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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS


JARDIM ENTALA CADA VEZ MAIS
CANDIDATURA DE BRUNO 



* Chefe laranja tem atacado mais o presidente da Câmara do que ataca as candidaturas oposicionistas






* Desobediência de Bruno e apoio de Jaime a Miguel Albuquerque baralham Angústias 







* Líder tem um plano para evitar ondas em caso de desastre eleitoral 









Embora ciente dos péssimos resultados da sua postura partidária, Jardim continua sem conseguir colocar os interesses públicos nem sequer o pragmatismo político à frente dos seus ódios pessoais. Ele tornou-se inconveniente a quem concorre pelo seu próprio partido. E são conhecidos os receios das candidaturas do PPD em praticamente todos os concelhos da Região de que o líder resolva comparecer localmente a fazer campanha eleitoral. 
Mas quem mais razões tem para manter o chefe à distância são os candidatos aos órgãos autárquicos do Funchal. A recusa de Bruno Pereira de intervir na herdade das Carreiras, na festa do partido, acicatou sobremaneira os bofes do chefe, que pretendia reduzir Miguel Albuquerque ao mais humilhante ostracismo.
Depois de ensaiar na comissão política regional a marginalização do actual presidente da Câmara, quando das intervenções na serra, previstas para o dia 28 de Julho, a insistência interna levou Jardim a ceder: pronto, fala Miguel Albuquerque, mas também Bruno Pereira.
Uma vez tudo assente nesse sentido, surge uma entrevista concedida por Albuquerque a insistir nas suas ideias de mudança no partido. Jardim não perdeu tempo e chamou às Angústias o cabeça da candidatura social-democrata pelo Funchal. Para lhe anunciar nova decisão: Albuquerque provocara-o com a entrevista, então ficava fora definitivamente da lista de discursos na herdade. Falaria Bruno. Este, porém, impôs-se nessa reunião com o chefe. Sobre o afastamento de Miguel, nada tinha a dizer, tratava-se de decisão que o ultrapassava. Mas quanto a discursar ele, Bruno, isso é que não, nas novas circunstâncias. Aí o interessado já tinha voz activa e essa voz era um irreversível 'não'.


Equipa de Bruno embaraçada e incomodada com o chefe das Angústias


Os elementos da candidatura de Bruno sabem do erro que é hostilizar Miguel Albuquerque, detentor de um indesmentível capital de simpatias no eleitorado funchalense. Atacá-lo é prejudicar a votação no PPD - todos o sabem, inclusive Jardim, só que o chefe não resiste a ferir a toda a hora o pretendente à sucessão.
Entre os elementos mais próximos de Bruno, tem caído pessimamente a prática de Jardim de atacar Albuquerque por tudo e por nada. São as 'charges' a despropósito e inusitadas num jornal assumidamente laranja como é o JM: Miguel é assiduamente açoitado nos 'bonecos' da página 2. Os apoiantes de Bruno, eles mesmos, condenam a omissão nas páginas do mesmo matutino de tudo o que diga respeito a Miguel. 
Mas as maldades subiram de tom nos últimos dias. Jardim foi terça-feira (6) em missão oficial a São Vicente, onde utilizou o antigo presidente do concelho, Humberto Vasconcelos, para atacar Albuquerque mais uma vez. Como? Dizendo (campanha eleitoral e guerra intra-partidária na qualidade de presidente do governo) que aquele concelho nortenho não pode ser entregue à maçonaria. Uma reedição dos comentários por ele tecidos depois de ter perdido as eleições internas em São Vicente com Miguel Albuquerque.
Sem deixar tempo para respirar, Jardim atacaria Albuquerque de novo depois da comissão política da mesma terça-feira, colando as candidaturas independentes (de ex-PPD) aos 'oposicionistas internos' que atacavam a direcção do partido. Isto é, os militantes do PPD que acabam de ser expulsos do partido são miguelistas, diz ele.

Em vésperas do Dia da Cidade...

Tudo isto em vésperas de o chefe discursar nos paços do concelho funchalense no dia da cidade (21) - se não abdicar das comemorações, porque nunca se sabe.
Jardim também não ficou satisfeito ao saber que o secretário-geral do partido deixa pender o seu apoio interno para o lado de Miguel Albuquerque, conforme noticiámos aqui. Cada vez mais sozinho, ele estrebucha sem auto-controlo em todas as suas intervenções públicas. A mistura das atitudes pessoais e partidárias com as funções de governante, se sempre foi descarada, atingiu ultimamente níveis de ruptura. O exemplo mais flagrante foi o acto de rasgar um exemplar do Diário de Notícias em público, numa altura de serviço oficial (sede do rali). Jardim repetiu diante de todos, comunicação social incluída, um gesto que exibiu dezenas de vezes no areal, na qualidade de cidadão em férias e no meio de copos.


