Bloco denuncia despedimento
dos professores contratados
Sem alunos devidamente apoiados, não sairemos do buraco, diz Roberto Almada
A Educação não pode continuar a ser tratada como um 'parente pobre'. O lugar comum foi retomado pelo Bloco de Esquerda nesta altura em que muitos professores contratados se apresentam na direcção regional dos recursos educativos - secretaria da Educação - sabendo que muitos deles cairão fatalmente no desemprego.
Daí o BE ter centrado a sua acção política desta terça-feira exactamente junto daquela direcção regional.
"Alguns professores confidenciaram-nos estar certos de que os seus contratos não serão renovados", contou na ocasião o líder bloquista diante dos jornalistas.
Roberto Almada critica vivamente a situação. Porque a Madeira apresenta um dos mais elevados índices de insucesso escolar do país, encontrando-se várias escolas e muitos alunos carenciados de apoio. Logo, é incompreensível ver-se quem poderia colmatar essas lacunas ser lançado para o desemprego.
Esses professores, considera Roberto Almada, podem e devem ser integrados nas escolas, encarregados de apoiar os alunos de turmas enormes que precisam desse apoio escolar "como de pão para a boca".
"Sabemos que vivemos tempos de contenção, de crise económico-financeira grave", disserta o chefe do BE, "mas a austeridade não pode chegar à Educação, sob pena de nunca mais sairmos do buraco onde nos meteram os governos do CDS e do PSD nacionais e do PSD ao nível regional."
O executivo da Madeira precisa de tomar uma atitude de colocar estes professores contratados ao seu serviço, exorta Roberto Almada. "É preciso acabar com o desemprego na área docente, é preciso que as nossas escolas tenham professores, que os nossos alunos tenham muito apoio, para então sairmos do buraco em que estes senhores nos meteram."
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