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sábado, 31 de agosto de 2013

POLÍTICA DAS ANGÚSTIAS / SÁBADO



PPD PERDE MAIORIA ABSOLUTA NO FUNCHAL... PARA JÁ



Bruno Pereira, ainda por cima mal acompanhado pelo chefe, não conseguirá resistir durante um mês ao fenómeno Cafôfo, que indicia substancial crescimento eleitoral


'Mudança', com bons resultados na sondagem, está em posição de mudar mesmo a cor laranja vigente na Câmara do Funchal.

(Nota: texto revisto)

Os resultados da sondagem do 'Expresso', já plasmada no 'on line' do semanário, não apresentam novidade relativamente ao que prevê qualquer cidadão que acompanhe a política regional. Ninguém admite, seguramente, que o PPD, desgastado pelas lutas internas, erosão governativa e notável impopularidade do líder Jardim, consiga chegar a 29 de Setembro à maioria absoluta na principal câmara da Região - nem de perto nem de longe. E a sondagem confirma-o. Desta forma: PPD-M de Bruno Pereira, 4 a 5 vereadores; 'Mudança' de Cafôfo, 3 a 4; PP de José Manuel Rodrigues, 3; CDU de Artur Andrade, 0 a 1.

Entende-se também que ainda não estejam bem à vista os efeitos do fenómeno Cafôfo, candidato da coligação 'Mudança' que só precisa de se tornar mais conhecido das massas para criar uma onda imparável rumo à vitória funchalense. Isto pelo pouco que já se viu. Esses efeitos tardam a aparecer porque ao cabeça-de-lista tem sido concedido pouco palco.
Desconhecemos os prazos das diferentes etapas da campanha coligacionista. Parece-nos que a mobilização deveria ter começado algum tempo atrás, embora não muito. A esta hora, as listas da 'Mudança' estariam claramente à frente das social-democratas.
É que, no campo laranja, o cabeça-de-lista Bruno Pereira posiciona-se simultaneamente como culpado e como vítima no processo que levará supostamente a um ruidoso trambolhão laranja.
Bruno errou ao tomar partido na disputa interna ocorrida o ano passado dentro do PPD - e tomou partido logo contra Miguel Albuquerque, o homem que obrigara Jardim a recuar na candidatura de Sérgio Marques à Câmara para reconsiderar o 'candidato natural'. Tal atitude assumida por Bruno caiu pessimamente na opinião pública e fê-lo entrar no lote dos culpados do mal que possa acontecer ao seu partido nas eleições autárquicas. 
Mas também não deixa de ser uma vítima do desgaste que se manifesta às escâncaras no governo regional, no PPD e, ainda mais acentuadamente, no chefe Jardim. Quem quer castigar o presidente do executivo tem de votar contra Bruno. Essa é que é essa. De modo que estes 36,4% (ou 30, conforme a leitura) que os funchalenses lhe dão na sondagem do 'Expresso' não resistirão muito tempo. A não ser à custa do PP.

Enfim, Bruno Pereira pode vir a ser presidente da Câmara, em aliança com os populares, que arriscam nestas eleições a cabeça do seu líder. Sem favores, José Manuel Rodrigues tem liderado uma pré-campanha bem pensada, com out-doors vistosos e mensagens daquelas que não deixam os munícipes indiferentes. Depois, além de o partido vir de um grande resultado nas últimas regionais, José Manuel Rodrigues continua um bom comunicador, no porta a porta. Os anos de jornalista de televisão permitem-lhe tratar as câmaras por tu.
A espinha cravada na candidatura dos populares assemelha-se - salvo seja - àquela que ameaça embaraçar a CDU, não sabemos se a sentem ou não: ao nível dos nomes mais sonantes de cada um deles, que são os que as luzes da ribalta mostram ao eleitorado, campeia um certo 'mais do mesmo'. 
No caso da CDU, Artur Andrade é um veterano com muitos anos de política. Em longevidade, ele está para a militância partidária como nós aqui para a militância jornalística.
Em termos de equipa de vereadores propostos pelo PP, é certo, domina claramente um salutar mar de caras novas. Falta saber, insistimos, o que pensa o eleitorado a propósito dos longos anos que o cabeça-de-cartaz nestas eleições já leva na liderança do partido e nos assentos parlamentares da Madeira e de São Bento. Esta sondagem do 'Expresso', a mais recente, não galvaniza.
O PP debate-se ainda com a sombra de Paulo Portas, que não é boa companhia para nenhuma candidatura. Se não é assim, por que não o trazem cá, desta vez, para um jantar com velhinhas? 
Ele vem? Oh José Manuel Rodrigues, sinceramente é melhor não. Andamos na rua e já nos temos de desviar dos submarinos e das patifarias ao povo apontadas insistentemente ao rapaz das feiras que chegou a ministro.

