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terça-feira, 6 de agosto de 2013

VERÃO LOUCO



"POUCAS VERGONHAS NA POLÍTICA DOMÉSTICA"


Título reutilizado com a devida vénia a sua excelência



Um verdadeiro grito de revolta contra os vira-casacas nas autarquias (o governo não é para aqui chamado).





Domingo passado, metemo-nos pela serra 
acima com a rapaziada dos futebóis e, naquele calor que bafejou a excelente Festa da Alegria, no Montado da Esperança - em São Roque - a 'Coral' pequena não dava vencimento. Resultado: perdemo-nos da actualidade e perdemos uma peça publicada no nosso ex-JM por sua excelência. Mas não perdemos pela demora, porque vários Leitores do 'Fénix' reclamaram contra tamanha vadiação e 3 deles enviaram-nos cópia do artigo em causa. E que o comentássemos, se para isso tivéssemos coragem.

Lemos a obra real e estranhámos: é preciso coragem para fazer a crítica de um texto com o qual concordamos da primeira linha até à última?

Não percebemos.
O artigo é um grito de revolta do rei da tabanca contra os 'vira-casacas' da política autárquica. Alguém acha exagerado esse contra-ataque? 
O homem pergunta, com frontalidade: "Em consciência, o meu Amigo acha que se pode confiar no que se chama (sic) um 'vira-casacas'?"
'Meio Chefe' não se dirigia concretamente a ninguém, porque não tem nenhum amigo, muito menos com maiúscula. Foi um dizer. O importante é a mensagem: "Faço esta pergunta porque vejo pessoas a se candidatar, que já estiveram por exemplo no meu ou noutro partido e, apenas porque não lhes deram o tacho que pretendiam, logo mudam de partido político como quem muda de talher à mesa."
Continuamos a não descortinar ponta por onde se discorde do 'gerente não executivo' da Região Autónoma, no caso presente.

Quem gosta de atacar por atacar, ao estilo bota-abaixo, que o faça. Agora, não seremos nós, num espaço que se pretende adulto, a brincar com coisas sérias. Parafraseando 'Meio Chefe', sobre os que viram a casaca: "Acha o Leitor que quem faz isto com a maior lata e desplante tem estofo ético para dirigir uma autarquia?"
Para não dizerem que o homem fala de cor, chovem no artigo exemplos de "percursos camaleónicos" envolvendo ex-laranjas que se candidatam agora como independentes ou mesmo em listas de perigosos partidos de oposição que por aí pululam.
Insurgindo-se louvavelmente contra o vale-tudo, o 'gerente não executivo' dá um exemplo feliz de idoneidade e verticalidade na política insular: o dele próprio.
"Bem razão tive sempre (sic) de nunca comprometer a minha lógica e a minha coerência em coligações", despachou em dois tempos.
"É que são quase 4 décadas de Democracia no nosso País, mas que apetece (sic) perguntar que raio de educação se deu a certa gente, para vermos tanta bandalhice!", indignou-se legitimamente, deitando mão ao exemplar mais próximo do Diário para o rasgar em sinal de protesto.

Já sabemos - ora se sabemos! - como estão a praguejar alguns dos fundamentalistas que nos lêem. Perguntam neste momento se são "vira-casacas" e fazem parte da "porcaria" os secretários regionais que ele mesmo, 'Meio Chefe', recrutou à extrema-esquerda nestes 30 e tal anos.

Sim, senhores, sabemos disso, e são às dezenas os ex-comunas que ele meteu no governo regional.
Mas deixemos um apelo aqui: leiam o artigo do homem a modo. Ele fala em "estofo ético para dirigir... uma autarquia". Não fala em governo. Governo é conceito que não joga com ética, ponto final.
Sim, é verdade que houve e há presidentes de autarquias eleitos pelo PPD que antes haviam concorrido por outras forças partidárias. Mas lá está o vício de levar as coisas à letra. Então não há sempre uma excepção para confirmar a regra? Elogiar em vez de chamar vira-casacas a quem se muda para as cores do chefe é o mínimo que podemos fazer quando falamos de quem tem no currículo tanta obra feita.

Também estamos a ouvir: o g... diz que sempre foi coerente e não andou a fazer o frete à esquerda nem ajudou o da esquerda fazer o frete à direita? Ele arrasa as coligações? E quando andou a pregar pela eleição de Ramalho Eanes, em 1976, em coro com partidos que iam desde os saudosistas da extrema-direita ao MRPP?
Não vale a pena pedir para não misturar presidenciais com autárquicas. Porque os fundamentalistas dirão que o homem sempre se mostrou aberto a coligações com o CDS, admitindo-as cá e propondo-as para Lisboa.
Não vale a pena argumentar.
De igual modo, não vamos responder à provocação de que 'Meio Chefe' virou a casaca quando a ANP, por força dos cravos, deixou de dar tachos. E que virou novamente a casaca depois disso, quando viu que a Frente Centrista não lhe dava tacho nenhum, virando a casaca para o PPD - que de facto lhe deu tacho vitalício.
Não comentamos isto porque, como diz 'Meio Chefe', "o que vemos é os medíocres e os sem carácter a emergir da política doméstica".

Nota do 'Fenix' - Não podemos comentar, a menos que nos traduzam esse parágrafo para português, a seguinte fossada posta no texto em causa: 

"Quem ganhava [com a lei de incompatibilidades]? Empresas do rectângulo e, por cá e por exemplo, as de propriedade de cidadãos britânicos, cujos (sic) não têm familiares na política activa, embora a família Blandy bem activa (sic) por detrás da oposição." 

Não chegamos lá, fica para outra.

4 comentários:

Fernando Vouga disse...

Caro Luís Calisto

Foi Jardim que instituiu na Madeira o sistema do "toma lá dá cá".
Claro que quando o "toma lá" é só para os amigalhaços e o "dá cá" é para os outros, aparecem, como cogumelos em estrume de cavalo, os ressabiados. Algo que ele sabe muito bem.
Afinal queixa-se de quê?

Luís Calisto disse...

Ele próprio, Caro Coronel, já foi ressabiado, quando o puseram fora de uma reunião no início dos inícios do PPD. Foi para a redacção do JM 'ressabiar' - e António Gil é que o foi buscar outra vez.

Anónimo disse...

o vira-casacas n.º1 - a rainha de inglaterra - não tem direito a referência...é obra!!!...aos 80 anos a acumular 2 ordenados e 1 "histórico" do Pêpádê!...uma vergonha...M. Mendonça era deputado PS na 1.ª Assembleia Legislativa Regional...agora é 1 "histórico" do PSD

Anónimo disse...

á historicos e historicos , Miguel Mendonça é historico porque saiu do ps para vir para o psd mas á mais , conceição estudante , ventura garçes , tambem são historicos vieram das bandas do pc para o psd . aliás é destes historicos que alberto joão gosta porque tem a espada sobre a cabeça deles. agora daqueles que lá estavam antes dele ( embora se autodenomine militante nº 1 ) ai a historia é outra.