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sábado, 5 de janeiro de 2013

Eleições Autárquicas




JOSÉ MANUEL RODRIGUES
CANDIDATO DO PP
À CÂMARA DO FUNCHAL


O líder popular decidido a levar o seu partido ao poder - local e regional.


Os dirigentes regionais, concelhios e locais do CDS-PP encontram-se reunidos este sábado em Santana no arranque da longa campanha para as eleições autárquicas deste ano, mas desta primeira convenção não ressaltará certamente a notícia de que o presidente do partido na Madeira será cabeça-de-lista na capital.
Os propósitos do encontro de hoje são, no máximo, traçar perfis das candidaturas locais. Além do mais, o ataque de José Manuel Rodrigues à Câmara do Funchal só deve conhecer anúncio público mais adiante. Trata-se de um 'tudo ou nada' quer do partido, que precisa de segurar o estatuto de maior partido da oposição conquistado ao PS nas regionais de 2011, quer do próprio Rodrigues, que surpreende adversários e os próprios eleitores com a corajosa decisão, mas com riscos políticos óbvios.
 
A convicção de que José Manuel Rodrigues será o candidato do PP à presidência da Câmara funchalense circunscreve-se aos dirigentes do partido mais próximos do líder, ao que nos garante uma fonte popular. Pelo que nos contam, somos levados a concluir que a informação vai muito além dos rumores que surgem normalmente nestas épocas especulativas de avanços e recuos de candidatáveis.


Transformar o PP num partido de poder... através de alianças pós-eleitorais

A confirmar-se a notícia, torna-se claro que José Manuel Rodrigues decidiu catapultar o seu partido a todas as áreas de poder na Madeira, não só ao nível autárquico mas principalmente na governação.
O PP, como Rodrigues deve estar a vincar hoje no magno encontro da Quinta do Furão, continua a recusar coligações relacionadas com as próximas eleições autárquicas. Mas até hoje não afirmou rejeitar alianças pós-eleitorais. O que nos permite calcular que José Manuel Rodrigues pretende entrar na câmara e em lugar de destaque, o que só poderá verificar-se num futuro entendimento com o PPD.
No cenário presente, prevê-se uma disputa de três forças no Funchal: PPD, PP e coligação oposicionista valorizada por independentes de prestígio. Nos planos de José Manuel Rodrigues estará o objectivo último de evitar que qualquer dos dois adversários consiga maioria absoluta, proeza que, na conjuntura actual, só nos parece ao alcance da coligação oposicionista, se ela se concretizar. O PPD cairá estrondosamente das largas vitórias alcançadas até 2009, disso não há dúvidas, com Bruno Pereira ou outro candidato qualquer.
Diz a voz do povo na cidade: a condição mais eficaz para um candidato perder é ser apoiado por Jardim.
 
Sem maioria absoluta de ninguém nas eleições, o PP, já que se afastou da oposição, só terá de se associar ao PPD para ganhar poder na Câmara. E, a partir daí, tentar repetir o enredo nas regionais de 2015.
Nessa altura, José Manuel Rodrigues poderá insinuar-se junto do eleitorado acenando com os bons resultados anteriores, com a sua experiência enquanto deputado nacional e regional, o traquejo de longos anos de liderança partidária e, finalmente, umas luzes no trabalho executivo ao serviço da principal câmara da Região.
Porém, terá primeiramente de batalhar no terreno para que Miguel Albuquerque, provável candidato social-democrata em 2015, não ganhe a maioria absoluta... e por aí necessitar de recorrer ao PP, se quiser formar governo.
Seria talvez a melhor maneira de o PP alcançar finalmente a titularidade de algumas Secretarias do governo regional. Mas não é líquido que Miguel Albuquerque se volte para o PP e não para outro partido qualquer se for mesmo candidato laranja nessa altura e ganhar as regionais com maioria relativa. 


Santana também é aposta popular

O PP aposta decididamente nas próximas eleições, aposta tudo. Não é por acaso certamente que, para esta primeira convenção autárquica de hoje, a organização chefiada por Rui Barreto escolheu um concelho onde o partido já deteve muita influência, nos anos que se seguiram ao 25 de Abril. O partido não descrê numa vitória naquela câmara nortenha e por lá tem desenvolvido intenso trabalho, a ponto de, a partir do zero, contar hoje com mais de 40 activistas jovens que prometem agitar os próximos meses de fervor popular naquelas bandas.
 
A mobilização em curso leva-nos a crer que o nome de José Manuel Rodrigues para o Funchal ultrapassa o plano da especulação eleitoral.
 

7 comentários:

paulo disse...

Em vez de querer derrotar o PSD quer se juntar a este, nao tera o meu voto.

Fernando Vouga disse...

Caro Luís Calisto

Enfim, um mau começo para as oposições.

Vico D´Aubignac (O Garajau) disse...

Escrevemos em tempos no nosso blog:

(...)
“O CDS-PP na Região, é um grupo de aldrabões” (AJJ dixit em tempos).
(...)
Na radiografia tirada a este grupinho oportunista concordamos em absoluto com este diagnóstico lapidar.
Observados os seus dirigentes à lupa, e a começar pelo ex-jornalista e seu atual líder, não podemos deixar de nos preocupar seriamente com a perspectiva real destes cidadãos poderem um dia vir a aceder ao poder.
Não vamos por ora perscrutar os méritos e deméritos de cada um, pois chegados ao fim do escrutínio teríamos de os alinhar a todos a uma parede e de os fuzilar com palavras mortais, vamos antes procurar sensibilizar o Sr José Manuel Rodrigues de que já é tempo de sair do pequeno palanque da política onde grudou as solas e voltar a arfar noticiários na RTP-M – profissão onde sempre é potencialmente menos perigoso e seguramente mais útil."

Cumprimentos.

Luís Calisto disse...

Caro Coronel
Também acho que a oposição devia unir-se em bloco, mas eles é que são os profissionais da política.

Caro Vico
Sou amigo e antigo colega de profissão do José Manuel Rodrigues. Encontro-me a anos-luz dele político-ideologicamente falando.
Mas não tenho dúvidas de que ele é um homem de princípios democráticos.

António Mello disse...

Acho que alguém fez confusão com mandato para escolher os candidatos dos concelhos e ser candidato...

Luís Calisto disse...

Caro António Mello
É muito possível que haja confusão: ou seja, que Rodrigues só tenha sido mandatado para escolher os candidatos para os concelhos. O que, já agora, faz lembrar 'Meio Chefe' Jardim, que até o chefe da banda escolhe.
Mas não acho impossível que o patrão popular também seja candidato no Funchal. Essa candidatura até faz sentido.
Aguardemos pelo desmentido do PP à nossa notícia, para ficarmos esclarecidos e livres de confusões.

António Mello disse...

Escrevi este comentário porque por acaso sou do CDS, inclusive militante e soube que avançou com esta notícia aqui no seu blogue, vim meter o nariz e logo a seguir procurei saber se era vdd e a resposta que me deram foi esse comentário.
Sobre a sua apreciação sobre o mandato para convidar os primeiros candidatos não me parece mal que seja o Presidente a convidar, confesso que não tinha pensado nisso e não consigo chegar a uma opinião incondicional. Ainda assim se me convidassem para uma lista, se for o Presidente a me convidar ia apreciar o gesto.