JARDIM TEM 1200 NOVOS MILITANTES
PARA TRAMAR ALBUQUERQUE
Chefe laranja encarregou Manuel António de angariar militantes de confiança. Há uns meses, o recrutamento já passava do milhar. A ideia era arranjar base para o secretário do Ambiente avançar. Pois, mas... alguém acredita que Jardim desperdice mil e muitos votos noutro qualquer, em vez de se perpetuar na liderança do PPD e nas Angústias?
Ainda está para nascer
o delfim do chefe
Quanto mais Jardim vai perdendo crédito junto da população madeirense, mais os barões do PPD lhe percebem vontade de continuar na política activa. E têm razão, mesmo desconhecendo esta realidade que vamos apresentar agora: o chefe das Angústias dispõe de um coelho para surpreender a plateia no auge do espectáculo, ou seja, nas eleições internas de Dezembro do próximo ano.
Atalhemos.
Depois da lição nas eleições internas de 2012, em que ficou reduzido a 'Meio Chefe' do partido, cedendo a outra metade a Miguel Albuquerque, Jardim lançou uma campanha silenciosa de angariação de militantes. Gente de confiança que, com uma contrapartida ou outra, garanta o 'voto certo' na eleição de 2014. Originalmente, era suposto os novos filiados votarem Manuel António Correia nas próximas 'internas', já que o chefe mandara o secretário do Ambiente avançar com a sua candidatura.
Continuemos no atalho.
Como em tempos dissemos aqui, Manuel António percorreu caminhos e departamentos do governo e afins, assessorado por gente da sua confiança, em busca de novos militantes-eleitores. E não é que, em relativamente pouco tempo, havia mais de mil novas propostas para filiados no PPD?
Havia. Para sermos quase exactos, há cerca de 6 meses chegavam a 1200 os novos militantes. Que foram devidamente admitidos na Rua dos Netos.
Temos a certeza absoluta disso. Não vale a pena contrariar.
É lógico pensar que, desde então, haverá novo pacote de presumíveis votantes anti-Albuquerque prestes a receber o cartão de militante. Porque é disso que se trata: meter gente no partido para votar contra Miguel Albuquerque.
Ora, se já existem 1200 potenciais votantes 'não Albuquerque', Miguel Albuquerque agora precisará de 1200 mais um cento para bater o eterno chefe.
As contas são lineares.
Perante esta situação descaradamente favorável à situação vigente, alguém acha que Jardim vai dizer a Manuel António: pronto, meu caro, aí está a papinha toda feita, trate de...
Isso!
Jardim há-de engonhar a questão, como já fez esta terça-feira, aliás, na sequência da entrevista de Miguel de Sousa ao 'i'. Começou logo por negar Manuel António, como Pedro fez antes de o galo cantar 3 vezes.
Apoiar quem?, perguntou ele, para se repetir: O PSD não é uma monarquia.
Desculpem-nos o nosso Amigo Miguel de Sousa, o nosso Amigo João, o nosso desconfiado Amigo Manel. Mas velho Alberto continua por aí preparado para as curvas. Se não me levarem a mal, direi que, com 'Meio Chefe', os nossos Amigos vêm 'de carrinho'.
E relembrar o que nos vilipendiaram estes referidos Amigos quando, há 20 anos, escrevíamos que eles, os delfins, teriam netos e Jardim mandaria ainda na tabanca!
Lembram-se? Não há delfins avós, hoje?
Não precisamos de pré-relatar os próximos episódios. Nem a ponta final do processo. Jardim a dizer aos 'sucessores', em 2014: Já viram? O das revistas de cabeleireiro não desiste. Depois, aqui o Manuel António obviamente que é o meu candidato. Mas o Miguel de Sousa foi o primeiro, em 1989, e é o que percebe mais disto. Mas o João, e com todas as razões do seu lado, entende que tem direito a subir a presidente. Se damos início a uma corrida entre vocês, o PSD parte-se o resto e lá vêm o Blandy e a maçonaria tomar conta disto. Portanto, vejo-me obrigado a fazer mais um sacrifício pela Madeira e candidatar-me para os últimos 4 anos...
Senhores. 'Printem' isto que fica aqui escrito e releiam em Dezembro de 2014.
Fica uma pergunta intrigante: como é que Miguel Albuquerque não se lembrou de também inscrever gente no PPD, potenciais militantes que lhe dêem o voto para o ano? Sim, possivelmente a máquina do partido chumbaria os nomes, a pretexto de serem 'comunas infiltrados'. Mas Miguel poderia utilizar essa 'perseguição' a seu favor, denunciando-a.
As vitórias na política não caem do céu.
Jardim é quem mais sabe disto. Daí termos de reconhecer que o homem 'dá baile' na concorrência toda. É verdade que já 'gramamos' este regime desde 1926. Mas não podemos agredir a verdade. Falamos com sinceridade, não para cavar mais as divisões naquela gaiola das malucas.
Acabamos como começámos: Jardim tem 1200 novos votos para o combate com Albuquerque, em Dezembro de 2014. E agora?
Agora, só se os novos militantes fizerem como os antigos, que é votarem na mudança chamada Miguel Albuquerque. Também não é impossível.