"ESTA CANALHA NÃO PODE PASSAR"
Bloco de Esquerda, contra novo "roubo" ao cidadão, exige derrube dos governos de Lisboa e do Funchal
O Bloco de Esquerda saiu hoje para contactar a população e chamar as atenções para as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros que vão "dificultar muito a vida aos portugueses".
Roberto Almada, em declarações aos jornalistas, afirmou que tais medidas vão "roubar ainda mais" o povo nos salários e nas pensões.
O líder do BE não tem dúvidas: as novas medidas hão-de aumentar impostos e promover despedimentos, o que é o mesmo que dizer que "o governo vai transformar o país num verdadeiro inferno".
"O despedimento de mais 100 mil funcionários públicos é uma machadada não só nos serviços públicos de qualidade, mas sobretudo na expectativa das famílias portuguesas e madeirenses quanto a um futuro melhor", disse o chefe bloquista.
Almada não iliba ninguém da coligação governamental: as medidas, aponta, são obra tanto do líder do PSD como do líder do PP.
Aliás, a acção de hoje constou também de um alerta virado contra os populares. Almada falou do 'demagógico' PP, que, lá e cá, "fingindo nada ter a ver com estes cortes, participou, colaborou e assinou esta verdadeira desgraça social que será imposta aos portugueses e madeirenses".
Daí a pergunta directa ao líder do PP-Madeira, José Manuel Rodrigues: "Vai pactuar com a atitude do CDS no governo da República? Vai ter Paulo Portas na campanha eleitoral que se avizinha?"
E outra pergunta ao governo regional: "Quantos funcionários públicos serão despedidos na Região Autónoma?"
É que - justifica Roberto Almada - há repartições públicas com tão pouca gente a trabalhar que já não conseguem dar resposta às necessidades dos cidadãos."
Ainda: "É preciso que o povo não se deixe enganar. Esta canalha que nos governa, esta canalha que nos tira tudo e este CDS que quer enganar os portugueses e os madeirenses, esta canalha não pode passar."
Finalmente: "Não é com esta canalha no governo da República, não é com esta canalha no governo da Região que poderemos defender mais e melhores serviços públicos. É preciso derrubar o governo da República e o da Região e convocar eleições, para que os portugueses e os madeirenses digam que governo querem, para que escolham um governo que não venha com a cantiga da austeridade, impondo sacrifícios em cima de sacrifícios, que não corte mais nos salários e nas pensões."
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