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sexta-feira, 14 de julho de 2017


O TERREIRO FECHO 
DEPOIS DAS TOSQUIAS


 No Domingo, 25 de Junho, no lugar do Terreiro Fecho na serra de São Roque, ocorreu um evento a que chamaram "festa das tosquias".


A conviver com os auto intitulados pastores estiveram alguns políticos, entre os quais o presidente da câmara do Funchal, Dr. Paulo Cafofo, e os deputados do CDS-PP, Dr. Ricardo Vieira e Senhor José Manuel Rodrigues, irmanados no objetivo de ressuscitar o pastoreio nas terras altas do Funchal.
Para os políticos, os pastorinhos e as ovelhas chegarem com mais facilidade à área onde se localizam os currais, na semana anterior, um máquina rasgou uma nova estrada, levando pela frente loureiros e cedros da Madeira já grandinhos, ficando outros em mau estado devido ao dente dos animais esfomeados, como se pode ver numa das fotografias com que ilustro esta nota de indignação.
A outra fotografia mostra o estado da estrada de terra, um mês após a abertura, e que nas próximas chuvadas se transformará num córrego.
Perante estas imagens, que poderão ser comprovadas no terreno, publicamente coloco as seguintes questões:
- O Instituto das Florestas e da Conservação da Natureza licenciou a abertura da estrada / linha de erosão?
- Em caso afirmativo, que fundamentação científica justificou a decisão?
- Quem executou a obra e quem a fiscalizou?
- O presidente da câmara do Funchal concorda que as serras, onde nascem as aluviões, sejam rasgadas desta maneira?
- Intervenções como a retratada no Terreiro Fecho fazem parte do pastoreio ordenado defendido pelos políticos que estiveram na festa?
Com ou sem respostas, reafirmo que "mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo"...
14.07.2017 

Raimundo Quintal

21 comentários:

Anónimo disse...

Notícia recente.
O Dr. Ricardo Araújo foi demitido por Cafofo de director do Museu de História Natural. Para o seu lugar entra um agrónomo amigo dos cabreiros que querem o gado de volta à serra. Deve perceber do assunto, quanto Iglesias percebe de administração pública.
Que motivos levaram à saída do presidente da delegação da Ordem dos Biólogos do lugar que ocupava. Já anteriormente, também Manuel Biscoito fora afastado.
Aguardemos o que o Zé Chico tem a dizer sobre o assunto, para ficarmos a saber a versão cafofiana.
A verdade, saberemos mais tarde.

Anónimo disse...

Não sou pastor nem simpatizante das tosquias. Mas então abrir caminhos na serra e mantê-los abertos, mesmo em terra batida, não facilita o combate aos incêndios? Uma ou outra planta afetada pela abertura do caminho nem me parece muito significativo se compararmos com centenas ou milhares de plantas endémicas que ardem sempre que há incêndios. E nos últimos anos tem sido uma catástrofe. Por mim devia era haver muito mais estradas e caminhos na serra. Abertos e acessíveis para todos permanentemente, cá sem cancelas e cadeados, se possível devidamente pavimentados para que não sejam só os jipes os afortunados a circular nelas. É que as pessoas não são gado. Que retirem o gado das serras tudo bem. Agora as pessoas têm mais é que ser incentivadas a irem para a serra, para a natureza. A natureza existe é para as pessoas a fruírem. Mais pessoas na serra significa que há mais vigilância, se as pessoas aprenderem a gostar de andar pela serra, vão aprender a valorizá-la e vão cuidar dela como uma parte do seu património. Não façamos com as pessoas o que se fez com o gado. Também não acho que abrir um caminho na serra que vá já provocar um aluvião. Condições para os aluviões é quando ardem encostas inteiras e a serra fica completamente despida, isso sim!

Anónimo disse...

Três EnganaCristos à procura de Reeleição, Clientes e Ressurreição Política!

Anónimo disse...

O Prof. Raimundo Quintal ainda não percebeu que vive no meio de uns selvagens, uns matarruanos e uns brogessos, que à custa de umas borgas põem em perigo todos os habitantes do Funchal? Os eleitores do Funchal conscientes dos perigos que correm quando chove muito não deveriam dar o voto no Cafôfo, nem nos políticos que defendem o regresso do gado à serra. Os eleitores têm um momento único, a 1 de outubro de através do voto recusar o regresso do gado à serra e penalizar o Prof. Paulo Cafôfo.

Anónimo disse...

O Cafofo em matéria de ordenamento florestal que rebentar num mês aquilo que muitos levaram anos a construir , Cfofo Ricardo Vieira e José Manuel Rodrigues são os gajos dos arranjinhos .
Foi assim com a construção do Savoy e querem que seja com o pastoreio selvagem

Anónimo disse...

