Alta Política
Estava para chegar aí ao meio-dia o popular Chicão, líder do CDS nacional. Se tudo correu normalmente, a estas horas ele devora com Rui Barreto, Zé Manel Rodrigues, Lopes e reduzida companhia um almoço de sabor madeirense. E então depois rumará ao faroeste da Ilha, para uns números de campanha no Paul do Mar e na Ribeira Brava.
A população que neste incerto sábado se encontre com a caravana democrata-cristã (é a mais pequena que aparecer) deve tratar Francisco Rodrigues dos Santos segundo o lugar na hierarquia da política nacional que ele atribui a si próprio: lá por cima.
De facto, não podemos negar as suas teorias segundo as quais é com ele na presidência do grupinho centrista que: o partido está no governo açoriano; Marcelo ganhou a segunda eleição presidencial; o próprio CDS é um partido unido (à semelhança do União da Bola).
Concomitantemente, é com Chicão na liderança que: o CDS continua no governo da Madeira; o velho Zé Manel mantém a presidência da Assembleia; o partido conserva as suas instalações na Rua da Mouraria; Ricardo Vieira continua ex-presidente do CDS-M; o Marítimo continua entre os clubes com mais presenças consecutivas na I Divisão nacional.
Esta ironia pode ser levada a mal por alguns caras-de-pau que nem ao fim-de-semana deixam descontrair a massa cinzenta. Mas não consigo levar a sério as declarações de Chicão. Admiro-me até com a disponibilidade dos seráficos centristas das ilhas para dar cobertura ao alucinado patrão nacional.
Mas para falar a verdade (e dito isto fecho o computador para fugir aos impropérios que pularão da sacristia), a visita de Chicão vem tentar mostrar uma 'prova de vida' do partido regional. Da minha parte, julguei que tinha fechado para obras, se não definitivamente.
2 comentários:
E quando chegar o sargento monhé será de lagosta para cima......
E a chegada do António Costa? Vem fazer o quê? Carregado de mentiras e ver o Cafofo lamber as botas do homem, aqueles murros na mesa já passou à história.
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