QUEM MUITO SE ABAIXA...
Os concidadãos que enveredam pela carreira política, admitindo-a como sinónimo de responsabilização enquanto serviço à causa pública, no caso a defesa intransigente dos interesses da Região, deviam passar por um curso de História específico sobre as passas do Algarve que os nossos antepassados passaram debaixo dos pés do centralismo.
Atalhando caminho, falamos de mais uma incursão de Miguel Albuquerque aos meandros do poder central.
Albuquerque, começou por uma espécie de beija-mão em Lisboa aos pés de Passos Coelho, que nem sequer é superior hierárquico do líder do PSD-M. Percebeu-se que se tratava de um gesto de boa vontade. A nova vaga laranja insular a cumprir a promessa de acabar com o diálogo aos berros entre Funchal e Lisboa. Mas a jornada não acabou da melhor maneira, já que Albuquerque não apresentou nada de concreto sobre o que pode ser mudado nas relações intra-partidárias com interesse para a Madeira. E, pior, afirmou à comunicação social que gostaria de ver Passos Coelho na campanha eleitoral que se avizinha.
Qual não é o nosso espanto quando vemos o líder regional eleito por maioria categórica voltar aos veludos da capital do reino para ser recebido... pelo líder parlamentar do PSD em São Bento!
Então um candidato a presidente do governo de uma Região Autónoma põe-se na bicha para ser recebido por um chefe parlamentar, com todo o respeito que possamos ter por Luís Montenegro?!
Se Albuquerque pretendia uma aproximação àquele quadro social-democrata nacional, convidava-o a vir a uma noitada no bar do Teatro ou algo parecido. Um ambiente desse até permitiria uma aproximação mais sincera.
Depois, o líder laranja regional declarou, citado pela Lusa, que não falou da questão disciplinar dos deputados da Madeira, nem de nada de concreto que interessasse nem que fosse a Freixo de Espada à Cinta. Então falaram de quê? De jazz?
Ainda por cima, Albuquerque fez-se acompanhar pelos 3 profissionais de São Bento eleitos pela Madeira desde o tempo em que os animais falavam. O que, também com todo o respeito por Guilherme, Jesus e Velosa, não abona nada em favor da ideia de renovação que Albuquerque tenta passar. O quadro visto pelas imagens publicadas tem uma carga passadista, como não podia deixar de ser.
É bem possível que Passos Coelho, no tal primeiro encontro, tenha feito algumas promessas concretas que Miguel Albuquerque não possa queimar já - porque precisa de novidades em números para o calor da campanha. Mas não acreditamos muito. Passos a prometer ajudas à Madeira numa altura em que ele próprio estará em pré-campanha para as legislativas nacionais? Hum...
Miguel Albuquerque, estudioso e cidadão do mundo, sabe o que são os centros grandes no tratamento com os mais pequenos. Pequeno que não grite, grande não escuta. Coisas inerentes à espécie humana. E conhece tal fenómeno tratando-se da Madeira. Seu avô capitão Ernesto Machado sofreu na carne o heroísmo de ter andado na vanguarda da Revolta de 1931, desencadeada para fazer frente ao fascismo salazarista que então despontava, mas com um segundo objectivo bem patente na altura, a Autonomia política e financeira da Madeira.
Albuquerque deve rever a História. Evocar o que os nossos antepassados sofreram para conseguir do erário português uns míseros contos de reis destinados à abertura de um beco - aliás uma partícula dos milhares e milhares que a Madeira mandava para lá.
É verdade que estamos mais do que fartos do ruído que o seu antecessor no Laranjal andou a fazer, unilateralmente, com má-criações diárias dedicadas a Lisboa. Queremos esse hábito morto e bem enterrado. Os madeirenses são um povo sociável e orgulhosos da Bandeira verde-encarnada. Mas é perigosíssimo enveredar pela prática contrária, pela subserviência. Quando dermos por nós, os tipos voltarão aí com aqueles 'pás' sonoros a dar ordens e a deixar-nos ainda mais na penúria.
Meio termo é o normal entre gente civilizada. Discutir os assuntos olhos nos olhos. Se temos direito, não pensem que nos tramam. Porque é só isso que queremos: o que é nosso. Paternalismo não, obrigado.
Ah, Luís Montenegro também se prontificou a cá vir ajudar os madeirenses a perceberam como é vantajoso votar no PSD.
Isso é que é sorte, Victor, Zé Manel, Baltazar, Élvio, Almada e por aí fora. Vão sobrar votos para todos.
16 comentários:
Esses traidores agora andam a lamber
botas ?!! esse do cab é muito pior que o mordomo,simplesmente Revolucionário .
Mas que raio de artigo é este? Não foi um encontro partidário? E não há assuntos pendentes na AR de extrema importância para a RAM que é preciso serem apadrinhados pelo PSD na AR? O homem por acaso já é presidente do GR para se encontrar só com conselheiros de estado para cima? Ou isto virou um bota abaixo em tudo o que o Albuquerque faça? É que parece.
