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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Carnaval, Carnaval



RTP VÊ CARAS DE SOPEIRAS
NAS APRESENTADORAS MADEIRENSES


(Foto JM)

Já puxámos um bocado pela cabeça, mas não conseguimos especificar o que é uma cara de sopeira. Não destrinçamos uma cara de sopeira de uma cara de médica, de uma cara de enfermeira, de uma cara de engenheira ou de uma cara de telefonista. Mas os crânios da RTP-Madeira sabem ver as diferenças.
Uma das razões de a televisão pública passar por cima dos apresentadores e apresentadoras regionais mandando Malatos e companhia de Lisboa para cá é esta: alguém diz aos cavalheiros da Levada do Cavalo que aquela apresentadora tem cara de sopeira e a visada tem a folha feita, não vai mais ao écran. Se alguém disser que fulano tal é velho, idem aspas. Lá vem mais um apresentador da espertalhona capital fazer o trabalho, ganhar promoção e aumentar a conta bancária.
Ou seja, por este andar, é proibido aparecer gente nova. Para os crânios de lá de cima, Malatos e quejandos é que dão shares agradáveis e, então, adeus apresentadores da província.
Neste carnaval, as redes sociais manifestaram-se contra mais Carlos Malato na transmissão televisiva - Malato que, de resto, nenhuma culpa tem destas políticas de produção/apresentação. A chefatura da Levada do Cavalo não gostou dessas manifestações e esbracejou perante as críticas. Explicando que o centro regional tem de se submeter às regras da empresa RTP. A chefatura até dá graças pela autonomia que lhe deixam no prato... 
Ora, já aconteceu naquela casa os senhores que dizem 'pá' fazerem a mesma exigência, ou seja, só haveria transmissão de projecção nacional se viessem apresentadores metropolitanos a este lado. Só que ouviram da parte de cá o seguinte: então tragam apresentadores mas o resto da equipa toda também, porque aqui vamos fazer transmissão para cá e acabou-se.
Remédio santo.
Este carnaval ficou marcado também pela decisão de a RTP não transmitir em directo na terça-feira o popular 'Trapalhão'. Pelos vistos porque esse cortejo está a perder gás. 
Mais uma razão para fazer tudo por ele, inclusivamente continuando com honras do directo. 
Torna-se moda: depois de 40 anos a 'bojardar' os alfacinhas à toa e gratuitamente, agora vai-se para o outro extremo, estendendo tapete vermelho para os malandrecos brilharem. 
Só que o tempo dos pés centralistas em cima da viloada não voltará. Por muitas graças que alguns de cá dêem perante umas migalhas autonómicas, convém os biltres espertalhões certificarem-se cuidadosamente se de facto já chegaram à Madeira.

6 comentários:

Anónimo disse...

Caro Calisto, será que o centro regional também acomodou-se a uma espécie de "frete" chamado interesse público, recebendo ordens de Lisboa e justificando-se por isso mesmo? Que as chefias, mais interessadas em agradar ao poder político e interesses económicos instalados, somente façam o "suficiente"?
Chega a ser doloroso assistir ao telejornal. Erros gramaticais nos rodapés e caixas de texto, peças trocadas, a falta de profissionalismo de alguns em frente às câmaras, falta de meios.

Anónimo disse...

Finalmente a RTP Madeira presta um serviço publico. Já Há muito tempo o cortejo trabalhão é um hino ao mau gosto e à falta de criatividade.

Anónimo disse...

O Cortejo Trapalhão tem de ter alguma intervenção no sentido de valorizá-lo. Vejam os cortejos trapalhões das cidades da Alemanha com Bandas de Música como os Guerrilhas e outros semelhantes, bem como classes de ginástica rítmica, danças de salão, etc, revivendo alguma tradição dos anos 30 e 40, e com alguns grupos introduzidos para darem mais brilho e puxarem pelos restantes de iniciativa popular. Tudo terminaria num baile popular no Jardim Municipal.
Os prêmios também têm de ser mais interessantes. O Trapalhão , por ser popular, não pode ficar ao abandono , pois até se correrá o risco de um dia ninguém aparecer. Nos concelhos rurais também há trapalhões mas com apoio das Câmaras, Juntas de freguesias e Casas do Povo. A RTP poderá ter um papel ao incentivá-lo e transmiti-lo. A nossa TV não é apenas para Política e Debates. As televisões têm um alto poder de influência também na cultura popular e nas Tradições .

Anónimo disse...

Esperar coluna(s) vertebrais de quem foi nomeado(s) por alguém (Alberto da Ponte)que foi vergonhosamente saneado politicamente por um Maduro,e não se demitiu também o que é que estão à espera...Que um vá vender cimento de obras que não já não existem e outro acabe em "ardina"quando o que está a dar é "on line"...
Vão acabar como condutores,realizadores,chefes de economato,apresentadores,limpeza,segurança,desde que fiquem...Quem não tem para onde ir....

Anónimo disse...

Apesar da qualidade do trapalhão ser uma trapalhada, à semelhança da tutela, a RTP-M volta a dar argumentos a todos os que, como eu, acham que a solução é fechar as portas.
Podiam começar por privatizar com urgência o Canal 1...

Anónimo disse...

O meu filho de 6 anos perguntou-me "pai, Putas é uma asneira grande, não é?" enquanto passeávamos na avenida do mar. Só percebi o porquê da questão quando olhei para o lado e vi um carro com o civilizado cartaz "putas e vinho verde". Que boçalidade! E as próprias graçolas que saiam dos altifalantes eram de uma brejeirice insuportável. Ainda não perceberam que o Jardinismo acabou? Vamos continuar a mal-criação dos costume? Ainda bem que o Albuquerque e o Sérgio Marques são bem educados.