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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Correio do Areal





GRUPOS DA BOÉMIA ESTIVAL ENCOLHERAM COM O CHEIRO A VELÓRIO 


O chefe do desgoverno regional já tem um lugarzinho em vista para o dia em que lhe tirarem a casinha na praia. Que a Oposição não dê foguetes antes da festa!



Segundo os despachos electrónicos enviados a esta redacção, nada de relevante aflige o Verão porto-santense. Quem beneficia de casas do governo à borla faz a sua vidinha sem preocupações, uma vez que ninguém se atreve ainda, claro, a desencadear à vista dos visitantes o clima de provocações que as previsões meteorológicas anunciam para mais tarde ou mais cedo.
Há quem mande batedores à frente quando quer visitar sítios hostis na Ilha da Madeira e agora evite comparecer a jogos do Marítimo, como por exemplo aquele europeu nos Barreiros frente aos gregos do Asteras - cenário que outrora teria servido para encher com baforadas de havano fino e aromático aqueles pulmões de orador nato, a tribuna e a bancada central.
No Porto Santo, por enquanto continua tudo dentro da normalidade autonómica, conforme documentação junta dos nossos enviados. Claro que a crise chegou ao simpático destino de férias, com uma agravante: o pivete a velório que indispõe a Madeira há demasiado tempo fez mingar grupos pândegos noutros tempos pujantes de poder social e dinheiro para lagosta.
Deixamos uma recomendação: os ressabiados inimigos da Madeira que não antegozem o dia em que sua majestade das Angústias ficará sem a casinha na praia. Segundo os nossos informadores, ele já se prepara com um sítio simpático para ficar. Um lugarzinho sem acesso directo à praia, mas de onde poderá ver a cativante paisagem litoral, desde o castiço cais que vem do tempo do fascismo até ao Bar do Henrique das velhas boémias, hotéis fantasma pelo Ribeiro Salgado além, campo de golfe do fictício turismo de elite e Pico Ana Ferreira. 
Por dentro, o Lar da Fundação Nossa Senhora da Piedade também não está nada mal - garantem-nos.


A imagem (obtida esta manhã) prova que o 'Lobo Marinho' está bem atracado no Porto de Abrigo e que as autoridades máximas da tabanca madeirense não estão a bordo.




Este outro registo pinta eloquentemente o areal macio em disputa romântica com os reflexos solares no Atlântico. (Com um pouco de atenção podemos descortinar também, pelas inconfundíveis silhuetas da foto, a crise de contornos semelhantes à demais Região: grupos de turistas que outrora deram brado no areal reduziram-se aos que não pagam nada pelas férias nem fazem agora despesa nas tascas do costume.)



1 comentário:

jorge figueira disse...

Até o pomposo elemento marcial que o som da requinta emprestava, desapareceu na garbosa marcha em direcção à messe de oficiais (se apareceu alguma vez, na marcha, um "pata rapada" fê-lo na condição de "cristão novo" e foi aceite pelos encartados) em dia de rancho muito melhorado. Ao q'isto chegou.