Finalmente sr. Calisto voce percebeu que estes tipos de cá são uns sabujos. Mas o que voce não disse na sua cronica por esquecimento - natural - foi o seguinte: Montenegro, Albuquerque, Adolfo e Sergio Marques fazem todos parte da mesma loja da Maçonaria ali para as bandas da linha Lisboa-Cascais e há uns anos valentes. Não sabia? Nem eu. Fiquei com as trombas pegadas ao chão quando me provaram. Por isso este lambebotismo é natural: é tudo "mafia" da mesma quadrilha!
E tudo fenece.....
"Miguel Albuquerque, estudioso e cidadão do mundo"?! A sério?
Caro Comentador das 14.25
Acha o artigo uma crítica destrutiva para Miguel Albuquerque?
O artigo é um elogio ao Miguel Albuquerque. Porque dizer isto dele é muito bom, porque no máximo que se podia dizer é que ele foi entregar a chave da Madeira. Veio o Passos buscar e o Marco António ficou cá para garantir que o Passo ficava com a chave.
Depois o Albuquerque foi a Lisboa dizer que havia mais um chaveiro e levar uns bolos de mel, tipo mesmo coisa de provinciano, ou como ele gosta: "de vilhão". Seguidamente, foi ao embaixador da Alemanha dizer que tinha umas broas de mel e dizer que a Madeira fará tudo o que a Sra. Merkel disser.
E agora ele foi à Loja Maçonica e aproveitou para dar um abraço ao "irmão" (o modo como se tratam os maçons).
Isto sim, seria dizer a verdade.
Quanto a ideias e propostas para a Madeira, verifica-se que o Miguel não tem.
Guarde esta frase: se o Miguel ganhar, vai colocar os madeirenses a água. Nem pão vamos ter!
Cuidado muito cuidado com a maçonaria já parecem o Alberto João Jardim.. e o Calisto parece o Jornal da Madeira que ridículo!
O Calisto tenta ser imparcial.....mas não consegue. Força Miguel, estamos contigo.
Caros Senhores se o PS de gente incompetente como o Vitinho o Coelho e a Coelhinha ganhar a Madeira torna-se o maior deserto que mundo já viu. Vai-te Satanás!
Calisto, tenha calma que o Miguel Albuquerque ainda não ganhou as eleições... Deixe de ouvir pessoas ressabiadas e com ambições desmedidas, não dê crédito a bilhardices e mantenha uma postura mais neutra e de acordo com os seus muitos anos de jornalista. Se não o conhecesse bem, diria que anda a fazer o jogo do Freitas de Santana...
Esta é uma notícia que merece um comentário da minha: durante 6 anos fui estudante em Lisboa, e, por volta do ano 2000 li uma afirmação numa revista de um sr. Madeirense que dizia: se for preciso vou a lisboa e dou coices. Na altura fui confrontado pelos meus colegas sobre esta afirmação e senti-me pior que estragado, quase que sem orgulho de ser madeirense, até os Açorianos gozaram comigo por uma coisa que eu não disse. Portanto, muito bem Sr. Albuquerque tem todo o meu apoio e procurar boas relações com o exterior, se precisar de alguma coisa da minha parte é só dizer.
Quanto ao resto da notícia, não vou comentar porque não vai de encontro ao que eu vi na TV sobre o congresso do PSD. Lembro-me dos discursos do Passos coelho e do seu vice, este segundo até afirmou que os Madeirenses não são portugueses de segunda e comprometeu-se a estudar a situação dos transportes aéreos. Tenho a certeza de que se o Albuquerque for governo haverá novidades nestas matérias.
Calisto! aperte com o peixe sapo do PS
Eu ca acho piada. Queriam que o Albuquerque reunisse com quem? Com os parlamentares que ele vai lá por em outubro. Tem de haver uma nova dialéctica política e Albuquerque tem sido exímio. Respeitar as instituições e os seus agentes e deixar os processos . As caras novas lá chegaram
Miguel Albuquerque esteve muito bem, foi muito educado, respeitou toda a gente e não ofendeu ninguém. Eu sei que os costumes brejeiros das últimas décadas ainda governam esta ilha mas não podemos criticar Albuquerque por ser diferente e melhor. Não podemos viver agarrados aos traumas colonialistas do passado, temos que viver uma autonomia que respeita e é respeitada. Acredito que com Miguel Albuquerque como Presidente seremos mais respeitados e considerados pelo nosso país, mantendo sempre a nossa identidade.
Lembro-me de, noutros tempos, visitar este blog e ver imensos comentarios a criticar o Alberto João Jardim por não ter boas relações com os "Cubanos". Agora que temos alguém que reune com os ditos "Cubanos" e essa reunião não acaba aos berros e com insultos, continuo a ver imensas críticas, provávelmente até das mesmas pessoas que antes criticavam.
Independentemente do que seja feito ou dito haverá sempre críticas,se assim não fosse não estaríamos na Madeira.
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