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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

2.ª Volta ao Laranjal


ABRIL EM DEZEMBRO
















Miguel Albuquerque ou Manuel António Correia: um deles ganha hoje o direito à liderança do PPD-Madeira. O que significa, essa é que é essa, que o jardinismo mergulha em agonia terminal para sucumbir de uma vez por todas no arrancar do congresso de 10 e 11 de Janeiro.
Agora, pelas 4 da tarde, abrem as urnas que até às 9 da noite estarão à disposição dos cerca de 7 mil filiados social-democratas.

Ao fim da manhã, Manuel António conversava na Av. Arriaga com o seu colaborador Bruno Pereira e com uma figura da área socialista, David Caldeira. Adivinha-se do que se falava. 


Manuel António Correia, que conseguiu chegar à 2.ª volta graças aos quase 30% de votos alcançados dia 19, passou a manhã na Secretaria do Ambiente, de que ainda é titular. Mas não se esquivou às conversas sobre o importante dia que se vive, ali mesmo, na Placa Central da Avenida Arriaga. O candidato não estava eufórico, mas também não se deixou dominar pela ansiedade em face do que está para acontecer nestas 5 horas de votação. Reagia naturalmente muito bem quando os populares faziam questão de se aproximar para lhe desejar felicidades. Mas a esta hora já nada depende dos candidatos.

Miguel Albuquerque passou a manhã de hoje a atender chamadas de cá e de fora - depois dos intensos contactos com simpatizantes nas últimas horas.

Já Miguel Albuquerque esteve até há pouco sem espaço para se movimentar, agarrado que ficou ao telefone em função da autêntica avalancha de chamadas recebidas tanto da Madeira como do exterior. Tudo relacionado com o grande dia que se vive na Região. Quanto ao seu estado de espírito... Pois, não prevê novidade relativamente ao sucedido na primeira volta.

Como se habituar à democracia

Esta eleição no PSD-Madeira transborda das paredes do partido em direcção à sociedade madeirense em geral.
Miguel Albuquerque é considerado um democrata que cultiva o diálogo.
Manuel António Correia, no debate televisivo de sábado, disse do seu desejo de que a posse do governo que sair das regionais antecipadas ocorra no dia 25 de Abril. Um sinal de que o painel de candidatos social-democratas nesta segunda volta tem os olhos postos na implantação de uma democracia plena cá na Região.
Não sabemos como será esta desacostumada Madeira numa democracia normal:
- onde o diálogo não seja praticado na forma do insulto
- onde o cidadão não viva agachado com receio de ser achincalhado na praça
- onde os jornalistas possam trabalhar sem receio de serem expulsos da Região
- onde se entenda o relacionamento com o Estado de forma firme e sem o menor sinal de subserviência, por causa das tentações incuráveis do centralismo de Lisboa, porém num plano civilizado que enfim institucionalize a troca biunívoca de interesses constitucionalmente estipulados
- onde não se vejam plasmados diariamente na imprensa ultrajes à inteligência da população
- onde não se criem facções para as atirar umas contra as outras, no objectivo macabro de dividir para reinar
- onde as pessoas possam concordar ou discordar, pensar e exprimir-se frontalmente sem receio de purgas e de extermínios políticos ou laborais
- onde ao novo parlamento a eleger sejam disponibilizadas as condições regimentais e intelectuais para um funcionamento que não seja nem pior nem melhor do que nos outros pontos do Globo

Oposição: fim das férias

Desconhecemos como será viver na democracia normal que o povo há um par de anos decidiu instaurar - farto da canga de uma ditadura ao estilo coreano que não largou a Madeira nestes 30 anos.
Mas será salutar, certamente. 
Depois deste espaço de tempo a ver o que se passava no partido maioritário, a oposição terá de voltar ao trabalho. Com algum tempo para se habituar ao convívio democrático sonegado pelo soberano da Tabanca, hoje politicamente moribundo. Exigindo que o adversário que lhes aparecer do lado laranja cumpra os propósitos democráticos e de mudança expostos durante a campanha interna.
O futuro dos madeirenses não se afigura fácil. Basta ver a crise que não isenta nenhuma parte do Planeta. E juntar-lhe a desgraça financeira feita de buracos em que o regime tribal do jardineirismo deixa a Região. 
Mas se, ao menos, o grito de liberdade for tão forte que se faça ouvir nas Desertas e nas Selvagens, e dado que um qualquer 'jardinismo sem Jardim' é impossível, então, por mais sacrifícios que o futuro imponha ao povo, a Madeira terá renascido das próprias cinzas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Amem.

Anónimo disse...

Vossa Excelência olha para a lista de cada um dos candidatos e vê lá um exército de gente que tem um Modus Faciendi em tudo semelhante ao do seu querido ódio de estimação,AJJ.
Portanto, a questão agora é tão-somente sabermos de qual da porção da farinha mofenta vai ser tirada do saco: se da parte de cima, com menos forte, se da de lá do fundo, que tresanda.
Como vê, não adianta animar o seu auditório com falsas esperanças.
O Ser Humano é igual em toda a parte do Mundo: venha a nós o nosso reino!
Eu, por mim, vou mas é tomar hoje uma piela - sempre faço algo de útil!...

Anónimo disse...

Este artigo alega que não houve uma verdadeira democracia na RAM nestes últimos 30 anos.
Não parece ser da mesma pessoa que há cerca de uma semana disse que JCS: "Não se livrou da cruz que é a acusação de 'antipático' e 'mau feitio' que se impregnou na praça. Insinuações muito injustas e falsas, testemunhamos nós sem a menor hesitação."
Achei este comentário estranho pois fiquei com a sensação que alguns artigos e vários cometários aos artigos neste blog alegavam que foi exercida coação nestas eleições para votar em JCS...
então quem é que esteve a minar a democracia na RAM? Foi AJJ sozinho?