JORGE SAMPAIO SALVOU MIGUEL DE SOUSA
DE UM EPISÓDIO TIPO MARIA LUÍS ALBUQUERQUE
As televisões privilegiaram a situação crítica do governo português nos noticiários e debates do serão de ontem. Entre os temas de conversa, destacou-se o escândalo da tomada de posse da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, escassos minutos depois de se saber da demissão de Paulo Portas.
Uma cena ridícula em Belém, com o presidente da República fingindo que nada de especial se passava no país, concedendo a posse na maior das normalidades.
Pode a situação de Passos Coelho dar a volta e o governo continuar em funções, o que achamos quase impossível. Em todo o caso, a cerimónia devia ter sido adiada pelo tempo necessário até se perceber o rumo dos acontecimentos. Maria Luís Albuquerque arrisca-se a ficar na História como ocupante mais breve do Ministério das Finanças.
E foi o comentador Ricardo Costa quem lembrou, na SIC, o diferente procedimento de Jorge Sampaio quando, na qualidade de Chefe do Estado, tratava da substituição do governo liderado por Santa Lopes - inícios da primeira década deste século.
O caso, recordado ontem com oportunidade pelo jornalista Ricardo Costa, tinha a ver com a nomeação de Miguel de Sousa, político madeirense, para ministro do governo de Santana Lopes. Sampaio achou que não valia a pena sacrificar o antigo vice de Jardim numa altura em que o governo tinha decididamente os dias contados.
Jorge Sampaio, porém, teve o cuidado de explicar a Miguel de Sousa que não havia nada de pessoal, mas sim conjuntural.
O antigo vice do governo regional já tinha estado com um pé no governo lisboeta, ao tempo de Durão Barroso primeiro-ministro.
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