BLOCO E USAM CONCERTAM LUTA CONTRA OS ATENTADOS AOS TRABALHADORES
O Bloco de Esquerda levou hoje à USAM diversas preocupações decorrentes do que considera "uma ofensiva contra os direitos dos trabalhadores" na Madeira e no resto do país.
A redução para 12 dias de cada mês de trabalho das indemnizações por despedimento que o governo de Lisboa vai activar é uma das preocupações.
"O Bloco de Esquerda discorda dessa proposta", afirmou Roberto Almada depois do encontro com os dirigentes da União de Sindicatos. "É uma proposta que se destina a facilitar os despedimentos, ajudar os patrões que querem despedir trabalhadores." E dá o exemplo de um trabalhador com salário de mil euros e que esteja numa empresa há 20 anos: em caso de despedimento, baixa de uma indemnização que poderia ir aos 20 mil euros para os 7.500.
"É um atentado aos direitos de quem trabalha", protesta o líder do Bloco. "E nós não aceitamos este tipo de atentados."
O discurso do representante da troika para Portugal repetido esta quarta-feira, segundo o qual Portugal está sem condições para manter o Estado Social, mereceu também abordagem na reunião entre bloquistas e sindicalistas. "Num país onde os salários são cortados sucessivamente, vem um funcionário da troika anunciar que dará ordens ao governo de Portugal para acabar com o Estado social", indigna-se Roberto Almada. "Trata-se de acabar com a escola pública, a saúde acessível a todos... e isto é, de facto, inacreditável."
Foi neste contexto que o BE quis dizer à USAM que em 2013 será preciso "reforçar ainda mais a luta pela manutenção dos direitos dos trabalhadores".
O BE - garante Almada - está empenhado em evitar que os que têm pouco ainda venham a ter menos no próximo ano. E isso só pode ser evitado, na opinião do dirigente partidário, mediante o derrube dos governos central e regional.
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