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quarta-feira, 29 de maio de 2013


MIGUEL DE SOUSA DESMENTE PALAVRAS
QUE ANDAM A PÔR NA SUA BOCA


O vice do parlamento realça que pretende um debate político mas que o grupo jaimista tenta baixar o nível do conflito



O deputado em conflito com Jaime assegura que encontrará palco para um debate sobre o estado da Madeira e do PSD e de apuramento dos responsáveis pela situação. Mas um debate político, sem chicana.



Miguel de Sousa garante nunca ter dito por aí na cidade que exigirá a divulgação das contas do PPD e da Fundação Social Democrata. É o desmentido de afirmações de apoiantes de Jaime Ramos ao 'Fénix' (ver peça de ontem) segundo as quais vinha aí uma devassa pública com o fim de 'descobrir as verdades' dos dois políticos laranja.
O antigo número dois de Jardim no governo e actual deputado e vice da ALM esclarece categoricamente: "O que eu pretendo provocar é um debate político. Político! Acho ser decisivo saber o que é que está a acontecer à Madeira e ao PSD da Madeira.E é preciso identificar os responsáveis pelo estado a que chegaram a Madeira e o PSD. E debater caminhos a seguir para sairmos desta situação."
Miguel de Sousa afiança que os seus adversários internos, liderados por Jaime Ramos, não conseguirão atraí-lo para o terreno da chicana, onde se discutem "pormenores vazios, sem interesse nenhum". "Não quero saber de contas do partido ou da fundação, se eles querem fazer contas que vão lá mostrar a quem quiserem, porque a mim só interessa o debate político."
O dirigente do partido maioritário na Região não quis, no entanto, adiantar a forma como pretende promover o debate que anuncia. "Há-de haver palco para isso, há-de haver palco", limita-se a dizer.


Sem desculpas, nada feito

Quanto à solução do problema criado com as ofensas que recebeu de Jaime Ramos na célebre reunião do grupo parlamentar, Miguel entende que há duas condições para que tudo possa ser resolvido: apresentação de desculpas públicas (por Jaime Ramos) e aceitação dessas desculpas (por ele, Miguel de Sousa). Sem isso, não vale a pena tentar o que quer que seja. 

É que Miguel de Sousa, mau grado as fugas de companheiros de partido que assistiram ao desaguisado e recusam testemunhar em tribunal, continua considerando haver sofrido injúrias da parte do líder da bancada. Foi o que afirmou ao DN-Lisboa, edição de ontem, terça-feira.


Declarações fortes ao DN-Lisboa

Numa entrevista concedida à jornalista Lília Bernardes, Miguel de Sousa critica a extinção no PSD-M dos vice-presidentes da comissão política e dos coordenadores concelhios. Porquê? Porque esse passo ousado acabou transmitindo demasiados poderes a Jaime Ramos, que além de líder parlamentar é secretário-geral do partido, ou seja, é ele quem  manda e desmanda, agora ainda mais, na máquina laranja regional.
Por outras palavras, ao tomar essa decisão de acabar com vices e coordenadores, o PSD - aliás, Alberto João Jardim - "deixou o partido entregue ao sr. Jaime Ramos, dando-lhe um poder ilimitado".
Miguel de Sousa tenta explanar, nas páginas do DN-Lisboa, o que pensa do conflito nascido quando Jaime o apelidou de "chulo, vadio e bufo": "Não é um caso de divergência política, mas de diferença de educação, e isso não se pode resolver dentro do PSD... Se calhar já não se consegue resolver em lado nenhum."
Desempoeirado, Miguel de Sousa denuncia o falhanço da tentativa de Jardim para estancar o problema, já que tratou de chamar as ofensas à responsabilidade do PSD, quando elas foram produzidas pelo líder parlamentar e a este é que competia pedir desculpas.


Subservientes a Jaime dividem grupo parlamentar


Alguns companheiros de bancada não ficam sem apanhar com uma crítica contundente por se baixarem a Ramos. O secretário-geral, acusa Miguel de Sousa nas declarações ao DN, "tem sido useiro e vezeiro" no seu estilo de linguagem, mas... "Não tenho culpa que os ofendidos não protestem, pessoas que não são merecedoras do meu respeito, porque ninguém se deve sujeitar a esse tipo de tratamento."
As críticas - evidencia a jornalista Lília Bernardes na entrevista com Miguel - atingem especificamente os colegas PPD que assistiram aos factos e que "se escusam a depor a favor da verdade, quando os cidadãos têm por obrigação colaborar com a Justiça".
As afirmações ao DN-Lisboa são fundamentadas por uma peça do jornal homólogo funchalense, edição desta quarta-feira, onde se põe em destaque a falta de quase metade dos deputados laranja em mais uma reunião do grupo parlamentar, esta em São Vicente, na terça-feira. Deduz-se daí o mal-estar contra Jaime Ramos em parte dos deputados, se bem que entre os faltosos haja apoiantes do líder do grupo.


Paulo Fontes também responde ao 'Fénix'

Paulo Fontes, por exemplo, decidiu não comparecer no tribunal como testemunha e continua convicto de que actuou como devia. Relativamente à nossa referência na peça de ontem acusando Fontes, ex-secretário regional das Finanças e actual vice da ALM, de nunca se ter assumido na carreira política, nem sequer agora em mais esta oportunidade, responde-nos que nunca aceitaria testemunhar num caso partidário interno, privado. Mais argumenta que a situação não era merecedora de tribunal, de modo nenhum. Ainda mais: mandava um pouco de cortesia perguntar aos deputados se estavam dispostos a testemunhar, em vez de estes serem surpreendidos com intimações do tribunal.

O conflito Miguel-Jaime está longe do fim. Pressente-se muita mobília partida no antigo partido de voz única e pensamento nulo.


3 comentários:

Anónimo disse...

Estes gajos do c................devem ser todos aniquilados

Anónimo disse...

Claro que esta história de porem a nu os podres, não interessa a ninguém do partido, muito menos a estes dois. No entanto, acho que com o decorrer da novela, ainda se vai vir a descobrir alguns podres. Aguardemos.

Anónimo disse...

e já agora, onde andam as contas do partido? São apresentadas anualmente' Quem as aprova? Para onde vai o famigerado jackpot? Os militantes e os contribuintes da Madeira que pagam o Jackpot têm direito a saber. Tudo cá para fora. Auditoria já...