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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

GREVE NA TAP


OBRIGAM UMA PESSOA 
A SER REACCIONÁRIA!



A greve é um direito inalienável dos trabalhadores. Mas há um direito que se sobrepõe a esse: o direito geral, de uma comunidade inteira. No caso da TAP, será razoável que os direitos de um sector laboral prejudique milhares de famílias e também a economia em geral, atingindo uma infinidade de portugueses e até de estrangeiros?
O senso comum ordena que os direitos de uns acabam quando começam a violar os direitos dos outros. 
Obviamente que os sindicatos escolhem datas e circunstâncias que ajudem a pressionar o patronato e o Estado. Mas, quando há exagero, pode ser contraproducente. É o caso. O povo percebe que uma greve nos transportes aéreos, para ser eficaz, não precisa de 'chatear' milhares de portugueses ávidos da reunião familiar pelo Natal.
Há também o caso das ilhas, designadamente a Madeira, onde o turismo de Natal e fim-de-ano constitui uma parcela importantíssima nas receitas regionais, públicas e privadas, com perigosas repercussões no bem-estar e no emprego de tanta gente.
Os portugueses já perceberam isto tudo. Se os trabalhadores e os sindicatos não querem ter o povo contra si, reflictam e recuem. 
Nunca pensámos investir contra uma greve, única arma de defesa dos trabalhadores quando lhes negam direitos. Mas esta da TAP, na altura em que é, só serve para dar o flanco aos patrões ávidos por manipular situações do género. Se dizer isto é ser reaccionário...

3 comentários:

Anónimo disse...



REQUISIÇÃO CIVIL NA TAP E O ACIDENTE NA MADEIRA, EM 1977


Neste artigo do 'Público' é referido que Mário Soares decretou a Requisição Civil na TAP, pela primeira vez, e durante quinze dias, em 1977…


Pois é…

Só não dizem que a mesma decorria quando se deu o acidente com o Boeing 727-200, CS-TBR, 'Sacadura Cabral', que provocou 132 mortos, ao aterrar no Aeroporto da Madeira:

Os pilotos trabalhavam há 12 horas consecutivas e, se se tivessem recusado a prosseguir, teriam sido presos por desobediência à dita Requisição Civil!

Outros factores existiram na causa do acidente mas este foi o início da cadeia de acontecimentos que levaram ao desastre.

Não acrescento mais comentários a quem defende esta 'ferramenta repressiva' em Aviação.

Bons e tranquilos voos a todos.













À terceira requisição civil na TAP, o que podem esperar os passageiros?


Governo anunciou nesta quinta-feira que vai recorrer à medida para minimizar efeitos da greve, mas a eficácia não é garantida.


publico.pt
Luís Oliveira

Anónimo disse...

Tem razão Calisto. Este texto é reaccionário como o raio. Irra!

Anónimo disse...

Em princípio, uma requisição civil só deve acontecer quando, uma greve "já está a decorrer" e, quando "não são cumpridos os serviços mínimos". Como é que se pode fazer uma requisição civil já, se a greve ainda não se iniciou? Alguém que me explique!