panfleto quotidiano contra a orientação da
Região Autónoma e do PSD/Madeira, para o efeito até recebendo verbas do PS e do
CDS, em troca de cadernos publicitários, verbas que resultam dos dinheiros
públicos que os Partidos representados na Assembleia Legislativa da Madeira recebem,
e chegando às vezes a também ser distribuído gratuitamente.
3. Tal desorientação e violação da lei, a indiciar
obsessões e a implicar constantes desmentidos que retiram credibilidade a esse
diário, teve o consentimento tácito e indevido da denominada «entidade
reguladora da comunicação social», outra «gordura» inútil da República
Portuguesa, que o Povo tem de pagar, e instituição de intervenção inaceitável
num regime democrático.
4. O despedimento dos Trabalhadores, que o Governo
Regional condena, é tanto mais estranho na medida em que o mesmo grupo pode
manter deficitariamente um jornal em Caracas, para uma orientação semelhante
junto da Comunidade Madeirense, a esse País vem organizando deslocações e
outras iniciativas, assim como pretendeu adquirir um outro jornal na África do
Sul. Mantém ainda uma rádio que é tratada por igual com todas as privadas, em
termos de apoios públicos.
5. O «Jornal da Madeira» é uma empresa em que a
Região Autónoma é maioritária, cumpre o seu legítimo Estatuto Editorial nos
termos do contrato de sociedade, o seu encerramento implicaria o despedimento
de quase uma centena de Trabalhadores, pelo que o Governo Regional não o
fechará como parece desejar a hipocrisia dos que cumpliciaram a situação que,
no «diário de notícias», trouxe Trabalhadores a este lamentável desfecho.
6. Perante o projecto e a falta de qualidade em
que a sua actual administração e direcção transformaram o outrora prestigiado
«diário de notícias», é óbvio que o Governo Regional não pode deixar que lhes
caia nas mãos o monopólio da informação escrita diária.
Basta conhecer os jogos de poder na História da
Madeira, envolvendo o grupo seu proprietário, para se perceber que tal
monopólio faria a Madeira retroceder quarenta anos, para o tempo da Madeira Velha.”
Presidência do governo regional
Presidência do governo regional
4 comentários:
Caro Luís Calisto
Se a lata fosse música...
...Tínhamos concerto de fazer chorar as pedras da calçada.
O artigo 1 do estatuto da RAM deve ser: todo o eleito deve ter vergonha na cara.
Bom, isso é o mesmo que substituir aquela gente quase toda!
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