A coligação junta Portas a Rodrigues e, obviamente, Jardim a Bruno

Apoiantes de Bruno Pereira, que bendizem a hora da adopção de uma campanha eleitoral sem comícios, para não tentar Jardim a subir ao palco, temem que o líder faça birra e obrigue o cabeça-de-lista ao Funchal a comparecer nas ridículas inaugurações que preenchem o seu dia-a-dia, umas oficiais, outras privadas. É que o presidente se tornou inconveniente em todas as circunstâncias, admitem eles.
Quanto mais Bruno falar com as pessoas longe da presença daquela 'má companhia', melhor, dizem-nos mais quadros da candidatura do PPD.
Estão cheios de razão, reconheça-se. Tanto assim é que a coligação 'Mudança', e bem, não fala em Bruno Pereira sem lhe acrescentar o nome do mentor partidário, Jardim. Obviamente. É juntar Portas a José Manuel Rodrigues e Jardim a Bruno.
Meio caminho andado.


Quem não se concentrar no estudo de Jaime Filipe é mau chefe de família!


Com todas essas, a realidade é que Jardim não dorme na forma. Apesar de continuar a falar na repetição do 11-0 em câmaras, ele sabe que se acabou o tempo em que aparecia em cima de um palco ao lado da pimba Ágata ou montado num elefante e estavam as eleições ganhas. Aliás, nem dinheiro há quase para os Galáxia de Câmara de Lobos, quanto mais para campanhas 'galácticas'.
O homem ouve certamente o atrevimento de candidatos laranja em vários concelhos demarcando-se do patrão máximo. Percebe que o PPD perdeu gás e, lá no fundo, admite resultados fracos por esses concelhos fora.
Perante essa possibilidade e a ideia de que algum movimento interno exija congresso extraordinário - para o pôr fora -, Jardim já anunciou trunfo na manga. Se por acaso houver onda que lhe ponha em perigo a cadeira nos Netos e a das Angústias - doce que ele mais teme perder -, tem encomendado um estudo sobre o futuro do partido. E será o debate desse estudo, a elaborar por Jaime Filipe Ramos com base em vários encontros internos, a concentrar as atenções do partido e a indicar rumos de mudança, sempre com Jardim à frente, óbvio.
Se ganhar as câmaras por 6-5, Jardim dirá na noite eleitoral: depois de quase 40 anos de desgaste, ainda ganho eleições...
Se perder por 10-1, dirá: ainda dão ao partido uma câmara depois de quase 40 anos de desgaste... Mas obviamente que sobre o meu trabalho o povo pronuncia-se é nas eleições regionais.
Entretanto, mobilização geral em cima do tal estudo, para neutralizar os desestabilizadores.
Velho Jardim sabe muito.  


3 comentários:

Anónimo disse...

O único coordenador das autárquicas do PSD é o UI. Todos os anteriores coordenadores foram demitidos e a acção passou a ser centralizada no Ui com reuniões em todas as comissões políticas de freguesia. Toda a responsabilidade é do UI. A vitória ou a derrota será dele com as consequências inevitáveis ...De vitória em vitória, até a anunciada derrota final...ou como ele já admite ..."se der para o torto"...QUE NÃO ENJEITE A SUA RESPONSABILIDADE.

Luís Calisto disse...

Julgo que essa sua visão do problema é indiscutível, mesmo para algum laranja fundamentalista que ainda vagueie por aí.

Anónimo disse...

É indesmentivel que foi o UI que vetou nomes como o de Rubina Leal no funchal ou em Santa cruz , Gregorio Pestana no porto santo .e outros como em S.Vicente e Funchal,é responsavel pela indicação de candidatos como o filho do Gonçalo Santos á junta de freguesia do Imaculado Coração de Maria ( reside em S. Martinho ) não resiste em aparecer em todo o sitio a debitar asneiras que só prejudicam os candidatos do seu partido . Penso que da leitura do artigo e dos comentarios fica algo que é indiscutivel , alberto joão esteve anos a treinar para coveiro nas angustias , agora abre a cova bem funda a todo o PSD .