O drº Ricardo Vieira nem sequer respeita a posição do seu pai, Eng. rui Vieira que era contra o gado na serra à solta! O que faz andar à volta dos cabreiros ou dos cabrões?

Anónimo disse...

E o Zé Chico ainda não tem nada a dizer ?
Concerteza está a ouvir jazz. A explicação virá mais tarde.

Anónimo disse...

Se visitarem as serras de Santo António podem ver algumas manchas de árvores a surgir, se tivesse gado, nem árvores estava lá. Cafofo tu não me enganas mais!

Anónimo disse...

Os cabreiros são uns selvagens, então o Manica é de puxar pela orelha!

Anónimo disse...

Estes três últimos comentários poderiam ter sido entregados num só, não acha Menino Comentarista das 23,19: 23,21 e 23,22h
Não sei porque retiraram aqueles alucinantes cartazes do Cafofo trabalho#zero. Eu e a minha bichana riamos muito logo que chegávamos ao Fx.

Anónimo disse...

Ao anónimo das 19:57
O Prof. Raimundo Quintal normalmente tem razão, mas também exagera muito. Os caminhos são importantes como corta-fogos e como vias de acesso ao combate, mesmo que tenham sido feito pelos fãs das tosquias. E na zona do Terreiro Fecho as árvores que estão a crescer são praticamente todas pinheiros, as outras plantas que têm sido plantadas por lá, e as árvores folhosas endémicas, têm secado todas, e essas é que eram importantes para travar incêndios. E depois ainda há o problema das invasoras. Aquilo lá está tudo dominado por giesta que produz milhões de sementes. Se ninguém fizer nada para as controlar essas sementes vão ficar vários anos na serra gerando novas giestas. A giesta e a carqueja formam uma vegetação densa que cobre encostas inteiras e no meio dela não consegue crescer mais nada, nem louros, nem cedros, nada. E esse mato da giesta e da carqueja também arde e arde bem. Mas não vejo o Prof. Raimundo Quintal falar muito dessas invasoras que estão a crescer por todo o lado. Talvez para não dar razão aos pastores. Eu cá também não defendo o regresso do gado à serra, mas tem que haver formas alternativas de controlar essas invasoras.

Anónimo disse...

Esse Manica que falaram é tanto pastor como eu Astronauta

Anónimo disse...

O anónimo das 19:57 deveria ser aplicado um imposto bem pesado pela ignorância que manifesta. Já lhe explicaram que o sol não à volta da Terra? Você parecer ignorar isso.
Não sendo este o caso, então fará parte da camarilha que nas redes sociais quer branquear a imagem dos maluquinhos eleitorais que fazem as asneiras e depois fogem. Nesse caso o castigo será ficar lá por cima o ano inteiro para avisar a tempo e horas dos incêndios e das cheias.

Anónimo disse...

Será que o anónimo das 17:07 pode fazer o favor de explicar qual a ignorância que o anónimo das 19:57 teria manifestado?

Anónimo disse...

Precisa mais? Não lhe chega a que lá está? O homem ainda acredita que sol anda à volta terra!
Leia bem aquilo que ele escreveu. Já viu que ele urbaniza - estadas e asfalto por todo lado - as zonas altas? Onde acha que aquela cabecinha pensadora coloca a necessidade de provocar a infiltração da chuva para haver água o ano inteiro?

Anónimo disse...

Anónimo das 17:07 :

Branquear os maluquinhos eleitoralistas? Eu? Logo eu que não ligo nada a campanhas que só servem para iludir o povo desinformado. Vê-se logo que não me conhece!
Não concordo com os pastores e não gosto de tosquias, isso não quer dizer que eu concorde com tudo o que diz o Raimundo Quintal! Da política o que me interessa mesmo é o trabalho que estão a fazer os políticos que estão no poder, isso sim. O Cafôfo tem sido uma desgraça para o Funchal e o Albuquerque tem sido uma desgraça para a região, mas eu nem sequer tinha comentado nada sobre eles! Nunca quis branquear nada, nem sei que camarilha é essa nem as asneiras a que se refere. E que tamanha ignorância foi essa que eu manifestei no meu comentário? Por acaso o contacto com a natureza não devia ser um direito de qualquer cidadão madeirense ou será que isso é coisa que só serve para vender aos estrangeiros?

Anónimo disse...

