Powered By Blogger

terça-feira, 12 de novembro de 2019



Os Duelos de hoje e de outros tempos









Gil Canha

Nesta segunda-feira, o Diário de Notícias do Funchal apresentou na primeira página um curioso título, “Cafofo em Duelo Inédito com Albuquerque”, que me fez lembrar um título muito semelhante, publicado a 23 de Janeiro de 1931, pelo Herald Tribune, de New York (NY), onde se falava igualmente de um duelo entre duas conhecidas personalidades daquela mega-cidade norte-americana. 
Não sei por que cargas-de-água fui comparar os dois títulos, já que os assuntos são completamente distintos, não havendo, repito, qualquer semelhança ou ligação entre eles, excetuando talvez, a palavra “DUELO”. Aliás, se os senhores leitores me perguntarem por que razão a minha mente doentia (e muito ressabiada) foi por esses caminhos, sinceramente, não sei explicar. (Há dias, fui apanhar tabaibos nuns terrenos baldios por debaixo do farol da Ponta do Pargo, e dei comigo a pensar se aqueles terrenos também não teriam pepitas-de-ouro, como o terreno do Penedo do Sono, no Porto Santo)
Retomando o assunto - as duas personalidades que se debatiam em duelo pelo poder nos E.U.A, já andavam em guerra aberta desde que a bolsa de New York colapsou em 1929 e a consequente crise económica acentuou ainda mais a rivalidade entre ambos: o chefe da Família Genovese, Giussepe Masseria, e o seu arqui-inimigo, Salvatore Maranzano, da família Bonanno. Segundo o mesmo Herald Tribune, a luta violenta entre os dois gangs da máfia desenrolou-se numa zona da cidade chamada carinhosamente de “Little Italy” (como podem ver isto nada tem a ver com a Rua da Alfandega, sede do circo madeirense). E numa longa reportagem, o Herald explicava que Maranzano tentou a paz entre as grandes famílias que monopolizavam o jogo e a extorsão em NY, e como “capo Di Tutti capi” declarou: “todas as famílias serão iguais e livres para ganhar dinheiro”. 
Contudo, Masseria nunca aceitou as propostas do rival e a famosa guerra entre famílias mafiosas de NY, chamada “Guerra de Castellammaresa”, só acabou quando os famosos mafiosos Lucky Luciano e Vito Genovese começaram a negociar secretamente um acordo com Maranzano, pois “já não aguentavam mais os prejuízos financeiros gerados por esta guerra”. E foi no seguimento deste acordo que Giussepe Masseria foi assassinado, num restaurante em Coney Island, em Abril de 1931. 

Como podem ver pela descrição dos fatos apresentados pela minha mente fantasiosa e perversa, nada tem a ver uma coisa com a outra. Felizmente, a nossa ilha é pacífica e ordeira, não existem disputas entre gangs ligados a grupos económicos, nem existem políticos nem juízes vendidos a esses mesmos grupos, como aconteceu na cidade de New York, até à morte de John Gotti, da família Gambino, em 2002. Aliás, se a Madeira entrasse por esse caminho, a recente contenda entre o DN, do sr. Blandy/Sousa, e o Jornal da Madeira, do sr. Avelino, por causa dos inertes furtados, acabaria tudo à batatada e aos tiros, o que felizmente não aconteceu, nem nunca acontecerá, pois o nosso povo é sereno, resignado, e tem uma especial veneração por “duelos” a fingir entre políticos por conta de outrem.

13 comentários:

Anónimo disse...

Gil, não me digas que os responsáveis do Heral Tribune também eram mafiosos? Mais uma vez sem qualquer semelhança ou ligação ao diário que anunciou o duelo na Assembleia Regional.

Anónimo disse...

Lindo, lindo... isto só mesmo para gozar com esta máfia no bom sentido ladroeira e controladeira do money

Anónimo disse...

Os vilões da cidade e os vilões do campo merecem ser roubados e enra.... pelos dois gangs representantes dos DDT no parlamento. A mamadeira está a saque pelos piratas da era moderna. Roubem à vontade que o povo superior merece isto e muito mais.

Anónimo disse...

O que andam a fazer ao Sr Coelho, não lembra nem ao diabo mais velho! No lugar dele, recorria ao tribunal Europeu, sem demoras.

Anónimo disse...

23.20,
Só se fôr para o considerar inimputável.

Anónimo disse...

O que andam a fazer ao Coelho?! Na Madeira quem defende os vilões é que vai preso e ainda é gozado pela máfia. País onde a justiça é uma m...da.

Anónimo disse...

Em Nova Yorque existe várias familias mafiosas, na Mamadeira existe: Avvelline, Prestannini e Soussanili

Anónimo disse...

NOTÍCIAS do PARAÍSO AÇOREANO

Notícia RTP-Açores

No plenário parlamentar de setembro, a Secretária Regional da Saúde garantiu que a informação seria atualizada em outubro deste ano, mas o certo é que, até agora, os últimos dados publicados são de maio de 2018.
Mantém-se a incógnita sobre o número real de pessoas que aguardam uma cirurgia nos Açores.

Anónimo disse...

Verdade verdadinha a assembleia (letra pequena porque nem circo é) só tem duas gangs a defenderem os DDT.

Anónimo disse...

Parece que o JMR já ocupa mais volume cúbico.

Anónimo disse...

O Cafofo está a usar tácticas antigas, que supostamente alguns líderes políticos ainda usam, que é nunca falar de coisas negativas, ie, ser positivo dar esperança, não utilizar certas palavras, por exemplo, não dizer "problemas" mas sim "desafios" e por ai fora. Mas há uma falta tremenda de convicção genuina, que se nota na voz. Com tanto político em Portugal, deviam pôr teatro, representação e discurso nas escolas primária e secundárias.

Anónimo disse...

O JMR já parece a Rainha da Inglaterra no seu trono de chantagem.

Anónimo disse...

As fotografias publicadas pelo Fénix demonstram as ligações perigosas da máfia no bom sentido com Paulo Cafôfo e Miguel Iglésias. Os eleitores madeirenses e portossantenses foram avisados vezes sem fim por Gil Canha e Raquel Coelho desta promiscuidade, por isso acho que o único castigo possível é serem roubados a dobrar pelos ganas que controlam a mamadeira. Bem feito!