O mesmo podemos dizer de Bruno Pereira. Passos Coelho é impensável vir cá - nem sequer é tradição trazer 'continentais' para as campanhas do PPD-M. Mas há uma companhia talvez pior, que é a de Jardim. E não é que o chefe ameaça participar em comícios e reuniões com simpatizantes? 
Os candidatos laranja choram. Os da oposição saltam de contentes. 

Falta um mês, praticamente, para o dia de votar. Cada força concorrente saberá que trunfos tem para puxar ainda. Porém, pelo que percebemos na vida real, cresce um sentimento favorável à novidade, à mudança. E 'Mudança', na verdadeira acepção do termo, é a proposta pela coligação dos partidos de oposição - PS, BE, PTP, PND, MTP e PAN. Conhecemos muita gente do próprio PPD que não esconde uma simpatia em crescendo pela candidatura de Paulo Cafôfo. Notamo-lo desde que o cabeça-de-lista começou a dar-se a conhecer um pouco mais, em entrevistas e contactos directos com a população. 
Ainda aqui vamos.
É um facto: Cafôfo tem tudo para cavalgar a onda popular que se esboça no panorama eleitoral funchalense. E ainda falta os partidos da coligação, em conjunto e a solo, colocarem no terreno mobilizadores atributos de campanha revelados em outras ocasiões e em certa parte premiados pelo eleitorado.
O cabeça-de-lista é um trunfo puxado pela oposição não sabemos de onde. Só reconhecemos que, depois de uma fase francamente cinzenta, insonsa, parecendo indiciar mais um de tantos fracassos por parte das oposições de que a História recente está cheia, vislumbramos a possibilidade mais séria de sempre de correr a maioria laranja da câmara do Funchal.

Falamos com base nas sensações dos últimos dias. Acreditamos que a explosão da candidatura de Cafôfo - mais hora menos hora, é questão de lhe darem antena - há-de gerar o furacão eleitoral com que sonharam duas ou três gerações de oposicionistas ao regime.
A um mês da prova final, damos como perfeitamente possível, e até provável, que a coligação 'Mudança' dê a volta aos cerca de 6 pontos (ou 8) que a separam da candidatura social-democrata, como indicam os números da sondagem 'Expresso'. 
E ainda há o PP-Madeira, que também tem margem para crescer.
Lá se foi o tempo em que o PPD era um papão de 7 cabeças quando concorria a uma eleição, fosse ela qual fosse. 


Com a devida vénia, reproduzimos a sondagem do 'Expresso' relativa às autárquicas no Funchal. O texto é aquele que o semanário tem na sua edição on line.


DO EXPRESSO:





PSD mantém domínio no Funchal

Divisões entre os sociais-democratas não impedem a renovação da liderança na maior autarquia da Madeira

Martim Silva
 




A disputa pela Câmara do Funchal, apesar do longo domínio laranja, parece este ano mais picante que nunca. Primeiro, com a saída de Miguel Albuquerque e os sociais-democratas divididos entre guerras internas; Depois, com o CDS a apresentar um candidato que lhe dava expectativas de vitória; Finalmente, com o PS a liderar a mais ampla coligação que estas autárquicas têm em todo o país. Mas, ainda assim, o PSD prepara-se para manter a presidência da Câmara do Funchal. Embora possa ter de gerir uma câmara sem a maioria absoluta dos vereadores. A vantagem, de acordo com a sondagem da Eurosondagem para o Expresso e a SIC, está nesta altura na casa dos seis pontos, com a coligação liderada pelos socialistas em segundo lugar. Só em terceiro aparece o candidato do CDS/PP.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/psd-mantem-dominio-no-funchal=f827717#ixzz2dUbsBfkW



2 comentários:

Paulo disse...

Mais uma vez a oposicao da um tiro nos pes e tem sido muintos ao longo destes 3o e tal anos.
A ter sido escolhido uma cara conhecida dos Funchalenses, a Camara do Funchal era da oposicao.

Anónimo disse...

calma que a procissão vai no adro , Alberto João vem dar uma mãozinha á campanha , enterrando difinitivamente o psd