Alta Política
O drama do eleitor é que vota no candidato mais amigo do povo para depois, caso esse candidato vença, ser governado e ignorado por um autarca ditador e distante.
Se precisar de uma licença de caracacá passada por ele, verá o que é bom para a tosse convulsa. E se precisar de lhe dar uma simples palavrinha saberá como não é fácil comunicar com um surdo artificial.
Com efeito, a política de proximidade é prometida nas fases eleitorais por um mentiroso que, uma vez ganha a eleição, jamais será encontrado pelo seu eleitor, nem próximo nem à distância.
Durante a campanha, o candidato atravessa a rua para se chegar ao eleitor. Uma vez no poleiro, o regedorzinho muda de passeio para fugir ao papalvo que acreditou e votou nele.
O candidato popularucho faz campanha de motorizada. Durante o mandato, ordena ao motorista que lhe vá levantar as compras com o Mercedes municipal.
Isto acontece ganhe quem ganhar as câmaras e as juntas.
Seja qual for o resultado, o eleitor que se despeça do vencedor logo no dia 26 à noite, porque só o tornará a ver na campanha de 2025.
É questão de recordar o costume daquele autarca do povo, muito do povo, que, durante os tempos de presidente, fazia xixi num balde ao canto do gabinete para evitar os munícipes que o aguardavam desesperada e inutilmente à entrada da porta.
Por estes dias é assim: uns dão às canetas na campanha para ganhar e meter licença no seu trabalho, a bem de quatro anos de 'peluda'. E os que já lá estão morrem com medo de perder o cargo e voltar ao trabalho, ou, pior, de ter de procurar trabalho.
Estou a chover no molhado, é verdade. Mas a campanha em curso não tem nada que se lhe diga.
Assim, sintetizemos o conselho: se vê algum candidato a quem não gostaria de encontrar pela frente no próximo período de 4 anos, é simples: vote e peça aos amigos para votar nele. O risco é ele mandar-lhe um fiscal a casa pegar com o raio que o parta, para mostrar serviço.
1 comentário:
Boa Sr. Calisto
Quem fala assim não é gago
Que pena todo o nosso Povo não ler o FENIX
Infelizmente o Calheteiro e os Soisas não investem neste Blog
Também ninguém ia comprar a voz e caneta do Sr. Calisto, pois o seu estatuto Moral não permitiria semelhante coisa
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