Governo emprega centenas de juristas
mas dá os processos aos Guilhermes do regime
O chefe do governo regional tem-se mostrado muito preocupado com o ser ou não ser aplicado aqui na RAM o decreto que aumenta para 40 as horas de serviço semanais dos funcionários públicos.
Fala o chefe numa contradição: então, pergunta ele, se há gente a mais, como é que haverá mais trabalho para os funcionários fazerem? Nessa 40 horas, eles vão ficar é a gastar mais papel, telefone...
Não há contradição nenhuma. Porque aquilo que o governo central quer - e o de cá vai fazer o mesmo - é reduzir os efectivos da Função Pública. Ora, com menos gente que haverá depois dos despedimentos, é normal que os que ficam tenham de fazer também o serviço dos que saem. Daí as 40 horas. Óbvio, cabeça dura?
Já que está preocupado com as despesas inerentes às horas em que os funcionários públicos trabalham - papel e telefones -, seria bom que o chefe acabasse com a despesa pública que é o governo ter nas Secretarias da Junta Geral, mas também nas outras, centenas de juristas sem 'puto' para fazer. Pois se, quando o governo se mete numa alhada judicial ou participa de alguém, recorre não a esses advogados mas aos Guilhermes Silvas do regime!
É ou não é?
Os juristas efectivos deste governo de araras fazem dos respectivos gabinetes na JG escritório para manusear os processos dos clientes particulares, gastando ao erário, esses sim, papel, informática, telefones, canetas e mais material de mangas-de-alpaca.
Há umas horas em que os referidos juristas (claro que não são todos) não gastam dinheiro público: são os longos períodos em que se ausentam para ir ao escritório pessoal ou à barra tratar dos assuntos da clientela particular.
Para os juristas contratados e marginalizados, de que serve o controlo biométrico nas Secretarias?
Claro, mesmo nesses espaços de ausência eles estão a ser pagos pelo governo entre 3 e 4 mil euros ao mês. São pagos pelo governo, como quem diz: por nós - oh senhor chefe de governo tão atento aos interesses do povo!
k54
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