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terça-feira, 30 de julho de 2013

IMPRENSA


UM PEDIDO AO EX-JM

Não somos de dar maçadas a quem trabalha nos jornais. Mas desta vez precisamos de fazer um pedido - o primeiro e esperemos que último - aos comissários que se substituíram aos jornalistas na orientação, condução e edição do ex-JM.
Sim, a nossa diligência relaciona-se com a edição desta terça-feira do jornal, mas não com aquilo que estarão a pensar os representantes da facção do PPD instalada no comando redactorial. Certamente, julgam que nos referimos ao título seguinte:



Mas não, senhores. Isso de dizer 40 mil ou 100 mil é o mesmo. Ainda esta manhã, ouvimos dizer na rua: "Quais 40 mil! Não estiveram lá em cima 20 mil!"
Tudo normal, é política. Jaime Ramos começou a contar os frequentadores da festa, há anos, nesta precisa base. Ele falou então em 30 mil para os adversários dizerem que não estavam lá 20 mil... quando, na verdade, não chegavam a 15 mil. 
É como nas negociações de mercadores. 
Desta vez, ele falou em 40 mil precisamente para fazer acreditar que ao menos 20 mil foram à serra ouvir as 7 saias e o pimba.
A verdade, claro, é que o povo que foi lá acima não dava para encher o Estádio dos Barreiros novo: 8 mil.
Não vamos inventar. Vimos com estes olhos, no Funchal, domingo. Camionetas a secar mais de meia hora, pelo menos, à espera de encher para arrancar. 
Outro dado real: um merceeiro do PPD-Ponta do Sol que nos outros anos vendia sempre bilhetes para duas camionetas, desta vez vendeu... 6 bilhetes.
Percebemos, pois, a necessidade que a máquina laranja sentiu, espicaçada pelo birrento Jardim, de vir para o jornal, dois dias depois, garantir que foram à festa 40 mil pessoas... as quais se posicionaram "à volta de Jardim". Não confundiremos com Miguel Albuquerque, pronto.
Percebemos também a obrigação de meter na última página a publicidade redigida, logo não assinada, a insistir nisto:





      Conto-vos uma história verdadeira, para descontrair.
Um dia, Alexandre Rodrigues, o Leão do Marítimo, contava como viu o regresso da equipa principal do seu clube após a triunfal digressão por África em 1950, de que há fotos mostrando a multidão impressionante que encheu toda a baixa do Funchal para vitoriar os 'Maravilhas'.
Um dos presentes na conversa evocativa quis precisar melhor a cena.
- Sr. Alexandre, quantas pessoas podiam estar nessa recepção ao Marítimo?
- Quantas quê?
- Quantas pessoas estavam nesse dia na cidade a receber o Marítimo?
- Para 90 faltavam 4 - respondeu calmamente Alexandre, mudando o tom para um grito - Sei lá quantas pessoas estavam?!

Podem dizer, pois, que subiram à serra 40 mil ou 80 mil. E que o homem tomou 'banho de multidão', de espuma de sabão e espuma de cerveja.
Iludam-se à vontade e depois torçam as orelhas a 29 de Setembro. É convosco, porque a nossa preocupação nessa altura estará centrada no Marítimo, então já na força de um campeonato que se afigura difícil.
O que nos traz aqui, abreviemos, é o tal pedido: lembrem-se de que pode haver cardíacos entre quantos lêem o JM. 
Nós folheamos as edições e só paramos para ler, do princípio ao fim, as deliciosas crónicas de Graça Alves, uma escrita superior que mais em evidência põe as sessões de pontapés na Gramática dos escritos do...
Adiante.
Ainda hoje, apanhámos um susto com esta manchete:




Não era para assustar mesmo? O que é que uma pessoa ia pensar, automaticamente?
- Lá vão eles vender as duas dachas no Porto Santo e, quem sabe, a Quinta das Angústias, a Junta Geral e o Edifício do ex-Equipamento Social!
Ora, nós falamos e dizemos mal de tudo, mas quando chega a hora da verdade é que aprendemos. Sua excelência já tem as malas prontas para uns uísques no 'Lobo Marinho' e um mês de cervejola no Bar do Henrique e no posto avançado da democracia. Ou seja, garante-nos mais um mês no emprego de escrevermos aqui sobre tudo o que é negativo. Sem as casas à borla, nunca mais ele põe os pés na pequena ilha, forreta como é.
E então as Angústias, cuidado com isso. Vendam o património da Região, arranjem o dinheiro que puderem para alimentar as retroescavadoras. Mas não se desfaçam dos centros de dia onde 'Meio Chefe' congemina as diabruras que nos dispõem bem e incitam a dar o litro.
Era isto. 

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