Anónimo das 20:27 :

Eu "urbanizo" as zonas altas? Estradas e asfalto por todo o lado? Nada disso! Não me conhece! É que é mesmo o contrário disso! O que eu acho, e o que eu quis dizer com o que o que escrevi, é que podiam e deviam haver mais caminhos na serra, para os madeirenses passarem a ter acesso a vários espaços que ainda continuam secos, abandonados e inacessíveis. Ao contrário do Raimundo Quintal não fico escandalizado por se abrir e manter um acesso para o Terreiro Fecho. Há vários locais na serra que também podiam ser aproveitados, davam parques naturais excelentes para os madeirenses usufruírem com as suas famílias. Já existem alguns bons locais para isso mas são poucos, contam-se pelos dedos das mãos (alguns têm caminho mas estão inacessíveis barrados com cancelas). Porque não haver mais? Os madeirenses podiam aceder a muitas mais áreas da serra do que as que estão neste momento disponíveis. Uma delas é essa zona do Terreiro Fecho, sim acho que podia ter um acesso digno, pavimentado, e tornar essa zona um espaço aprazível, um parque natural com uma vegetação cuidada, com árvores e floresta, coisa que não tem. E como esse há vários outros locais em que isso podia ser feito. Alguma impermeabilização que esses caminhos pudessem causar (é mínima, faça as contas do que representa um caminho em relação à área de bacia que esse caminho atravessa e vai ver que é muito pouco) seria em muito compensada pela maior capacidade de infiltração das áreas envolventes que passariam a ter uma vegetação crescente, progressivamente mais arborizadas, em vez de continuarem secas, como têm estado ao longo de décadas. Só criando alguns acessos, valorizando os espaços, investindo na sua manutenção, criando até alguma irrigação (onde isso for possível), é que se vai conseguir tornar verdes e com floresta nativa algumas zonas do sul da Madeira e também algumas das zonas mais altas da ilha. Se não se começar por valorizar certos espaços vão continuar a plantar árvores à toa por toda a serra e elas vão continuar a secar. É isso que tem acontecido. Há muitas décadas que andam a plantar árvores mas o resultado dessas plantações onde está? Já deviam haver florestas com cedros, louros, faias das ilhas, barbusanos em algumas zonas altas e do sul da ilha. Mas não há! Porque essas árvores que foram plantadas secaram. Encostas inteiras continuam por arborizar e manter essas encostas secas, desprovidas de vegetação, prejudica muito mais a infiltração do que qualquer caminho que seja aberto para levar a natureza à serra, e os madeirenses à natureza. E depois não se esqueça que um caminho aberto também pode ser um aliado muito grande para combater um eventual incêndio que, esse sim, tem o poder de retirar quase completamente o poder de infiltração de uma bacia hidrográfica.

Anónimo disse...

Lá continua a ladainha. Fazer a "lapinha" é diferente de preservar a natureza.Aquilo que propõe é fazer uma "lapinha" permanente serra adentro.

Anónimo disse...

O que se passa?
Posso responder ao comentário do último anónimo ou fico sem direito a resposta? Já enviei a minha resposta por 2 vezes e não foi publicado. Há alguma razão para isso? Não há censura no "Fenix do Atlântico" pois não? Ou foi mesmo algum tipo de censura?

Anónimo disse...

A mim não me parece que seja uma ladainha. O que ele diz tem lógica.

Anónimo disse...

Anónimo das 10:08 :

Nem ladainha, nem lapinha. Não proponho nada disso! O que proponho é o que escrevi, a valorização de alguns locais que podem dar excelentes parques naturais e a partir deles ir expandindo o coberto vegetal dessa área, com plantações de árvores nativas, programadas e monitoradas, para que essas zonas fiquem progressivamente mais arborizadas, em vez de continuarem secas, como têm estado ao longo de décadas. Isso não é nenhuma lapinha é criar condições para que uma floresta repleta com árvores autóctones venha efetivamente a ser uma realidade em algumas encostas viradas a sul e algumas zonas altas, em especial as que ficam sobre a cidade do Funchal.
Mas o que propõe o anónimo que nos brindou com essa pitoresca palavra "lapinha" afinal? Continuar a plantar milhares e milhares de plantas e árvores, pela serra fora, para continuarem a secar por mais outras tantas décadas? Quantas décadas mais é preciso sem que se perceba que não há resultados de todas essas plantações? Ninguém consegue ver onde andam todas essas árvores nativas que foram plantadas ao longo de tantos anos! Onde andam essas florestas afinal? Sabemos onde foram plantadas, mas não vemos lá as florestas! Nunca cresceram, secaram.
É isso é que é preservar a natureza, fazer plantações que não funcionam?
Manter as coisas como estão é muito grave, uma serra despida é que é uma serra sem natureza. E é essa situação que pode voltar a ser explosiva para as populações do Funchal, com aluviões, proliferação de plantas invasoras e incêndios. Acho que ninguém quer isso!