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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

DIA DA CIDADE



JARDIM DÁ UMA BICADA E UM ELOGIO 
A MIGUEL ALBUQUERQUE





Indirectamente, o chefe do governo dedica esta manhã, ao discursar na sessão solene do Dia do Funchal, um remoque ao anfitrião e presidente da Câmara. Jardim não deixa passar a ocasião para chamar ao governo a coordenação do combate aos recentes incêndios no concelho do Funchal, voltando à carga com o aproveitamento das desgraças para dividendos políticos. Para a fotografia, farpa que já metera em Miguel Albuquerque no calor dos incêndios.
E o elogio: a todos os autarcas do Funchal sobretudo aos que não se podem recandidatar.

Oferecemos ao Leitor as duas passagens.

Bicada:

"Face ao lamentável e inadmissivelmente sucedido, uma vez mais o Governo deste território autónomo exerceu pronta e planeadamente a tutela e a coordenação dos meios existentes, na prioridade indiscutível que é devida à Pessoa Humana, enjeitando protagonismos que desrespeitam quem sofre e evitando atitudes geradoras de alarmismo nocivo à Economia do arquipélago. Uma vez mais se comprovou a importância operacional da existência de uma Autonomia Política nesta Região, como também se demonstra a necessidade de conjugar com a Autonomia, um novo modelo constitucional de Justiça neste território autónomo. De imediato, fica de novo o apelo do Governo da Região Autónoma para que a população se empenhe na busca dos autores materiais e morais dos crimes de fogo posto.

Elogio indirecto:

As primeiras palavras são de saudação a todo o Executivo da Câmara Municipal do Funchal e a todos os Senhores Autarcas deste Concelho. Como mandatário da população da Região Autónoma em que esta Autarquia funchalense se insere, exprimo, sem reservas, um grande “muito obrigado” a Todos os que servem neste Município e suas Freguesias. Um grande “muito obrigado”, sobretudo àqueles que são forçados a deixar as respectivas funções por imperativo de uma lei que é inaceitável porque contra o Direito de o Povo escolher livremente quem quiser e pelo tempo que a soberania democrática do Povo entender. É minha convicção que esta legislação é inconstitucional, na medida em que cria um impedimento em matéria de Direitos e Liberdades e de organização política do Estado que não existe na Constituição da República, sendo um mistério tal inconstitucionalidade nunca ter sido suscitada. Porventura o decorrer do tempo esclarecerá... Saúdo, pois, reconhecido e em nome da população madeirense, Todos os que cessam funções. É inerente a cada um de nós, termos virtudes e defeitos. Mas em relação a Quem serve a causa pública e num momento de partida, impõe-se relevar as Virtudes e reconhecer todo o contributo dado ao Bem Comum, remetendo os inevitáveis defeitos individuais para a própria natureza humana. Bem hajam pelo que fizeram por todos nós. Uma sociedade democrática tem o Direito de cultivar a diferença, de opôr pontos de vista alternativos, até de inflamar discussões na diversidade dos temperamentos. Mas, sobretudo, tem a obrigação ética de saber mostrar Reconhecimento àqueles que serviram o Povo. Todas as sociedades que se consentem viver na obsessão patológica de destruir pessoas por causa de pontos de vista diferentes, que não são capazes de reconhecer quaisquer quotas de Mérito a quem trabalha para a comunidade, são sociedades em auto destruição."

Já voltamos com mais Dia da Cidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

o governo não coordenou nada. a unica coisa que vimos foi um secretario a gagejar umas banalidades e um gajo que não serve nem para coronel , a tentar passar o seu ar de entendido. a ação do governo foi de fracasso total.